Produção industrial tem maior recuo da série histórica

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – A produção industrial brasileira apresentou uma redução de (-0,7%) no mês de dezembro em relação ao visto em novembro, segundo os dados sazonalmente ajustados e divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Frente a dezembro de 2014, a indústria caiu (-11,9%).  No acumulado do ano, o setor industrial mostrou o maior recuo (-8,3%) da série, iniciada em 2003. Já o acumulado em 12 meses teve sua maior queda (-8,3%) desde novembro de 2009 (-9,4%).

Em dezembro de 2015, a indústria prossegue com o quadro de menor ritmo produtivo, expresso não só no sétimo resultado negativo consecutivo em relação ao mês imediatamente anterior (maior sequência de quedas da série histórica), mas também no predomínio de taxas negativas em dezembro, quando a maior parte das atividades pesquisadas reduziu a produção. Com isso, a indústria encontra-se 19,5% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013. Ainda na série com ajuste sazonal, os sinais de menor intensidade da atividade industrial ficam evidenciados pela média móvel trimestral (-1,2%), que manteve a trajetória descendente iniciada em outubro de 2014.

No confronto com dezembro de 2014, o setor industrial mostrou seu vigésimo segundo resultado negativo consecutivo. Com isso, no fechamento de 2015, a indústria também assinalou a queda (-8,3%) mais intensa da série histórica, iniciada em 2003, com predomínio de taxas negativas entre as grandes categorias econômicas e as atividades pesquisadas. Os destaques ficaram com os recuos nos setores de bens de capital e bens de consumo duráveis.

Essa perda de dinamismo também fica evidente na análise semestral. A indústria teve comportamento negativo ao longo de 2015, com aumento na intensidade de queda na passagem do primeiro semestre (-5,9%) para o segundo (-10,5%), contra iguais períodos do ano anterior.

Entre as grandes categorias econômicas, também houve quedas e as mais intensas foram em bens de capital (de -19,8% no primeiro semestre para –31,2% no segundo) e bens de consumo duráveis (de -14,1% para -23,2%), especialmente pela redução na produção de bens de capital para equipamentos de transporte (de -25,7% para -35,9%), na primeira, e de automóveis (de -14,5% para -24,3%), na segunda. Os segmentos de bens intermediários (de -2,7% para -7,6%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (de -6,5% para -6,8%) também recuaram entre os dois períodos.

Em dezembro de 2015, a produção industrial nacional recuou 0,7% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, sétimo resultado negativo seguido, acumulando nesse período perda de 8,7%. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou redução de 11,9% em dezembro de 2015, vigésima segunda taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação.

Assim, os índices do setor industrial foram negativos tanto para o fechamento do quarto trimestre de 2015 (-11,8%) como para o acumulado no segundo semestre do ano (-10,5%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. No índice acumulado em 2015, a atividade industrial recuou 8,3% frente a igual período do ano anterior, redução mais elevada da série histórica iniciada em 2003. Já a taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses (-8,3%) em dezembro de 2015, teve sua maior queda desde novembro de 2009 (-9,4%) e manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador