IEDI faz ressalvas, mas admite que houve retomada na trajetória de crescimento

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Os dados referentes a produção industrial brasileira divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que o setor voltou a crescer, mas os números devem ser vistos com ressalvas, segundo o IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial). Os números mostram que o setor encerrou o mês de abril em alta de 1,8%, levando o total no primeiro quadrimestre para 1,6% e a variação em 12 meses para 8,4%.

 

O último mês de abril foi positivo para todos os grandes setores da indústria: a produção de bens de capital cresceu 3,2%; a de bens duráveis, 1,1%; a de bens intermediários 0,4%; e a bens semi e não duráveis, 0,9% – taxas com relação ao mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal. E mais: a produção de bens de capital cresceu, na margem, pelo terceiro mês consecutivo; e as produções dos setores de bens duráveis e de bens intermediários apresentaram aumento, também na margem, pelo segundo mês consecutivo.

 

Contudo, a entidade afirma que a retomada do setor deve ser vista com cautela pois ela está “inflada”, ou ainda, “ela reflete efeitos de fatores pontuais que estão jogando para cima os resultados da atividade industrial. Se existe um conjunto de dados que sinalizam que a indústria está se recuperando, o IEDI questiona se existem fatores que comprometem tal reativação.

 

Além disso, a instituição diz que alguns indicadores foram afetados por fatores específicos. Por exemplo: o desempenho apresentado pela produção de bens de capital teve grande influência do desempenho expressivo do segmento de caminhões apurado desde o início deste ano – em contraponto ao recuo ocorrido no começo de 2012. No caso do setor de bens duráveis, a entdade afirma que “os bons índices de produção ainda refletem os incentivos fiscais à produção de veículos”.

 

Por outro lado, a entidade ressalta que a retomada ainda não é generalizada – dos vinte e sete segmentos pesquisados pelo IBGE, em dez a produção recuou ou ficou estagnada em abril frente março, com ajuste sazonal. Além disso, ao se comparar abril deste ano com abril de 2012, os resultados da produção (24,4% em bens de capital; 14,9% em bens duráveis; 5,2% em bens semi e não duráveis; e 5,0% em bens intermediários) “se devem à baixa base de comparação e ao fato de que o quarto mês deste ano tem dois dias úteis a mais do que o mesmo mês do ano passado”, diz o IEDI.

 

“Em suma, ainda que com menos vivacidade do que alguns de seus índices sugerem, a indústria nacional retomou sua trajetória de crescimento. É mais provável que a produção industrial esteja crescendo no ritmo do setor nuclear da indústria, qual seja, o setor de bens intermediários, cujas taxas de crescimento foram de 0,5% e 0,4%, respectivamente, em março e abril – taxas calculadas com relação ao mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal. Algo não tão espetacular, mas muito bem-vindo”, finaliza a entidade.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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