IPCA desacelera e encerra dezembro em 0,96%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro variou 0,96% e ficou 0,05 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de novembro (1,01%), segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Mesmo com tal desaceleração, a variação foi a mais alta para um mês de dezembro desde 2002 (2,10%). Em dezembro de 2014, a taxa foi de 0,78%. No ano, o IPCA acumulou alta de 10,67%, contra 6,41% em 2014. A variação também é a maior desde 2002, quando atingiu 12,53%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, os dois maiores resultados foram de Alimentação e Bebidas (de 1,83% para 1,50%) e Transportes (de 1,08% para 1,36%) que, juntos, responderam por 66% do IPCA do mês, já que a soma de suas contribuições gerou 0,63 ponto percentual (p.p).

No grupo Alimentação e Bebidas (1,50%) a alta chegou a 2,32% na região metropolitana de Fortaleza e 2,04% em Recife. Observa-se que os preços dos produtos consumidos em casa subiram 1,96%, em média, bem mais do que a alimentação fora de casa, cuja variação foi de 0,65%. Alguns itens apresentaram aumentos expressivos, a exemplo da cebola (13,71%) e do tomate (11,45%), açúcar refinado (10,20%) e cristal (7,14%), feijão-fradinho (7,24%) e carioca (7,02%).

Nos Transportes, a alta de 1,36% foi influenciada por passagens aéreas, uma vez que as tarifas dos voos ofertados em dezembro ficaram 37,07% acima das tarifas de novembro, quando foi registrada a variação de -5,18%. Com 0,14 ponto percentual (p.p.) na formação do IPCA do mês, as passagens aéreas lideraram a lista das principais contribuições individuais. Além disso, os combustíveis, que nos dois meses anteriores se mantiveram na dianteira das contribuições, continuaram com seus preços em elevação, ainda que em menor intensidade. A alta ficou em 1,50%, sendo 1,26% o aumento do litro da gasolina e 2,80% o litro do etanol.

Ainda no grupo Transportes, destacam-se o item automóvel usado (0,78%) e as tarifas dos ônibus interestaduais (2,35%), refletindo aumentos ocorridos em Goiânia (13,17%), Brasília (9,70%), São Paulo (3,50%), Fortaleza (1,66%) e Curitiba (1,47%).

Os artigos de Vestuário, que subiram de 0,79% para 1,15%, também mostraram alta expressiva, destacando-se as roupas femininas (1,65%) e masculinas (1,23%). O grupo Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,64% para 0,70%) foi influenciado pelos itens plano de saúde (1,06%), serviços laboratoriais e hospitalares (0,95%) e artigos de higiene pessoal (0,90%), enquanto no grupo Despesas Pessoais (de 0,52% para 0,57%) sofreu pressão de excursão (5,76%), manicure (1,16%), cabeleireiro (1,09%) e empregado doméstico (0,43%).

O índice regional mais elevado em dezembro foi o da região metropolitana de Fortaleza (1,45%), onde os alimentos tiveram alta de 2,32%. O menor índice foi o da região metropolitana de Belo Horizonte (0,58%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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