IPCA-15 tem menor resultado para o mês desde 2013

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Maioria dos grupos pesquisados perdeu força no período
 
Jornal GGN – O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) encerrou o mês de junho em alta de 0,40%, menos da metade da taxa apurada em maio (0,86%) e a menor variação para o mês desde 2013 (0,38%), segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 
 
Com isso, o IPCA-E (IPCA-15 acumulado por trimestre) situou-se em 1,78%, abaixo da taxa de 2,68% registrada em igual período de 2015. Com isto, o primeiro semestre do ano está em 4,62%, bem abaixo dos 6,28% registrados no primeiro semestre do ano anterior. Nos últimos 12 meses, o índice desceu para 8,98%, enquanto estava em 9,62% nos 12 meses encerrados em maio. Em junho de 2015, a taxa havia sido 0,99%. 
 
A maioria dos grupos e produtos pesquisados perdeu força no período de pesquisa ante o visto em maio, com exceção de Habitação (de 0,99% para 1,13%), Despesas Pessoais (de 0,81% para 0,89%) e Artigos de Residência (de 0,55% para 0,57%).
 
O desempenho do grupo Habitação – que registrou o dado mais elevado entre os grupos – foi afetado pelo item taxa de água e esgoto, que, ao avançar 4,50%, foi responsável pelo principal impacto individual no índice (0,07 ponto percentual). A variação foi influenciada pelo reajuste de tarifas e revisão na estrutura tarifária na região metropolitana de Belo Horizonte (13,20%); São Paulo (7,79%), com reajuste de 8,40% no dia 12 de maio; Brasília (3,48%), reflexo do reajuste de 7,95% em primeiro de junho; Fortaleza (3,33%), onde o reajuste de 11,96% está valendo desde 23 de abril e Salvador (2,80%), com reajuste de 9,98% em 06 de junho. Os itens energia elétrica (1,37%), condomínio (0,76%) e artigos de limpeza (0,68%) também contribuíram para a elevação das despesas com Habitação.
 
No caso da energia elétrica, a alta de 1,37% se deve aos reajustes praticados nas regiões metropolitanas de Recife (7,39%), Salvador (5,79%), Belo Horizonte (3,80%), e Fortaleza (2,48%). Além disso, excetuando-se Curitiba, as contas de energia foram influenciadas por oscilações para mais ou para menos nas parcelas referentes ao PIS/COFINS.
 
No grupo Despesas Pessoais, o item que se sobressai é o cigarro, cujos preços subiram 5,44% após reajustes entre 3% e 14%, com vigência a partir de 1º de maio, em todas as regiões. No grupo Artigos de residência (0,57%), destaca-se o item Tv, som e informática, com variação de 2,15%.
 
Os demais grupos de produtos e serviços pesquisados contribuíram para a desaceleração do IPCA-15, especialmente Saúde e Cuidados Pessoais (de 2,54% para 1,03%), Alimentação e Bebidas (de 1,03% para 0,35%) e Transportes (de -0,30% para -0,69%).
 
Em Saúde e Cuidados Pessoais, os remédios sobressaem com preços 1,11% mais caros, após a alta de 6,50% em maio, totalizando 11,29% no semestre. Os artigos de higiene pessoal, com aumento de 1,26%, também merecem destaque.
 
No grupo Alimentação e Bebidas, vários produtos tiveram seus preços reduzidos de maio para junho, a exemplo da cenoura (-25,63%), do açaí (-9,06%), do tomate (-8,10%), das frutas (-5,43%) e das hortaliças (-3,82%). Mesmo assim, em contraposição, alimentos como feijão-carioca (16,38%) e leite (5,35%) ficaram bem mais caros.
 
Quanto ao grupo Transportes, a queda se deve, principalmente, ao etanol, 6,60% mais barato, influenciando a gasolina, com o preço do litro mais baixo em 1,19%, além das passagens aéreas, com queda de 4,11%.
 
Sobre os índices regionais, o maior foi registrado na região metropolitana de Belo Horizonte, com 0,81%, pressionado pela taxa de água e esgoto (13,20%), com reajuste de 13,90% em 13 de maio, e pela energia elétrica, com 3,80%, tendo em vista o reajuste de 3,78% no valor da tarifa em vigor desde 28 de maio. O menor índice foi o de Brasília com queda de 0,02%.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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  1. Após o delírio acerca dos

    Após o delírio acerca dos alegados aplausos recebidos  por todo o país, o presidente interino e usurpador Temer terá outro: o de que essa baixa é uma vitória do seu governo. 

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