Dados da indústria apontam desaceleração

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A indústria operou em setembro acima do ritmo registrado em agosto: de acordo com dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), as horas trabalhadas na produção subiram 1% na passagem de setembro para agosto, enquanto o faturamento real e a utilização da capacidade instalada (UCI) cresceram 0,8% e 0,8 ponto percentual (p.p.), respectivamente – feito o ajuste sazonal. Mesmo com esse crescimento, o quadro da indústria ainda é de desaquecimento.

Segundo os dados divulgados, as horas trabalhadas na produção (indicador dessazonalizado) subiram 1% em setembro frente a agosto. Na comparação com o ano passado, no entanto, o resultado ainda é negativo. O indicador atual é 2,6% inferior ao apurado há 12 meses e mostra queda ainda maior ao se comparar os primeiros nove meses de 2014 com o mesmo período de 2013.

Os resultados do mercado de trabalho reforçam o desaquecimento da indústria. O indicador de emprego caiu em setembro pelo sétimo mês seguido, o que resultou em retração de 1,6% entre o segundo e o terceiro trimestre.

O crescimento da atividade em setembro não evitou novos cortes no quadro de trabalhadores da indústria. O indicador dessazonalizado de emprego caiu 0,8% em setembro frente a agosto, marcando a sétima queda consecutiva. Na comparação com setembro do ano passado, o resultado é ainda mais negativo, com retração de 2,8%.

A massa salarial real voltou a cair em setembro, contabilizando o quinto resultado negativo no ano. Na comparação com agosto, o indicador atual ficou 0,2% menor — na série livre de efeitos sazonais. No acumulado do ano, contudo, ainda observa-se crescimento, de 2,6% — média de janeiro a setembro de 2014 comparada com a média do mesmo período de 2013.

Em linha com o emprego e a massa salarial, o rendimento médio real do trabalhador caiu  0,3% em setembro frente a agosto, — feito o ajuste sazonal. Comparado com o rendimento médio registrado há 12 meses, verifica-se que o dado atual é 1,9% maior.

A indústria operou, em média, com 81,3% da capacidade instalada em setembro — segundo o dado dessazonalizado —, 0,8 p.p.acima do registrado em agosto. Embora tenha crescido, o indicador situa-se 0,6 p.p. abaixo do nível apurado em setembro de 2013. Comparando a média de janeiro a setembro de 2014 com a média do mesmo período de 2013, também nota-se queda da UCI, de 1,4 p.p.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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