Produção industrial cresce 0,4% e interrompe sete meses de queda

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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 Apesar da melhora, avanço mensal não compensa perdas de 2015

Jornal GGN – A produção da indústria brasileira avançou 0,4% em janeiro frente a dezembro, na série livre de influências sazonais, e interrompeu uma sequência de sete meses de queda, quando acumulou queda de 8,7%, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na mesma comparação, a média móvel trimestral recuou (-0,9%).

Segundo o levantamento, o setor volta a mostrar um quadro de maior ritmo produtivo, expresso não só no avanço de 0,4% na comparação com o mês imediatamente anterior, que interrompeu sete meses consecutivos de queda, mas também no predomínio de taxas positivas entre as grandes categorias econômicas e as atividades investigadas. Contudo, mesmo com o resultado positivo desse mês, o total da indústria recuperou apenas pequena parte da perda de 8,7% acumulada no período junho-dezembro de 2015 e ainda encontra-se 19,2% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013.

O acréscimo registrado na passagem de dezembro de 2015 para janeiro de 2016 foi puxado por três das quatro grandes categorias econômicas e em 15 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, a principal influência positiva foi registrada por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que avançou 2,8%, segunda taxa positiva consecutiva, acumulando nesse período expansão de 6,6% – tais resultados positivos eliminaram parte da redução de 8% acumulada nos meses de outubro e novembro de 2015.

Outras contribuições positivas importantes sobre o total da indústria vieram das atividades de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (6,1%), de bebidas (3,8%), de máquinas e equipamentos (3,1%), de produtos do fumo (24,5%), de produtos têxteis (7,1%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (1,4%), de produtos de metal (2,7%) e de móveis (7,8%). Com exceção da última atividade, que mostrou expansão pelo terceiro mês seguido e acumulou 12% no período, as demais tiveram taxas negativas em dezembro último: -9%, -8,9%, -9,2%, -7,9%, -9,8%, -3,5% e -5,6%, respectivamente.

Entre os nove ramos que reduziram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi assinalado por indústrias extrativas, que recuou 2,7%, quarto resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período redução de 15,2%. Outros impactos negativos importantes foram observados nos setores de produtos alimentícios (-0,6%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-1%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-3,6%), com o primeiro eliminando parte do avanço de 1,8% registrado no mês anterior; o segundo interrompendo dois meses de taxas positivas consecutivas e acumulando nesse período crescimento de 4,2%; e o último devolvendo parte da expansão de 10,3% de dezembro de 2015.

Entre as grandes categorias econômicas, a comparação com o mês imediatamente anterior mostra que os segmentos de bens de capital, ao avançar 1,3%, e bens intermediários (0,8%) mostraram as expansões mais acentuadas, com o primeiro eliminando pequena parte da perda de 12,9% acumulada entre outubro e dezembro do ano passado; e o segundo repetindo o resultado do mês anterior, quando interrompeu dez meses seguidos de queda na produção, período em que acumulou redução de 10,4%.

O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (0,3%) registrou sua terceira expansão consecutiva, com ganho acumulado de 0,8% nesse período, mas que não eliminou o recuo de 1,1% assinalado em outubro de 2015.

Já o segmento de bens de consumo duráveis (-2,4%) teve o único resultado negativo em janeiro de 2016, após avançar 8% no mês anterior, quando interrompeu quatro meses consecutivos de redução na produção, período em que acumulou perda de 18%.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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