Indústria recua 12,4% na comparação com novembro de 2014

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – Na comparação com igual mês do ano anterior, a produção industrial caiu 12,4% em novembro de 2015, com perfil disseminado de resultados negativos, alcançando as quatro grandes categorias econômicas, 24 dos 26 ramos, 68 dos 79 grupos e 76,4% dos 805 produtos pesquisados. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Entre as atividades, veículos automotores, reboques e carrocerias (-35,3%) exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria, pressionada pela redução na produção de automóveis, caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, reboques e semirreboques, carrocerias para ônibus e caminhões e autopeças.

Outras contribuições negativas relevantes vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-12%), indústrias extrativas (-10,5%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-34,2%), máquinas e equipamentos (-16,3%), outros produtos químicos (-9,2%), produtos de minerais não-metálicos (-13,6%), produtos de metal (-14%), metalurgia (-9%), produtos de borracha e de material plástico (-11,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-15,2%), outros equipamentos de transporte (-21,2%), móveis (-22,9%), produtos têxteis (-19%) e produtos diversos (-20,6%). Por outro lado, produtos alimentícios (0,7%) e bebidas (1,3%) foram as duas atividades que aumentaram a produção nesse mês.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o setor de bens de capital (-31,2%) assinalou a 21ª taxa negativa consecutiva, com queda ligeiramente menos intensa do que a verificada no mês anterior (-32,8%). O segmento foi influenciado pelos recuos em todos os seus grupamentos, com destaque para a redução de 35,2% de bens de capital para equipamentos de transporte. As demais taxas negativas foram registradas por bens de capital de uso misto (-37,0%), para construção (-53,8%), para fins industriais (-6,5%), agrícola (-21,5%) e para energia elétrica (-13,1%).

O segmento de bens de consumo duráveis recuou 29,1% no índice mensal, 21º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde junho de 2014 (-32,8%). Nesse mês, o setor foi pressionado pela menor fabricação de automóveis (-34,2%) e de eletrodomésticos da linha branca (-18,6%) e da linha marrom (-25,8%), influenciados por reduções de jornadas de trabalho e pela concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas. Outros impactos negativos importantes vieram de motocicletas (-37,2%), móveis (-20,7%) e de outros eletrodomésticos (-14,1%).

A produção de bens intermediários (-10,8%) assinalou a 20ª taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde julho de 2009 (-11,1%), e foi afetado pelos recuos nos produtos associados às atividades de indústrias extrativas (-10,5%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-15,2%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-26,4%), outros produtos químicos (-9,2%), metalurgia (-9,0%), produtos de minerais não-metálicos (-13,7%), produtos de metal (-15,4%), produtos de borracha e de material plástico (-11,5%), produtos têxteis (-20,9%), celulose, papel e produtos de papel (-4,1%) e produtos alimentícios (-0,9%).

A única pressão positiva veio de máquinas e equipamentos (3,2%). Vale citar as reduções nos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-17,3%), com a 21ª taxa negativa consecutiva, e de embalagens (-5,9%), que marcou o 11º recuo seguido na comparação com igual mês do ano anterior.

A redução na produção de bens de consumo semi e não-duráveis (-4,8%) registrada em novembro foi a 13ª taxa negativa consecutiva na comparação com igual mês do ano anterior, mas teve queda menos intensa do que as verificadas nos meses de julho (-9,1%), agosto (-7,3%), setembro (-7,2%) e outubro (-7,5%). O desempenho nesse mês foi explicado pelos recuos observados nos grupamentos de semiduráveis (-12,7%), de não-duráveis (-10,0%) e de carburantes (-3,1%). Por outro lado, o subsetor de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (1,1%) assinalou o único resultado positivo nessa categoria

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador