Juros em operações de crédito ficam em 18,1% em maio

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O valor médio dos juros praticados nas operações de crédito do sistema financeiro – incluindo operações com recursos livres e direcionados – foi reduzido em 0,4 ponto percentual no mês e três pontos nos últimos 12 meses, chegando a 18,1% em maio. Segundo dados do Banco Central, este é o menor patamar registrado no ano.
 
O custo do crédito em recursos livres chegou a 25,8%, após reduções de 0,5 ponto no mês e de 2,7 pontos em relação ao ano passado. Nas contratações com recursos direcionados, a taxa média alcançou 6,9%, com declínios de 0,1 ponto no mês e 2,2 pontos em relação a maio do ano anterior.
 
A taxa registrada no segmento de pessoas físicas atingiu 24% em maio, com retrações de 0,3 ponto no mês e 3,6 pontos em doze meses. De acordo com a autoridade monetária, a variação refletiu o comportamento das taxas vinculadas às modalidades com recursos livres, que diminuíram 0,2 ponto percentual por conta das reduções respectivas de 0,5 ponto, 0,2 ponto e 0,1 ponto em cheque especial, aquisição de veículos e crédito pessoal. A taxa média de juros das operações com recursos direcionados para as famílias registrou estabilidade no mês, situando-se em 6,7%.
 
Nas operações com pessoas jurídicas, a taxa média de juros, após manter o nível estável desde janeiro, recuou 0,5 ponto em maio, para 13,5%, acumulando declínio de 2,7 pontos em doze meses. Nas contratações com recursos livres, o custo do crédito para empresas declinou 0,7 ponto no mês, ao atingir 18,5%, com destaque para as retrações nas modalidades capital de giro, desconto de duplicatas e conta garantida. Da mesma forma, a taxa relativa ao crédito direcionado diminuiu 0,2 ponto, para 7%, com ênfase para a queda de 0,3 ponto na taxa referente aos financiamentos para investimento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). 
 
O spread bancário – diferença entre os juros que o banco cobra ao emprestar e a taxa que ele pega ao captar dinheiro – das operações de crédito do sistema financeiro (com recursos livres e direcionados) manteve a trajetória das taxas ativas, recuando 0,4 ponto no mês e 2,4 pontos em doze meses, ficando em 11,3 pontos em maio, o menor patamar da série iniciada em março de 2011. Segundo o BC, a variação mensal foi decorrente das quedas respectivas de 0,7 ponto e 0,2 ponto nos spreads relativos aos segmentos livre e direcionados, situados em 17,2 pontos e 2,5 pontos, nessa ordem.
 
A inadimplência do sistema financeiro, que corresponde à participação das operações com atraso superior a noventa dias, manteve a taxa estável em 3,6% do total de crédito pelo quarto mês consecutivo, menor patamar desde janeiro de 2012, registrando diminuição de 0,3 ponto em doze meses. Tanto nas operações com pessoas físicas como com pessoas jurídicas, as taxas de inadimplência se mantiveram estáveis, ocorrendo, no entanto, nos últimos doze meses, recuo de 0,7 ponto e elevação de 0,1 ponto, respectivamente.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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