Juros para o crédito perdem força e atingem 18,5% ao ano

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Após dois meses consecutivos de crescimento, a taxa de juros praticada para as operações de crédito do sistema financeiro caiu 0,2 ponto percentual em março, chegando a 18,5% ao ano, segundo informações divulgadas pelo Banco Central.  A taxa interompeu a sequência de avanços vista em janeiro (18,6% ao ano) e fevereiro (18,7% ao ano).

 

De acordo com a autoridade monetária, a evolução do custo foi influenciada pela queda nas taxas dos empréstimos às famílias, cuja média caiu de 24,9% ao ano para 24,4%, com destaque para a redução de 0,4 ponto percentual na taxa de juros das modalidades com recursos livres (de 26,5% ao ano para 26,1% ao ano) devido a reduções apuradas nas linhas de crédito pessoal não consignado (de 69,9% para 67,8%), veículos (de 14,5% para 14% ao ano) e cheque especial (de 138,5% em fevereiro pra 137,9% em março). A taxa média das operações com recursos direcionados para pessoas físicas permaneceu inalterada em 6,6% ao ano.

 

No segmento corporativo, a taxa média de juros foi mantida em 14% ao ano, assinalando recuo de 3,8 pontos na comparação com março de 2012, quando a variação foi de 17,8% ao ano. Nas contratações com recursos livres, a taxa média para pessoas jurídicas recuou 0,2 ponto, situando-se em 18,8% ao ano, ressaltando-se o recuo de 0,4 ponto percentual relativo às operações de capital de giro, cuja média geral passou de 16,2% para 15,8% ao ano.

 

Em linha com o movimento das taxas ativas, o spread bancário geral das operações de crédito, considerando recursos livres e direcionados, caiu 0,3 ponto percentual, passando de 12 pontos em fevereiro para 11,7 pontos em março, e 3,6 pontos abaixo dos 15,3 pontos estimados doze meses atrás.

Os spreads nas operações de crédito livre a famílias e empresas corresponderam, respectivamente, a 25,4 pontos e 10,9 pontos, com reduções, na ordem, de 0,8 ponto e 0,4 ponto em relação ao mês anterior.

 

A inadimplência do sistema financeiro, referente aos atrasos superiores a noventa dias, permaneceu estável em 3,6% do saldo total dos créditos com recursos livres e direcionados, acumulando declínio de 0,2 ponto percentual em doze meses.

 

Nas operações com pessoas físicas, o indicador manteve-se em 5,4%, resultado da diminuição de 0,1 ponto no segmento livre e de aumento de 0,1 ponto no crédito direcionado. Nas contratações relativas às empresas, o nível de atrasos se manteve em 2,2%, a partir da redução de 0,1 ponto no crédito livre e da estabilidade nas operações com recursos direcionados.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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