Folha de pagamento real da indústria cai 2,9% em julho

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria, ajustado sazonalmente, recuou 2,9% em julho frente a junho, segundo resultado negativo consecutivo nessa comparação, acumulando no período redução de 5,2%. Os números foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Nesse mês a indústria de transformação e o setor extrativo, ambos com queda de 2,7%, apontaram taxas negativas. Com isso, a média móvel trimestral para o total da indústria caiu 1,1% no trimestre encerrado em julho de 2014 frente ao patamar do mês anterior, e manteve o comportamento predominantemente negativo presente desde março último.

Em relação a julho de 2013, o valor da folha de pagamento real recuou 3,4%.  O índice acumulado nos últimos doze meses, com variação positiva de 0,1%, mostrou perda de ritmo frente aos resultados de janeiro (1,6%), fevereiro (1,5%), março (1,4%), abril (1,2%), maio (0,9%) e junho (0,7%).

Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real recuou em doze dos quatorze locais investigados. A principal influência negativa foi assinalada por São Paulo (-4,2%), pressionado, em grande parte, pela queda no valor da folha de pagamento real nos setores de meios de transporte (-5,4%), alimentos e bebidas (-7,2%) e produtos de metal (-12,0%). Outras contribuições negativas foram apuradas pelo Rio Grande do Sul (-5,7%), Região Nordeste (-4,3%), Paraná (-3,4%) e Minas Gerais (-2,3%). Já os impactos positivos foram verificados na Bahia (2,4%) e na Região Norte e Centro-Oeste (0,5%).

Setorialmente, ainda em relação a julho de 2013, o valor da folha de pagamento real recuou em dezessete dos dezoito ramos investigados, com destaque para meios de transporte (-3,5%), refino de petróleo e produção de álcool (-13,9%), produtos de metal (-7,8%), alimentos e bebidas (-2,2%), indústrias extrativas (-6,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-5,9%), máquinas e equipamentos (-3,0%), metalurgia básica (-3,7%) e calçados e couro (-6,5%). Por outro lado, o único impacto positivo foi verificado no setor de minerais não-metálicos (0,8%).

O índice acumulado no ano subiu 0,6%, mas ficou abaixo do verificado em junho (1,3%). O indicador apresentou taxas positivas em nove dos quatorze locais pesquisados. A principal contribuição positiva veio da Região Norte e Centro-Oeste (4,3%), com Santa Catarina (2,2%), São Paulo (0,3%), Paraná (1,4%) e Minas Gerais (0,7%) a seguir. Em sentido contrário, os impactos negativos mais relevantes vieram do Rio Grande do Sul (-1,0%), Rio de Janeiro (-0,5%), Ceará (-1,9%) e Região Nordeste (-0,3%).

Setorialmente, o valor da folha de pagamento real acumulou altas em dez das dezoito atividades pesquisadas, principalmente, com os ganhos vindos de alimentos e bebidas (4,6%), minerais não-metálicos (5,1%), borracha e plástico (3,8%), meios de transporte (1,0%), indústrias extrativas (2%), produtos químicos (1%) e vestuário (1,7%). Por outro lado, os setores de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-4,3%), produtos de metal (-3,6%), máquinas e equipamentos (-1,8%), papel e gráfica (-2,1%) e calçados e couro (-3,0%) assinalaram as principais contribuições negativas no acumulado do ano.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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