Mercado projeta queda do PIB em 3,66%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Inflação segue acima da meta traçada pelas autoridades, diz Focus

Jornal GGN – O prognóstico traçado pelas instituições financeiras para a queda da economia foi reduzida pela décima semana consecutiva: a projeção para a redução do PIB (Produto Interno Bruto) foi alterada de 3,60% para 3,66%, segundo dados do relatório Focus, elaborado semanalmente pelo Banco Central. Para 2017, a expectativa foi reduzida de 0,44% para 0,35%, no segundo ajuste seguido.

Quanto à inflação, as instituições projetam que a taxa medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) vai encerrar o ano em 7,31%, em sua terceira redução consecutiva (a estimativa na semana anterior era de 7,43%). Para 2017, a estimativa segue em 6%, há sete semanas consecutivas. Os dados ultrapassam o centro da meta que é 4,5%. O teto da meta é 6,5% este ano, e 6% em 2017.

A pesquisa também traz a projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que foi ajustada pela terceira semana consecutiva e passou de 7,49% na semana passada para 7,43% este ano. Os dados para 2017 seguem em 5,50% pela nona semana consecutiva.

Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa desacelerou pela quarta semana seguida e passou de 7,73% para 7,68%, em 2016, ao passo que os números para 2017 ficaram em 5,50% pela sétima semana.

A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), segue em 7%, em 2016, e em 5,50% para 2017. A variação dos preços administrados subiu de 7,20% para 7,30% este ano, e passou de 5,58% para 5,50% em 2017.

De acordo com o levantamento, a estimativa para a cotação do dólar caiu pela sexta semana e passou de R$ 4,20 para R$ 4,15 no fim de 2016 (média do período caiu pela quinta semana, de R$ 4 para R$ 3,99), e apresentou seu terceiro ajuste para os dados de 2017, que caíram de R$ 4,30 para R$ 4,20, ao final do próximo ano (média do período caiu pela quarta semana, de R$ 4,20 para R$ 4,17). O volume de investimento direto no país ao fim deste ano foi mantido em US$ 55 bilhões pela décima quinta semana seguida, ao passo que os dados de 2017 pçassaram de US$ 57,50 bilhões para US$ 55,25 bilhões.

Diante de um cenário de retração da economia e inflação alta, um novo ajuste dos juros não é esperado. A expectativa apontada pelo relatório é que a taxa encerre o ano de 2016 em 14,25% ao ano (oitava semana de estabilidade), com a média seguindo em 14,25% também pela oitava semana seguida. A variação estimada para o fim de 2017 é de 12,50%, em sua quarta semana de manutenção, e a média também caiu pela quarta semana, de 12,83% para 12,79%.

Os dados para a produção industrial ao fim deste ano foram ajustado, e a queda projetada passou de -4,50% para -4,40%, enquanto o avanço estimado para 2017 subiu pela segunda semana, de 0,57% para 0,85%. Para a balança comercial, o superávit estimado em 2016 subiu pela terceira semana, de US$ 42,40 bilhões para US$ 43,53 bilhões, ao passo que os dados para 2017 avançaram pela sexta semana, de US$ 46,90 bilhões para US$ 47,50 bilhões.

Já a dívida líquida do setor público projetada pelas instituições em 2016 subiu pela segunda semana consecutiva, de 41,05% para 41,10% do PIB. O mesmo ajuste foi visto para os dados de 2017, que passaram de 45,30% para 45,90%. No caso do déficit em conta corrente, a estimativa para 2016 melhorou pela oitava semana consecutiva, com os números passando de -21,21 bilhões para -US$ 20,45 bilhões. Para 2017, a variação foi ajustada pela sétima semana, de -US$ 19 bilhões para -US$ 18,20 bilhões.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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