Pedidos de falências apresentam queda no primeiro semestre

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – No primeiro semestre deste ano foram feitos 885 pedidos de falência em todo o país. Este número é revelado pelo Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações, divulgado nesta quinta-feira, 4. Entre janeiro e junho de 2013, o número de falências é 9,2% menor que os requerimentos realizados em mesmo período de 2012.

Dos pedidos de falência realizados neste primeiro semestre de 2013, 528 foram feitos por micro e pequenas empresas, 226 por médias e 131 por grandes.

Das falências decretadas, um total de 336 neste período, houve queda de 1,5% em relação ao primeiro semestre do ano passado.  O Serasa Experian evidencia o fato de que falências decretadas não refletem a conjuntura atual,  uma vez que muitas decisões judiciais demoram até dois anos.

Houve alta de 16,5% nas recuperações judiciais requeridas no primeiro semestre quando comparadas ao mesmo período de 2012. Foram 460 em 2013 e 395 pedidos em 2012, os dois dados referentes ao primeiro semestre.

Para os economistas do Serasa Experian, médias e grandes empresas estão com gestão mais conservadora neste primeiro semestre, o que permite um recuo nos pedidos de falências, quando comparados ao mesmo período do ano passado. Para eles, os motivos deste conservadorismo estão relacionados com a inflação impactando custos; forte correção do salário mínimo como custo; calendário de elevação gradual das alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) impactando no estímulo ao consumo; pequena recuperação da atividade econômica; e o aumento dos juros, que encarece o capital de giro.

Já para as micro e pequenas empresas, que apresentaram um aumento no número de falências, alem dos fatos que afetam os médios e grandes, está a questão do crédito ter se tornado mais seletivo, o que causa um impacto pouco favorável.

As recuperações judiciais continuam crescendo, o que denota dificuldades das empresas diante do cenário atual, agravado pela dificuldade em exportar, seja por causa da crise global ou por dívidas em dólar, que se valorizou e aumentou as dívidas em reais. Este cenário é ligado às médias e grandes empresas, que apresentaram evolução nas falências decretadas na comparação com 2012.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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