Preços ao produtor puxam IGP-DI em fevereiro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O IGP-M (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) encerrou o mês de fevereiro em alta de 0,85%, bem acima dos 0,40% contabilizados em janeiro, e da variação de 0,20% vista em fevereiro de 2013, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com o resultado, a taxa acumulada no ano chega a 1,25%, ao passo que a variação ao longo de 12 meses avançou 6,30%.

O avanço apurado no mês foi diretamente afetado pelo desempenho do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que disparou de 0,12% em janeiro para 1% em fevereiro, por conta da aceleração registrada do índice relativo a Bens Finais, que saltou de 0,13% no mês anterior para 1,11%. O principal responsável por esta aceleração foi o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -2,99% para 7,03%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis, registrou variação de 0,44%, ante 0,46%, no mês anterior.

O índice do grupo Bens Intermediários subiu 1,17%, ante 0,78% no mês anterior, por conta do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 0,39% para 1,17%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, atingiu 1,12%. No mês anterior, a variação foi de 0,63%.

No estágio das Matérias-Primas Brutas, a variação passou de -0,68%, em janeiro, para 0,68% em fevereiro. Os destaques no sentido ascendente foram soja em grão (de -8,41% para -1,84%), leite in natura (de -6,58% para -0,57%) e café em grão (de 7,45% para 19,46%). Os itens de maior impacto no sentido descendente foram minério de ferro (de 2,07% para -0,56%), mandioca (aipim) (de 8,76% para -2,50%) e suínos (de 1,99% para -5,27%).

Por outro lado, a variação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu de 0,99% em janeiro para 0,66%. O núcleo do IPC registrou taxa de 0,52%, ante 0,63%, apurada no mês anterior. Segundo a pesquisa, três das oito classes de despesa que formam a categoria reduziram suas taxas de variação, especial o grupo Educação, Leitura e Recreação, que passou de 4,47% para 0,28%. Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item cursos formais, cuja taxa passou de 9,07% para 0,00%.

Outros grupos que perderam força no período de análise foram Despesas Diversas (de 2,94% para 1,07%) e Alimentação (de 0,93% para 0,82%), devido ao desempenho dos itens cigarros (de 6,03% para 1,89%) e carnes bovinas (de 2,20% para 0,80%), respectivamente.

Em contrapartida, os grupos que ampliaram suas taxas de variação foram Transportes (de 0,62% para 0,76%), Vestuário (de -0,30% para 0,17%), Habitação (de 0,71% para 0,75%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,47% para 0,50%) e Comunicação (de 0,14% para 0,28%). Os itens que mais contribuíram para estes movimentos foram tarifa de ônibus urbano (de 0,32% para 1,43%), calçados (de -0,49% para 0,73%), empregados domésticos (de 1,68% para 2,05%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,16% para 0,59%) e tarifa de telefone móvel (de 0,08% para 0,41%), nesta ordem.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,33% em fevereiro, ficando abaixo dos 0,88% contabilizados no mês anterior. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços atingiu 0,62%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,54%. O índice que representa o custo da Mão de Obra apresentou taxa de variação de 0,06% em fevereiro. No mês anterior, este índice registrou alta de 1,19%.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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