Indústria tem faturamento 2,7% menor em novembro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O faturamento real da indústria, descontada a inflação, caiu 2,7% em novembro (na série livre de influências sazonais), reafirmando o processo de desaceleração do setor ao longo do ano de 2015, segundo a pesquisa de indicadores industriais elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

Com essa queda, o indicador de faturamento real de novembro é 13,3% menor do que o observado no mesmo mês de 2014. Considerando os resultados de janeiro a novembro de 2015, o faturamento real da indústria de transformação caiu 8,2% em relação ao mesmo período de 2014.

Além disso, o emprego na indústria de transformação brasileira caiu 0,8% em novembro na comparação com outubro de 2015, na série livre de efeitos sazonais. Foi a décima queda consecutiva do indicador, que ficou 8,5% menor do que o registrado em novembro de 2014. Na comparação dos onze primeiros meses de 2015 com os mesmos meses de 2014, observa-se uma redução de 5,9% no emprego da indústria.

Segundo a pesquisa, a retração é decorrente da forte retração da atividade industrial ao longo do ano passado. “O indicador de horas trabalhadas na produção alcançou dois dígitos de janeiro a novembro na comparação com o mesmo período de 2014, confirmando a trajetória negativa da produção na indústria”, diz o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

Os únicos indicadores que tiveram resultado positivo na comparação mensal foram os relativos à remuneração dos trabalhadores. O indicador de massa salarial real cresceu 0,4% em novembro ante outubro, na série livre de influências sazonais. A massa salarial está 9,1% menor em relação à observada em novembro de 2014. No balanço de 2015 até novembro, a massa salarial real diminuiu 6,1% em comparação com o mesmo período de 2014.

O indicador de rendimento médio real aumentou 1,1% em novembro frente a outubro, na série livre de efeitos sazonais. O rendimento médio real do trabalhador em novembro de 2015 é 0,7% menor do que o medido em novembro de 2014. Considerando os resultados de janeiro a novembro de 2015, o indicador de rendimento médio real da indústria de transformação caiu 0,2% em relação ao mesmo período de 2014.

De acordo com Castelo Branco, esse resultado se deve ao pagamento do 13º salário e de indenizações para os empregados demitidos. Essa trajetória não se manterá nos próximos meses, porque não há sinais de reativação da produção. “Os dados das vendas no varejo estão muito ruins, sinalizando que a indústria não terá necessidade  produzir mais para  repor estoques. A queda na atividade deve se repetir em 2016 com reflexos no emprego e na remuneração dos trabalhadores”, observa o economista.

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) caiu 0,4 ponto percentual entre novembro e outubro, na série livre de influências sazonais. A UCI de novembro é 3,7 pontos percentuais menor do que a medida em novembro de 2014. Além disso, a UCI média de janeiro a novembro de 2015 é 2,2 pontos percentuais menor que a UCI média do mesmo período de 2014.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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