Preços no varejo paulistano sobem 0,46% em abril

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Os preços do varejo paulistano encerraram o mês de abril com alta de 0,46%, segundo o Índice de Preços no Varejo (IPV), apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Apesar do nono avanço mensal consecutivo, o índice perdeu força em relação a março, quando o total foi de 0,56%.

 

Ao avaliar o histórico desde janeiro, verifica-se uma tendência de desaceleração já que no primeiro mês do ano o indicador acusou variação positiva de 1,16%, passando para 0,6% em fevereiro e 0,56% em março. Nos últimos 12 meses, a elevação acumulada é de 6,6%. Já no ano atinge 2,81%, bastante acima de 0,32% assinalado no mesmo período do ano passado.

 

O avanço de 2,04% apresentado pelo setor de Drogarias e Perfumarias em relação a março foi o principal vilão da alta do IPV em abril. De acordo com a FecomercioSP, o comportamento é atribuído ao reajuste anual dos medicamentos, autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a partir de 31 de março. No mesmo mês do ano passado, o setor havia se elevado em 1,24%.

Foto: Nacho Lemus

O segmento de Feiras completa dois meses seguidos de alta – elevação de 2,2% em março, sucedido pelos 3,7% assinalados em abril – e foi o segundo item de maior impacto do Índice. A atividade já acumula no ano a maior elevação dentre todos os componentes do índice, com um acréscimo de 15,1%.

 

O terceiro maior impacto do indicador foi causado pelo incremento de 0,6% no setor de Veículos, sendo 0,7% para Automóveis Novos e 0,5% para Motocicletas Novas. Já os setores de Móveis e Decoração e Eletrodomésticos encerraram abril com alta de 1,4%, enquanto o segmento de Supermercados acusou alta de 0,1% – a menor desde fevereiro de 2012, quando o indicador descreveu decréscimo de 1,2%. Neste ano, a atividade acumula alta de 2,6% e, nos últimos 12 meses, atinge variação positiva de 12%.

 

Os grupos de Materiais de Construção (0,5%), Padarias (0,7%), Vestuário, Tecidos e Calçados (0,1%), Óticas (0,8%) e Combustíveis e Lubrificantes (0,1%) encerraram abril com preços médios mais elevados do que os vistos em março.

 

Na contramão da alta dos preços, os setores de Açougues (-1,3%) e Eletroeletrônicos (-0,3%) apresentaram preços menores. Outras quedas constatadas em abril foram em Brinquedos (-1,2%), Floriculturas (-1,4%), Livrarias (-0,1%) e CDs (-0,1%).

 

De acordo com a FecomercioSP, os preços médios dos alimentos, que vinham sendo pressionados por causa do clima adverso, “ingressam aos poucos em uma trajetória mais comportada, mas a dispersão de alta ainda se mantém elevada nos demais grupos”. Já o total acumulado no ano em relação a 2012 mostra uma tendência disseminada de alta nos preços.

 

“Além disso, o aumento dos transportes públicos, previsto para início de junho, assim como os reajustes nos planos de saúde, que passam a vigorar a partir de maio, devem impactar o IPV da mesma forma que o reajuste de medicamentos provocou em abril, entretanto, os efeitos se darão de forma indireta visto que o indicador contempla somente produtos e não serviços”, diz a entidade.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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