IPCA ganha força e atinge 0,78% em maio

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Total acumulado no ano chega a 4,05%, abaixo dos 5,34% em igual período de 2015

Jornal GGN – O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fechou o mês de maio em alta de 0,78%, resultado 0,17 ponto percentual superior ao visto em abril (0,61%) e o maior patamar para o mês desde 2008, quando o fechamento foi de 0,79%. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em maio de 2015, o IPCA fora de 0,74%.

Apesar do avanço, o total acumulado no ano (4,05%) foi inferior aos 5,34% registrados em igual período de 2015. Já a variação acumulada nos últimos doze meses (9,32%) ficou pouco acima dos 9,28% relativos aos doze meses imediatamente anteriores.

A taxa de água e esgoto, que compõe o item Habitação, se destacou pela alta de 10,37%, constituindo-se no item de maior contribuição individual no mês, com 0,15 ponto percentual (p.p.. Isto ocorreu diante da pressão exercida pela região metropolitana de São Paulo, onde a variação do item atingiu 41,90%, além dos resultados apurados nas regiões metropolitanas de Fortaleza (9,30%), Belo Horizonte (7,72%), e de Curitiba (0,33%).

Ainda no grupo Habitação, outros itens importantes exerceram pressão no IPCA do mês, como energia elétrica (2,28%), mão de obra para pequenos reparos (0,87%), artigos de limpeza (0,85%) e condomínio (0,79%).

Dessa forma, sob influência, principalmente, da taxa de água e esgoto (1,79%) e energia elétrica (2,28%), o grupo Habitação reverteu a deflação de -0,38% vista em abril e avançou 1,79%, liderando tanto as variações de grupo quanto as contribuições (0,27 p.p.).

Saúde e Cuidados Pessoais (de 2,33% para 1,62%) apresentou elevada variação, embora o indicador tenha perdido um pouco de força em relação ao mês imediatamente anterior. Segundo o IBGE, os dados foram influenciados pelos preços dos remédios, que haviam aumentado 6,26% em abril, e subiram mais 3,10% em maio. Com isto, nestes dois meses, resultam em alta de 9,55%, reflexo do reajuste de 12,50% em vigor desde o dia primeiro de abril. Os aumentos de preços também afetaram os itens artigos de higiene pessoal (1,17%), plano de saúde (1,06%) e serviços médicos e dentários (0,91%).

Nas Despesas Pessoais (de 0,23% para 1,35%) o destaque ficou com o cigarro, cuja alta foi a 9,33%, refletindo reajustes entre 3% e 14%, conforme a marca, em vigor a partir do dia 1º de maio. Destacaram-se, ainda, os itens empregado doméstico (0,87%) e manicure (0,64%).

No grupo Alimentação e Bebidas, a variação chegou a 0,78%, em um sinal de que os preços continuaram a subir, embora menos do que em abril, quando a variação foi a 1,09%. Vários produtos tiveram aumentos significativos, a exemplo da batata-inglesa, que ficou 19,12% mais cara de abril para maio e já acumula alta de 50,91% neste ano.

Entre os demais grupos de produtos e serviços pesquisados, os destaques em alta foram: tv, som e informática (2,57%), artigos de cama, mesa e banho (1,89%), roupa masculina (1,88%), roupa infantil (0,97%), automóvel novo (0,80%), emplacamento e licença (0,77%), roupa feminina (0,76%(, motocicletas (0,72%), automóvel usado (0,60%), conserto de automóvel (0,59%), eletrodomésticos (0,48%). Do lado das quedas, sobressaem os seguintes itens: etanol (-9,54%), passagem aérea (-8,22%), excursão (-1,28%), hotel (-0,98%), gasolina (-0,85%), gás de botijão (-0,74%), mobiliário (-0,42%).

O maior índice regional foi em Fortaleza (0,99 %), pressionado pela taxa de água e esgoto (9,30%) e pela energia elétrica, com 6,41%. O menor índice foi o de Goiânia, que ficou em 0,28%.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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