Folha de pagamento real da indústria recua 6,1% no semestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Em junho de 2015, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente avançou 1,3% frente ao mês imediatamente anterior, após assinalar dois meses consecutivos de taxas negativas, período em que acumulou redução de 4,7%. Os números foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No índice desse mês, verifica-se a influência positiva do setor extrativo (31,2%), em função do pagamento de participação nos lucros e resultados em importante empresa do setor, uma vez que a indústria de transformação (-1,1%) permaneceu apontando taxas negativas pelo sexto mês seguido.

Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou recuo de 1,2%, no trimestre encerrado em junho de 2015 frente ao patamar do mês anterior, e prossegue com a trajetória descendente iniciada em fevereiro último. Ainda na série com ajuste sazonal, na comparação trimestre contra o trimestre imediatamente anterior, o valor da folha de pagamento real caiu 3,2% no período abril-junho de 2015, registrando sua quinta taxa negativa seguida neste tipo de confronto, acumulando nesse período perda de 8,2%.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real mostrou queda de 7,1% em junho de 2015, com resultados negativos em quinze dos dezoito ramos investigados, com destaque para meios de transporte (-17,4%), alimentos e bebidas (-6,3%), máquinas e equipamentos (-10,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-14,7%), metalurgia básica (-13,5%), borracha e plástico (-11,4%), produtos de metal (-11,9%), produtos químicos (-4,3%), outros produtos da indústria de transformação (-8,7%), calçados e couro (-8,4%), minerais não-metálicos (-3,3%) e produtos têxteis (-3,6%).

Por outro lado, indústrias extrativas (18,2%) e refino de petróleo e produção de álcool (15,9%) apontaram as principais contribuições positivas no total da indústria, com ambas influenciadas pelo pagamento de participação nos lucros e resultados em importante empresa desses setores.

Na análise trimestral, o valor da folha de pagamento real, ao recuar 7,5% no segundo trimestre de 2015, assinalou o quarto trimestre consecutivo de resultados negativos e mostrou perda de ritmo frente às taxas observadas no primeiro (2,1%), segundo (0,5%), terceiro (-2,9%) e quarto (-3,9%) trimestres de 2014 e primeiro trimestre de 2015 (-4,9%), todas as comparações contra iguais períodos do ano anterior.

Este movimento de perda de dinamismo entre o primeiro e o segundo trimestres de 2015 também foi observado em quatorze dos dezoito setores, com destaque para meios de transporte (de -8,9% para -14,9%), alimentos e bebidas (de -1,2% para -5,2%), máquinas e equipamentos (de -3,2% para -7,1%), metalurgia básica (de -7,0% para -11,5%), refino de petróleo e produção de álcool (de -3,1% para -8,8%) e indústrias extrativas (de -4,9% para -8,6%). Por outro lado, os setores de fumo, que passou de -19,9% no primeiro trimestre de 2015 para -2,0% no segundo, e papel e gráfica (de -2,4% para -1,3%), apontaram as principais reduções no ritmo de queda entre esses dois períodos.

Nos seis primeiros meses de 2015, o valor da folha de pagamento real assinalou redução de 6,1%, com taxas negativas nas dezoito atividades pesquisadas, pressionado pelas quedas vindas de meios de transporte (-11,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-11,4%), produtos de metal (-10,6%), máquinas e equipamentos (-5,1%), alimentos e bebidas (-3,2%), metalurgia básica (-9,2%), indústrias extrativas (-6,6%), outros produtos da indústria de transformação (-7,4%), borracha e plástico (-4,5%), calçados e couro (-9,5%), refino de petróleo e produção de álcool (-6,2%) e papel e gráfica (-1,9%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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