Taxa de juros para as famílias bate recorde em maio

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A taxa média de juros do crédito para as famílias continuou a subir em maio e chegou ao recorde de 57,3% ao ano (valor em recursos livres, onde os bancos tem autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros), a mais alta da série histórica apurada pelo Banco Central (BC), iniciada em março de 2011. De abril para maio, a alta chegou a 1,2 ponto percentual. No segmento de pessoas físicas, a taxa subiu 0,8 ponto percentual (p.p.) no mês e 3,5 p.p. em doze meses, situando-se em 34,8% ao ano.

A taxa de juros mais alta na pesquisa é a do rotativo do cartão de crédito, que subiu 13,1 pontos percentuais para 360,6% ao ano. A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados, subiu 1,3 ponto percentual para 115,9% ao ano.

A variação cobrada no cheque especial chegou a 232% ao ano em maio, com alta de 6 pontos percentuais. Já a taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) subiu 0,3 ponto percentual para 27,2% ao ano. A taxa média do crédito para as empresas subiu 0,3 ponto percentual para 26,9% ao ano. A inadimplência das empresas subiu 0,1 ponto percentual para 4%.

No caso do direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura), a taxa de juros do crédito para as empresas subiu 0,6 ponto percentual para 9,6% ao ano. No caso das famílias, houve alta de 0,3 ponto percentual, com taxa em 9% ao ano.

Nos empréstimos às empresas, a taxa média de juros atingiu 18,9% a.a., variações de 0,4 p.p. no mês e 2 p.p. em doze meses. Nas operações com recursos livres, o custo médio avançou 0,3 p.p. no mês, para 26,9% a.a., com destaque para capital de giro acima de 365 dias (+0,4 ponto percentual) e repasses externos (+1,3 ponto). Nas contratações com recursos direcionados, a taxa aumentou 0,6 ponto, para 9,6% ao ano, refletindo principalmente a elevação de 0,5 ponto no custo dos financiamentos com recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para investimentos.

A taxa média de juros das operações de crédito do sistema financeiro, computadas as contratações com recursos livres e direcionados, atingiu 27,1% ao ano em maio, o que corresponde a um aumento de 0,6 ponto percentual no mês e de 3 pontos em doze meses. No crédito livre, o custo médio situou-se em 42,5% ao ano, aumento de 0,7 ponto no mês e 5,9 pontos em doze meses, enquanto no crédito direcionado, o indicador atingiu 9,3% ao ano, após altas de 0,4 ponto e 1 ponto nos mesmos períodos.

O spread bancário referente às operações com recursos livres e direcionados cresceu 0,3 ponto no mês e 1,9 pontos em doze meses, atingindo 17,4 pontos percentuais. Os indicadores relativos aos segmentos de pessoas físicas e jurídicas situaram-se em 24,9 pontos e 9,5 pontos, respectivamente. No crédito livre, o spread aumentou 0,5 ponto, atingindo 29,8 pontos, enquanto no crédito direcionado, avançou 0,1 ponto percentual, para 3,2 pontos.

A inadimplência das operações de crédito do sistema financeiro, referente a atrasos superiores a noventa dias permaneceu em 3%, apresentando estabilidade nas comparações mensal e interanual. No crédito às famílias, o nível de atrasos situou-se em 3,8% (+0,1 ponto no mês), permanecendo estável em 2,3% nos créditos às empresas. No crédito livre, a inadimplência atingiu 4,7% (+0,1 ponto no mês), enquanto, no direcionado, manteve-se em 1,2%.

 

(Com Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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