PIB brasileiro termina 2015 com queda de 3,8%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Indústria e serviços contribuíram para queda trimestral; agropecuária avança 2,9%

Jornal GGN – O Produto Interno Bruto (PIB) encerrou o ano de 2015 com queda de 3,8%, a maior perda apurada desde o início da série histórica atual, iniciada em 1996, na série sem ajuste sazonal, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).  Em 2014, o PIB havia ficado praticamente estável (+0,1%). Em relação ao terceiro trimestre, o PIB do quarto trimestre de 2015 caiu 1,4%, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. É a quarta queda consecutiva nesta base de comparação.

A análise dos dados dos últimos três meses do ano mostra que a Indústria (-1,4%) e os Serviços (-1,4%) tiveram retração, enquanto a Agropecuária registrou expansão (2,9%). Na comparação com o quarto trimestre de 2014, o PIB caiu 5,9%, a maior queda desde o início da série histórica iniciada em 1996, sendo que o valor adicionado a preços básicos caiu 5%, e os impostos sobre produtos recuaram 11%. A Agropecuária cresceu 0,6%, enquanto a Indústria (-8%) e os Serviços (-4,4%) apresentaram queda.

Dentre os subsetores que formam a Indústria, a maior queda se deu na extrativa mineral (-6,6%). A indústria de transformação (-2,5%) apresentou resultado negativo pelo quinto trimestre consecutivo. Já a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (1,7%) e a construção (0,4%) registraram variação positiva. Nos Serviços, apenas as atividades imobiliárias (0,5%) apresentaram resultado positivo no trimestre. As demais atividades sofreram retração: comércio (-2,6%), administração, saúde e educação pública (-2,0%), transporte, armazenagem e correio (-1,7%), outros serviços (-1,2%), serviços de informação (-0,9%) e intermediação financeira e seguros (-0,2%).

Pela ótica da despesa, a formação bruta de capital fixo registrou o 7º trimestre consecutivo de queda (-4,9%) e a despesa de consumo das famílias (-1,3%) caiu pelo quarto trimestre seguido. A despesa de consumo do governo recuou 2,9%. No setor externo, as exportações de bens e serviços tiveram variação negativa de 0,4%, enquanto que as importações de bens e serviços recuaram 5,9% em relação ao terceiro trimestre de 2015.

Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB sofreu contração de 5,9% no quarto trimestre de 2015, a maior queda desde o início da série histórica iniciada em 1996. Dentre as atividades econômicas, a Agropecuária cresceu 0,6% e a Indústria sofreu queda de 8%. Nesse contexto, a indústria de transformação apresentou contração de 12%. A construção e a extrativa mineral também apresentaram redução no volume do valor adicionado: -5,2% e -4,1%, respectivamente. Já a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, por sua vez, registrou expansão de 1,4%.

O valor adicionado de Serviços caiu 4,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque para a contração de 12,4% do comércio (atacadista e varejista) e de 9% de transporte, armazenagem e correio. Também apresentaram resultados negativos as atividades de outros serviços (-4,4%), serviços de informação (-3%), administração, saúde e educação pública (-1,2%) e intermediação financeira e seguros (-0,4%). As atividades imobiliárias apresentaram variação nula.

Todos os componentes da demanda interna apresentaram queda na comparação do quarto trimestre de 2015 contra igual período do ano anterior. A formação bruta de capital fixo recuou 18,5%, a despesa de consumo das famílias caiu 6,8% e a despesa de consumo do governo caiu 2,9%. Já no setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 12,6%, enquanto as importações de bens e serviços caíram em 20,1%.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

3 Comentários

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  1. Esse é mais um daqueles posts
    Esse é mais um daqueles posts em que a militância passa loooooonge, né..
    E quando aparece um militonto é pra dizer que a culpa é “da crise, do PIG, da lava jato e dos tucanos”….

  2. A culpa pela crise é do

    A culpa pela crise é do governo federal, mas as medidas que a estão agravando são um grande consenso nacional, abarcando governo, oposição, aliados, traíras, baixo clero parlamentar, candidatos a 3ª via, mídia e mercado.

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