IPCA anualizado volta a ficar dentro da meta

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Depois de estourar o teto da meta em março, a variação anualizada do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) perdeu força e voltou a ficar dentro da banda de trabalho das autoridades econômicas. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados esta manhã, o total acumulado pela inflação oficial em 12 meses chegou a 6,49%, 0,10 ponto percentual abaixo dos 6,59% registrados em março.

 

Porém, isso não quer dizer que houve queda em outros componentes. Os preços mensurados no mês de abril avançaram 0,55%, resultado 0,08 ponto percentual acima do apurado em março, quando o total foi de 0,47%, enquanto a variação acumulada no ano chegou a 2,50%, acima dos 1,87% relativos ao mesmo período de 2012. Em abril de 2012, a taxa havia ficado em 0,64%.

 

Uma análise isolada dos componentes mostra que os remédios lideraram os impactos ao avançarem 2,99% no período, e afetarem o resultado total em 0,10 ponto percentual. De acordo com o IBGE, o resultado reflete uma parte do reajuste de preços ocorrido em 31 de março, que oscilou de 2,70% a 6,31%. Desta forma, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais avançou de 0,32% para 1,28% em abril, também por conta do item “serviços médicos e dentários”, que subiu 1,19%.

 

Em seguida, aparece o item empregado doméstico, que avançou 1,25% – e, embora abaixo da taxa de 1,53% de março, causou impacto de 0,05 ponto percentual e afetou o grupo de Despesas Pessoais, que cresceu de 0,54% para 0,61%. Outros itens que influenciaram a categoria foram manicure (de 1,30% para 1,15%), cabeleireiro (de 1,14% para 0,43%), e recreação, que havia recuado 0,72% em março e foi para 0,14% em abril.

 

As despesas com Habitação subiram de 0,51% para 0,62% em abril, por conta dos itens artigos de limpeza (de 1,36% para 1,56%), mão de obra (de 0,29% para 1,24%) e aluguel residencial (de 0,34% para 0,83%). Na taxa de água e esgoto, cujas contas ficaram 0,81% mais caras, foram registradas variações nas regiões metropolitanas de Curitiba (5,79%), Recife (3,56%), São Paulo (0,40%) e Brasília (0,30%).

 

Com o avanço da entrada da nova coleção no mercado, o preço dos artigos de vestuário ficou em 0,65% contra 0,15% no mês anterior, enquanto o grupo Artigos de Residência foi para 0,63% contra 0,11%, observando-se alta em quase todos os itens pesquisados.

 

Já Alimentação e Bebidas teve alta de 0,96%, apesar do crescimento de 1,14% de março ter sido ainda maior, mostrando continuidade da desaceleração nos preços dos alimentos, iniciada de janeiro para fevereiro, quando passou de 1,99% para 1,45%. Mesmo assim o grupo deteve 0,24 ponto percentual do IPCA do mês, responsável por 44% dele.

 

O grupo Educação, que passou de 0,56% para 0,10%, desacelerou devido aos cursos regulares, que haviam apresentado alta de 0,40% em março e ficaram com 0,05%, incorporando, ainda em função dos aumentos nas mensalidades no início do período letivo. Ademais, nos chamados “cursos diversos” (inglês, informática, etc.), não houve variação de preços em abril, ao passo que em março havia sido 1,23%.

 

Quanto às despesas com Transportes e Comunicação, se reduziram de março para abril. No grupo Comunicação, que foi de 0,13% para –0,32%, a redução se deve às contas de telefone fixo, que passaram de 0,15% para –1,06% em razão das tarifas de fixo para móvel terem ficado mais baratas a partir do dia 06 de abril.

 

No grupo Transportes a queda de 0,19% foi ainda mais intensa do que a de 0,09% registrada em março, afetada pela variação das passagens aéreas (de -16,43% em março para -9,12%), seguido por gasolina, com queda de 0,41% contra 0,09% no mês anterior, etanol (de 3,55% para 0,16%) e óleo diesel (de 3,12% para 0,91%).

 

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Recife (de 0,37% para 0,90%) onde os alimentos subiram 1,50%, pressionando a taxa do mês. Os menores índices foram os de Porto Alegre (de 0,46% para 0,32%) e o de Goiânia (de 0,52% para 0,31%), ambos em virtude dos menores resultados dos alimentos.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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