Confiança da indústria apresenta melhora em julho

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Após cinco quedas consecutivas, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 1,5% entre junho e julho, ao passar de 68,1 para 69,1 pontos, atingindo assim o segundo menor nível da série histórica, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado sucede quedas de 1,6%, em maio e 4,9%, em junho.

O crescimento do indicador atingiu 7 dos 14 principais segmentos acompanhados pela pesquisa, e foi influenciado pela melhora das expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice de Expectativas (IE) avançou 3,2%, após cinco quedas consecutivas, quando acumulou perdas de 23,6%.

Por este motivo, mesmo em alta, o índice de 67,9 pontos de julho representa o segundo menor valor da série. O Índice da Situação Atual (ISA), por sua vez, ficou praticamente estável, ao recuar 0,1% em relação ao mês anterior, de 70,4 para 70,3 pontos, também o segundo menor nível da série, superando apenas o ICI de outubro de 1998 (67,3 pontos).

O quesito produção prevista foi o que mais contribuiu para a alta do IE em julho. Após cinco quedas consecutivas, o índice avançou 7,4% sobre o mês anterior, atingindo 91,5 pontos. A proporção de empresas prevendo aumentar a produção nos três meses seguintes aumentou de 14,2% para 18,5% entre junho e julho; já a parcela das que esperam reduzir a produção caiu de 29,0% para 27% no mesmo período.

No caso do prognóstico de situação atual, a principal contribuição negativa para a evolução registrada entre junho e julho foi dada pelo indicador que mede o equilíbrio do nível de estoques na indústria. Neste quesito, a proporção de empresas que avaliam o nível de estoques atual como excessivo aumentou de 17,2% para 18,7%; e a parcela de empresas que o consideram insuficiente diminuiu de 1,6% para 1,5%. A diferença de 17,2 pontos percentuais (p.p.) entre as opções extremas de resposta é a maior desde janeiro de 2009 (21,2 p.p.). O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) ficou estável entre junho e julho, em 78,2%, o menor patamar desde abril de 2009 (78%).

“A evolução do ICI em julho é mais facilmente analisada de forma desagregada de acordo com o horizonte de tempo. Em relação ao momento presente, a indústria continua avaliando de forma extremamente desfavorável o ambiente de negócios. No âmbito das expectativas, o avanço do IE é bem vindo, mas de magnitude ainda insuficiente para ser identificado como uma reversão de tendência, após cinco quedas consecutivas”, diz o levantamento.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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