Prévia da inflação oficial desacelera em julho

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15) encerrou o mês de julho em alta de 0,07%, ficando bem abaixo dos 0,38% contabilizados pelo indicador em junho, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com isso, a variação acumulada no ano chegou a 3,52%, acima dos 2,91% registrados nos primeiros seis meses de 2012. O total em 12 meses foi para 6,40%, situando-se abaixo dos 6,67% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2012 a taxa havia ficado em 0,33%.
 
A maioria dos produtos e serviços observados apresentou desaceleração no período de pesquisa, sendo que os grupos alimentação e bebidas (de 0,27% em junho para -0,18% em julho) e transportes (de 0,10% para -0,55%) foram os principais responsáveis pelo forte recuo de um mês para o outro. Nos alimentos, das 11 regiões pesquisadas, somente a de Curitiba deixou de mostrar deflação, apresentando 0,14% de variação. 
 
Desta vez, o tomate, que ficou 16,78% mais barato, foi o líder dos impactos para baixo, com -0,05 ponto percentual. Mas outros alimentos passaram a custar menos: os preços do feijão carioca e do óleo de soja, por exemplo, caíram 3,86% e 3,13%, respectivamente, enquanto a cenoura chegou a ficar 18,78% mais barata.
 
Outros itens que exerceram impactos relevantes na variação geral foram o etanol (-3,71%), gasolina (-0,69%) e ônibus urbano (-1,02%), com impacto de 0,03 ponto percentual cada. No grupo transportes, outros itens tiveram seus preços em queda, destacando-se o seguro voluntário, com -1,82%, e ônibus intermunicipal, com -0,91%, além do metrô e do trem, com -2,02% e -1,15%, respectivamente.
 
Os artigos de residência (de 0,68% em junho para -0,06% em julho) e de vestuário (de 0,72% para -0,17%) também se mostraram em queda no mês, totalizando quatro grupos com deflação. Em saúde e cuidados pessoais (de 0,72% em junho para 0,20% em julho), o recuo foi provocado, sobretudo, pelos preços dos remédios, que tiveram queda de 0,09%, e dos artigos de higiene pessoal, que caíram 0,08%.
 
Os únicos grupos que avançaram durante o período de análise foram habitação (de 0,57% em junho para 0,60% em julho) e despesas pessoais (de 0,37% em junho para 1,08% em julho). Segundo o IBGE, as despesas com habitação foram afetadas por itens como energia elétrica (de 0,01% para 0,26%) e gás de botijão (de 0,01% para 0,49%). Nas despesas pessoais, a alta é atribuída, principalmente, aos itens empregado doméstico (de 0,50% para 1,45%) e recreação (de 0,19% para 1,36%).
 
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Fortaleza (0,29%) em razão do resultado das tarifas de água e esgoto (5,20%), tendo em vista o reajuste de 7,95% vigente desde 24 de junho, além da alta nos preços da gasolina (2,19%) e do etanol (0,28%). O menor foi o índice de Goiânia (-0,35%) sob influência da queda de 7,53% nos preços das passagens dos ônibus urbanos, que tiveram redução de 10% a partir de 13 de junho.
 
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de junho a 12 de julho de 2013 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de maio a 13 de junho de 2013 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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