IPCA deve fechar julho com deflação de -0,01%, diz consultoria

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O resultado do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) em junho (alta de 0,07%), ficou bem abaixo da variação de 0,38% contabilizada em junho, e abaixo da mediana de mercado (0,11%), segundo avaliação realizada pela equipe de análise da LCA Consultores.

Em relatório, os agentes afirmam que a taxa fechada no mês pode mostrar deflação (-0,01%, ante -0,03% inicialmente estimados). Dentre os fatores que podem influenciar tal resultado, estão a intensificação dos efeitos das revogações das tarifas de transporte público, a perspectiva de intensificação da deflação do grupo Vestuário e novas leituras com deflação de boa parte dos itens ligados a alimentação no domicílio, de forma que o grupo Alimentação e Bebidas amplie seu ritmo de queda entre a prévia e o resultado fechado.

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o grupo Alimentação e Bebidas registrou deflação de -0,18% em julho, vindo de um avanço de 0,27% em junho, sobretudo pelas deflações de Feijão, Farinhas, féculas e massas, Tubérculos, raízes e legumes, Açúcares e derivados, Hortaliças e verduras, Frutas, Pescados, Aves e ovos, Óleos e gorduras e Bebidas e infusões.

No caso do grupo Transportes, a queda de -0,55% apurada no IPCA-15 teve como base as quedas de etanol, gasolina e automóvel novo e usado, além das recentes revogações dos aumentos das tarifas de ônibus urbano, trem e metrô. A passagem aérea também contribuiu, mostrando relevante desaceleração entre junho (6,71%) e julho (0,09%).

O grupo Artigos de residência passou de 0,68% em junho para -0,06% em julho, com destaque para as deflações de Mobiliário, Eletrodomésticos e equipamentos e TV, som e informática. Quanto a desaceleração do grupo Vestuário, em julho ela foi registrada sob a forma de deflação (de 0,72% em junho para -0,17% em julho). Para a consultoria, o movimento que pode ter sido intensificado pelo fraco crescimento real dos rendimentos.

O conjunto de preços de Serviços registrou alta de 0,69% no IPCA-15 de julho, taxa muito próxima da registrada por este conjunto de preços no IPCA-15 de junho (+0,68%), ficando abaixo do registrado no IPCA-15 de julho de 2012 (0,76%).  A taxa de dispersão (que mede a proporção de itens com elevação de preços) ficou em 55,89%, abaixo da registrada no IPCA-15 de junho, como também da registrada no IPCA de junho de 2012 (ambas em 61,64%).

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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