Produção da indústria continua em queda em abril

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Cenário para o setor permanece difícil, segundo CNI

Jornal GGN – O índice que apura a evolução da produção da indústria continuou a cair em abril: segundo dados da Sondagem Industrial elaborada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), o índice de evolução registrou 42,4 pontos no mês passado. Com a retração da atividade, a indústria manteve os estoques ajustados pelo quinto mês consecutivo – o indicador de estoque efetivo em relação ao planejado assinalou 49,1 pontos, próximo da linha dos 50 pontos, o que indica estoques ajustados.

Para a manutenção em nível desejado pelas empresas, os estoques recuaram pelo sexto mês consecutivo. O índice de evolução dos estoques, que registrou 48,9 pontos em abril, se mantém abaixo da linha dos 50 pontos.

A ociosidade no parque industrial se manteve elevada. A indústria operou, em média, com 64% da capacidade instalada no mês passado, o mesmo percentual registrado em março.  A utilização da capacidade instalada (UCI) se manteve bem abaixo do usual, cujo indicador assinalou 34,7 pontos. Quanto mais abaixo dos 50 pontos, mais distante do usual está a UCI.

Segundo o levantamento, o fraco desempenho da indústria faz com que o emprego no setor continue em queda. O indicador de evolução do número de empregados marcou 43,3 pontos em abril e, como está abaixo dos 50 pontos, sinaliza retração no mercado de trabalho.

Os industriais continuam pessimistas em maio para os próximos seis meses sobre a demanda, as compras de matéria-prima e o emprego, já que os indicadores ficaram abaixo dos 50 pontos. O índice de expectativas sobre a demanda foi de 47,8 pontos, as compras de matéria-prima registrou 45,7 pontos e o de número de empregados assinalou 43,6 pontos. Já as perspectivas sobre as exportações são de estabilidade, depois de quatro meses consecutivos de otimismo. O índice de expectativas sobre quantidade exportada marcou 50,7 pontos e ficou praticamente em cima da linha dos 50 pontos.

O cenário de fraca atividade e as expectativas negativas mantém a intenção de investimentos em baixa, cujo índice foi de 39,4 pontos. “Os dados da Sondagem Industrial de abril mostram que o cenário industrial permanece difícil. Há poucas alterações na comparação com março. A produção e o emprego continuam em queda – em ritmo mais acelerado do que março no caso da produção. A ociosidade do parque produtivo permanece muito alta, com utilização da capacidade instalada efetiva muito abaixo do usual”, diz a CNI.

“Com relação às expectativas de maio, destaca-se que, ao contrário dos meses anteriores, os empresários da indústria como um todo não esperam mais aumentar suas vendas ao exterior nos próximos meses. Ressalte-se, contudo, que os empresários das grandes empresas estão menos otimistas, mas ainda esperam aumento de suas vendas. As demais expectativas pouco se alteraram. Permanece o pessimismo com relação à demanda nos próximos seis meses, assim como as expectativas de queda nas compras de matérias-primas e número de empregados. A intenção de investir também continua baixa”, pontua a entidade.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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