IPCA perde força, e atinge 0,43% em março

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Resultado apurado é o menor para o mês desde 2012

Jornal GGN – O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerrou o mês de março em alta de 0,43%, resultado bem inferior aos 0,90% contabilizados em fevereiro, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado mensal é o menor para o período desde 2012, quando a inflação oficial foi de 0,21%.

Considerando o primeiro trimestre do ano, o índice situa-se em 2,62%, percentual inferior aos 3,83% registrados em igual período de 2015. Na ótica dos últimos doze meses, a taxa desceu para 9,39%, abaixo dos 10,36% relativos aos doze meses imediatamente anteriores. Em março de 2015, o IPCA havia ficado em 1,32%, a maior taxa desde fevereiro de 2003 (1,57%).

O grupo Alimentação e Bebidas, que possui o maior peso no orçamento das famílias, apresentou variação de 1,24% e dominou o IPCA do mês, com impacto de 0,32 p.p., respondendo por 74% do índice. Do lado das quedas, o tomate se destaca, por estar 7,43% mais barato. Isoladamente, o item “frutas”, com alta de 8,91%, deteve o principal impacto do mês, com 0,10 ponto percentual (p.p.). Também foram registrados aumentos na cenoura (14,52%), no açaí (13,64%), no alho (5,70%), no leite (4,57%), no feijão-carioca (4,10%), entre outros.  Em relação aos itens pesquisados, os alimentos comprados para serem consumidos em casa aumentaram 1,61%, enquanto a alimentação fora de casa ficou em 0,55%.

Os demais oito grupos exerceram impacto de 0,11 ponto percentual. Os principais itens em alta foram TV, Som e informática (2,08%), Etanol (2,07%), Motocicleta (1,94%), Artigos de limpeza (1,74%), Cigarro (1,48%), Cabeleireiro (1,29%), Artigos de higiene pessoal (1,25%), Roupa feminina (1,19%), Plano de saúde (1,06%), Eletrodomésticos (1,03%), Emplacamento e licença (0,76%), Empregado doméstico (0,72%), Calçados (0,72%), Mão de obra pequenos reparos (0,64%), Cursos regulares (0,62%), Gasolina (0,59%), Condomínio (0,58%) e Conserto de automóvel (0,51%). O cigarro, com alta de 1,48%, refletiu reajustes e reduções ocorridas em determinadas marcas e áreas, ao longo dos meses de fevereiro e março.

Em contraposição às altas, itens importantes mostraram-se em queda ou reduziram a taxa de crescimento de preços de um mês para o outro. O principal foi o item energia elétrica, cuja queda de 3,41% gerou o mais expressivo impacto para baixo, com -0,13 ponto percentual, devido à redução na cobrança extra da bandeira tarifária que, a partir de primeiro de março, passou dos R$ 3,00, da bandeira vermelha, para R$1,50, da bandeira amarela, por cada 100 kilowatts-hora consumidos. Outros itens sobressaíram-se com queda de preços, como gás de cozinha (-0,42%), taxa de água e esgoto (-0,43%), excursão (-2,49%), telefone celular (-2,71%), telefone fixo (-2,89%) e passagem aérea (-10,85%).

A respeito da taxa de água e esgoto, a variação de -0,43% foi influenciada pela região metropolitana de São Paulo, com -2,99% no item. Por outro lado, na região metropolitana de Recife, o item taxa de água e esgoto apresentou alta de 3,92% tendo em vista o reajuste de 10,69%, em vigor a partir do dia 20 de março. Em Porto Alegre, a variação de 0,46% refere-se a um resíduo decorrente do reajuste de 10,54%, vigente desde o dia primeiro de fevereiro. No caso da telefonia, a queda de 2,71% no celular deve-se à redução das tarifas de determinada operadora, enquanto o fixo ficou em -2,89%, com a redução em 22% nas tarifas das ligações de fixo para móvel.

O grupo Educação passou de 5,90% para 0,63% de fevereiro para março, deixando para trás a concentração de reajustes ocorridos nas mensalidades escolares deste ano letivo.

Sobre os índices regionais, o maior foi o da região metropolitana de Fortaleza, com 0,72%, pressionado pela alta de 6,93% dos cursos regulares, que têm data de reajuste diferenciada das demais regiões. O menor índice foi o da região metropolitana de Salvador, que ficou em -0,14% em razão da queda de 8,55% no item energia elétrica, além do preço do litro da gasolina, que ficou 2,41% mais barato.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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