Taxa de desemprego de 2013 é a menor da série histórica

Sugerido por Dê

Da Rede Brasil Atual

IBGE: taxa média de desemprego de 2013 é a menor da série histórica
 
Índice de 5,4% representa o quarto recuo seguido. Taxa de dezembro também foi a menor da série. Em dez anos, número de desempregados caiu pela metade e renda aumentou quase 30%. Formalização é recorde
 
São Paulo – A taxa média de desemprego calculada pelo IBGE em seis regiões metropolitanas (Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo) foi de 5,4% em 2013, a menor da série histórica da pesquisa, iniciada em 2003. O resultado, divulgado na manhã de hoje (30) pelo instituto, mostra taxa próxima à do ano anterior (5,5%) e representa o quarto recuo seguido, com 6,7% em 2010 e 6% em 2012 – e sete pontos percentuais a menos ante 2003 (12,4%). Apenas em dezembro, a taxa foi de 4,3%, também a menor da série.
 
O total de ocupados, estimado em 23,1 milhões na média anual, cresceu 0,7% no ano. Na comparação com 2003, aumentou 24,8%. Já o número de desempregados (1,3 milhão) recuou 0,1%, o correspondente a 20 mil a menos. Em relação a 2003, a queda chega a 49,5%. Em dez anos, são 4,6 milhões de ocupados a mais e 1,3 milhão de desempregados a menos.
 
Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado somaram 11,6 milhões, 236 mil a mais em relação a 2012, alta de 2%. Na média do ano, a participação desse segmento no total de ocupados bateu recorde e atingiu 50,3%, ante 49,2% em 2012. Eles representavam 39,7% em 2003.

 
Já o rendimento médio foi estimado em R$ 1.929,03, crescimento de 1,8%. Também na comparação com 2003, o poder de compra aumentou 29,6%. Mas o IBGE segue verificando disparidades: em 2013, o rendimento médio das mulheres (R$ 1.614,95) representa 73,6% do recebido pelos homens (R$ 2.195,30). Em 2007, no menor nível, a proporção era de 70,5%.
 
Os trabalhadores de cor preta ou parda, na classificação do instituto, ganhavam em média pouco mais da metade (57,4%) do que os brancos – R$ 1.374,79 e R$ 2.396,74, respectivamente. Essa proporção era de 56,1% em 2012 e de 48,4% em 2003.
 
A pesquisa apontou disparidades entre os rendimentos de homens e mulheres e, também, entre brancos e pretos ou pardos. Em 2013, em média, as mulheres ganhavam em torno de 73,6% do rendimento recebido pelos homens (R$ 1.614,95 contra R$ 2.195,30). A menor proporção foi a registrada em 2007, de 70,5%.
 
A massa de rendimentos dos ocupados (R$ 45 bilhões) cresceu 2,6% em relação ao ano anterior e 61,1% em dez anos.
 
Entre os ocupados, 54% (12,5 milhões) são homens e 46% (10,6 milhões), mulheres. A participação feminina aumentou: era de 43% em 2003. O percentual de ocupados que contribuíam para a previdência atingiu o maior nível em 2013 (74,4%). Eram 72,8% em 2012 e 61,2% dez anos atrás. Nesse período, o acréscimo foi de 5,9 milhões de pessoas, para um total de 17,2 milhões.
 
A presença da população com 11 anos ou mais de estudo subiu de 62,2%, em 2012, para 63,8%. Essa participação era de 46,7% em 2003.
 
Quanto à jornada, a média dos ocupados no ano passado foi de 40,1 horas semanais, ante 40,3 horas há dez anos.
Redação

9 Comentários

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  1. Há mais ou menos uns dez anos

    Há mais ou menos uns dez anos vi naquele jornal intragavel da manha da globo a sra. miriam leitão comentar sobre uma noticia semelhante que informava que desemprego havia caido a qual retrucou prontamente: ” mas vai subir”. Estou depois desses anos todos esperando que a profecia dessa senhora se realize, um dia ela acerta.

  2. O conceito “desempregado”

    O conceito “desempregado” muda tanto que em breve teremos desemprego de 0% apesar da realidade mostrar o contrário.

    Quer ver como se manipula para dar boas novas para o governo:

    “Já o rendimento médio foi estimado em R$ 1.929,03, crescimento de 1,8%”, 1929 r$ e o rendimento médio da cidade de São Paulo não do Brasil nos tenta passar. O rendimento médio na cidade de São Paulo  era de 1905 r$ em agosto de 2002, ou seja apenas 24 r$. 

    O rendimento médio real no Brasil é de 1758 r$ em setembro de 2013. Pegue a tabela original e veja vc mesmo a manipulação de dados, http://migre.me/gU5T1 .

    Isso para um dos dados do texto, imagina os outros mostrados nele. Este tipo de manipulação só vinga pq não tem oposição, não tem imprensa séria.

     

     

    1. Rendimento médio de trabalho

      Rendimento médio de trabalho aumenta, mas disparidades persistem

      Em 2013, a média anual do rendimento médio mensal habitualmente recebido no trabalho principal foi estimada em R$ 1.929,03, a mais alta desde 2003, o que correspondeu a um crescimento de 1,8% em relação a 2012 (R$ 1.894,03). Entre 2003 e 2013, o poder de compra do rendimento de trabalho aumentou em 29,6% (em 2003 era de R$ 1.488,48 reais).

      A pesquisa apontou disparidades entre os rendimentos de homens e mulheres e, também, entre brancos e pretos ou pardos. Em 2013, em média, as mulheres ganhavam em torno de 73,6% do rendimento recebido pelos homens (R$ 1.614,95 contra R$ 2.195,30). A menor proporção foi a registrada em 2007, de 70,5%.

      Desocupação foi de 4,3% em dezembro e fecha 2013 com média de 5,4%
      IBGE—Comunicação Social—-30 de janeiro de 2014

       

       

    2. Massa de rendimentos e a queda do desemprego

      A queda do rendimento real do trabalho no início do Governo do Presidente Lula ocorreu em função da queda do desemprego, e aumento do nível do emprego e do  trabalho por conta própria.

      Apesar da queda da média real do rendimento do Trabalho, ocorreu um aumento real  da massa de rendimentos de quase 50% no período do Governo do Presidente Lula, já que aumentou significativamente a quantidade de pessoal empregadas ou trabalhando por conta própria.

      Não confundir trabalho e ocupação com emprego assalariado.

      anexo

      IBGE—-Pesquisa Mensal de Emprego–Dezembro 2013(32 páginas)—–Publicação completa(em formato pdf)

  3. Noffaa… só 5,4% de

    Noffaa… só 5,4% de desemprego. Crise, crise… “Sem um grande exército industrial de reserva não se pode reduzir salários.” – vociferarão mentalmente os idiotas que escrevem colunas econômicas, alinhavando argumentos pseudo racionais disfarçados em favor de um desemprego maior.

     

    É nestas horas que fica perceptível que o quanto os analistas neoliberais são mais fãs de Karl Marx do que os modernos economistas de esquerda, que aceitam o capitalismo desde que ele seja regulado e capaz de incluir mais e mais pessoas na base de consumo possibilitando-as exercer direitos da cidadania. O pleno emprego deveria ser considerado uma benção pelos neoliberais, pois salário significa consumo e lucro empresarial. Mas não é. No fundo o que os neoliberais querem é um desemprego maior que possibilite uma acumulação de capital mais fácil mediante a redução dos salários. No imaginário deles aumentos de produtividade significam custos indesejados. É por isto que eles endossam a teoria marxista do exército industrial de reserva às avessas, extraindo de Marx uma lição que ele não pretendia dar aos capitalistas.

  4. Keynes. No prefácio da nova

    Keynes. No prefácio da nova tradução da Teoria Geral, de 1936, Krugman (eleito pela fox news como “inimigo da sociedade”) lembra que os conservadores, de vários matizes, elegeram, por sua vez, o livro como um dos mais ameaçadores – mais do que a obra de Lênin! Uma taxa de desemprego tão baixa é uma grande confirmação de que, afinal de contas, Keynes fez algum tipo de ciência.

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