Produção industrial brasileira caiu 6,6% em 2016, aponta IBGE

 
Jornal GGN – De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria brasileira encerrou 2016 com uma queda de 6,6% na produção, o terceiro ano seguido de recuo e o terceiro pior para um ano na série histórica, iniciada em 2002. 
 
O resultado só não foi pior que em 2015, quando a redução foi de 8,3%, e em 2009, que teve recudo de 7,1%. Em dezembro, a produção cresce 2,3% na comparação com novembro, mas a elevação não deve ser suficiente para indicar uma retomada no setor. 
 
“Há questões conjunturais que precisam ser resolvidas para se pensar em reversão de trajetória”, disse o economista do IBGE André Macedo. Na comparação com dezembro de 2015, a perda foi de 0,1%, ante uma expectativa de redução de 0,9%. 

 
O pior desempenho no ano foi da categoria Bens de Capital, com perdas de 11,1%, afetada por bens de capital para equipamentos de transporte e para fins industriais. 
 
A produção de Bens Intermediários caiu 6,3% no ano, e a de Bens de Consumo teve recuo de 5,9%. As maiores influências negativas foram exercidas por indústrias extrativas (-9,4%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,5%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,4%).
 
Na comparação com novembro, o destaque foi o aumento de 6,5% na produção de Bens de Consumo Duráveis, sendo que 16 dos 24 ramos pesquisados tiveram alta. O segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias subiu 10,8% e teve o melhor resultado desde junho de 2016. 
 
Entretanto, o economista do IBGE acredita que este aumento na produção de veículos pode ter sido um movimento para se antecipar à expectativa de alta nos preços do aço.  “Mais parece um movimento de redução de custos do que aumento de demanda. Os estoques dos carros e caminhões continuam um problema não totalmente resolvido”, explicou.
 
Macedo ressaltou que as pontos negativos do ano passado, como desemprego, queda na renda e alto endividamento, continuam presentes, e que a redução da taxa Selic “pode vir no futuro, mas não automaticamente”.
Redação

3 Comentários

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  1. Melhor do que isso,

    Melhor do que isso, impossível! diriam os ditadores da ´máfia demotucana peemedebista, que tomaram o poder roubando 55 milhões de votos democráticos. Mesmo estando no script da gangue golpista, todos os dias eles dizem que a culpa é da Dilma e do PT! 

  2. O que não enxergo? (4)

    Ontem, foi aqui publicada a matéria Índice de confiança da indústria aumenta em janeiro e chega ao maior nível desde 2014. Abaixo, transcrevo parte de trechos para marcar a questão que destaco na sequência.

    “Jornal GGN – De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, o Índice de Confiança da Indústria teve alta de 4,3 pontos no mês de janeiro em relação a dezembro, chegando a 89 pontos, o maior nível desde maio de 2014. […] confiança aumentou em 15 dos 19 segmentos industriais. O Índice de Expectativas (IE) […] avançando 4,7 pontos e chegando a 91 pontos.  […] O indicador de perspectivas para o pessoal ocupado nos três meses seguintes cresceu 7,4 pontos, atingindo 89,2 pontos. […] O Índice da Situação Atual (ISA) teve aumento de 3,8 pontos, fechando em 87 pontos[…] subiu 5,2 pontos em janeiro, para 82,9 pontos. […]

     O Nível de Utilização da Capacidade Instalada chegou a 74,6% em janeiro, 1,7 ponto percentual maior que o mês anterior, quando havia sido registrado o patamar mínimo da série histórica, iniciada em 2001.

     Especialista da FGV, Aloisio Campelo Júnior crê que o setor está reagindo devido à aceleração da produção no fim do ano e também à queda da taxa de juros”.

    Ao confrontarmos o conteúdo das duas matérias, a presente e a citada, a dicotomia aparece, óbvia. A questão imediata é como a confiança do empresariado não só aumenta, mas aumenta nos níveis apontados? E dúvida subsequente e inevitável é, por quê?

    Logo após surge a incompreensão acerca da afirmação do especialista da FGV – quem suponho mais preparado do que eu para tratar do assunto. O que ele pretende com uma afirmação que parece conflitar com os fatos? Primeiro fato, a produção industrial o incremento da produção industrial ao fim do ano é quase um padrão de comportamento histórico. Resulta de fatores de sazonalidade e na atual conjuntura não é representativo e, principalmente, não serve para embasar qualquer conclusão sobre comportamento futuro. Segundo, se aceitarmos as previsões mais otimistas esperamos ver a taxa referencial da Selic ir para algo como 9,5% em dezembro, para uma prevista inflação acumulada no ano de cerca de 4,5%. Ora, isso implicaria em uma taxa de juros real em torno de 4,8% a.a., ou seja, quase 5%. É menor do que a atual, na casa dos 6%. Mas será a maior da série entre janeiro de 2014 –  primeiro mês do segundo mandato e último em que Dilma efetivamente governou – e junho de 2016. Considere-se ainda que neste período a economia desabou progressivamente até o caos onde estamos. Assim, isso sugere ser lícita a suposição de que o comportamento não deverá ser diferente ao longo de 2017, senão pior, contrariando as expectativas da indústria e da FGV.

    Então, há alguma explicação, situada além da minha compreensão e que não enxergo? Esta é a quarta vez que posto comentário com esta pergunta e, infelizmente, a resposta não surgiu. Eu apreciaria muito se alguém esclarecesse isto. Se minha ignorância em assuntos de Economia não for tão grande quanto aparenta, a alternativa é, além da visão empresarial estar desfocada, levantar questão quanto ao rigor acadêmico da FGV, comprometendo sua isenção política e ideológica e, consequentemente, sua reputação como centro de estudos e de educação.

    As probabilidades apontam que eu devo estar errado, todavia, eu gostaria muito de saber o porquê.

     

     

     

  3. Já fazem DOIS anos que o PT

    Já fazem DOIS anos que o PT está fora do Governo e “eles” os GOLPISTAS da globo & cia, não fizeram nada que dê a mínima ideia de que vai melhorar alguma coisa. NEM tem como. Vão ficar anos e anos roubando de verdade e dando como desculpa o Governodo PT por todos os males que vierem.

    Mentiras e mais mentiras é o que veremos daqui por diante.

    SE o IBGE fosse confiável e não um “organização” que ajudou na manipulação de dados para  “imprensa” golpista, ficaria ainda mais preocupado.  Mas, como sabemos, a destruição da Petrobrás com suas milhares de fornecedoras e empreiteiras, seus milhões de empregos, seus lucros (até 2014 eram mais de 30 BILHÕES anuais), os impostos que recolhia (maior que qualquer outra empresa), É QUE FOI A GRANDE RAZÃO de toda essa situação difícil.

    Lula e Dilma criaram mais de 20 MILHÕES de empregos com CTPS assinada, mais de 6 milhões de MEIs e em 2014 chegamos (ÚNICO PAÍS DO MUNDO) ao que chamam de PLENO EMPREGO, ISSO É O QUE IMPORTA ao Povo Brasileiro (160 a 170 milhões) que é Pobre e Trabalhador e NUNCA ROUBOU DE NINGUÉM.

    Construíram uma Petrobrás que HOJE, só as reservas do Pré Sal confirmadas, de 50 bilhões de barris, valem, ao valor de hoje a US$56, quase TRES (3)TRILHÕES DE DÓLARES (mais de dez vezes a dívida proclamada) , podendo chegar a 300 bilhões de barris.

    Quintuplicaram o PIB entre 2003 e 2014 , de 509 bilhões de dólares para 2,375 trilhões. Quadruplicaram as exportações , de 45 bilhões de dólares para 220 bilhões.

    Distribuiram renda via aumento do Salário Mínimo, aposentadorias, bolsa familia. Conastruíram mais de QUATRO MILHÕES  de moradias e fizeram baixar o preço e o ALUGUEL do imóveis em mais de 30%.

    Isso é que foi a VERDADE, simples assim.

     

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