Valor da folha de pagamento real varia -2,1% em março

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria caiu 2,1% em março frente ao mês imediatamente anterior, segundo dados ajustados sazonalmente e divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice ampliou o ritmo de queda visto em fevereiro, quando a variação foi de -1,5%.

Os números divulgados destacam a influência negativa tanto da indústria de transformação (-1,5%), como do setor extrativo (-1,5%). O índice de média móvel trimestral assinalou queda de 0,4% na passagem dos trimestres encerrados em fevereiro e março de 2014 e interrompeu a trajetória ascendente iniciada em outubro último.

Ainda na série com ajuste sazonal, na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o valor da folha de pagamento real da indústria cresceu 0,5% no período janeiro-março de 2014 e assinalou o segundo trimestre seguido de crescimento, mas em ritmo menos intenso do que o observado no último trimestre do ano passado (1,3%).

Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu 0,5% em março de 2014, terceiro resultado positivo consecutivo nesse tipo de confronto, com resultados positivos em nove dos 14 locais investigados. Os principais impactos positivos foram em Santa Catarina (4,5%) e na região Norte e Centro-Oeste (3,8%), seguido por Espírito Santo (7,9%), Paraná (1,4%), Rio Grande do Sul (1,4%) e Minas Gerais (0,9%). As principais influências negativas foram assinaladas pelo Rio de Janeiro (-6,1%) e Bahia (-4,7%).

Setorialmente, o valor da folha de pagamento real avançou em nove dos 18 ramos investigados, com destaque para alimentos e bebidas (5,6%), borracha e plástico (6,8%), fumo (92,9%), minerais não-metálicos (3,3%) e indústrias extrativas (1,9%). Os principais impactos negativos foram verificados nos setores de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-4,7%), produtos de metal (-4,7%), meios de transporte (-1,5%), papel e gráfica (-2,7%), produtos químicos (-1,5%) e calçados e couro (-4,3%).

No índice acumulado no primeiro trimestre de 2014, o valor da folha de pagamento real na indústria avançou 2,1% frente a igual período do ano anterior, com taxas positivas em dez dos 14 locais pesquisados. A principal contribuição positiva foi assinalada por São Paulo (2,3%), seguido por região Norte e Centro-Oeste (6,7%), Minas Gerais (3,0%), Paraná (3,9%) e Santa Catarina (4,3%). Os impactos negativos mais importantes foram no Rio de Janeiro (-2,3%), Região Nordeste (-0,9%) e Bahia (-2,4%).

Setorialmente, o valor da folha de pagamento real avançou em 12 das 18 atividades pesquisadas, impulsionado por alimentos e bebidas (5%), meios de transporte (4,0%), borracha e plástico (6,3%), minerais não-metálicos (7,1%), indústrias extrativas (2,1%), vestuário (3,6%), metalurgia básica (2,1%) e fumo (37,3%). Os setores de papel e gráfica (-2,1%), produtos de metal (-1%), máquinas e equipamentos (-0,5%) e madeira (-4,1%) assinalaram as principais contribuições negativas.

Na análise trimestral, o valor da folha de pagamento real avançou 2,1% no primeiro trimestre de 2014 e reverteu a queda de 1,6% do último trimestre de 2013, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. Esse ganho de ritmo foi verificado em 15 das 18 atividades, com destaque para alimentos e bebidas, que passou de -0,4% para 5%, meios de transporte (de -1,5% para 4%) e produtos de metal (de -6,4% para -1%). Entre os locais, o aumento do valor da folha de pagamento real entre esses dois períodos ocorreu em 11 dos 14 locais, com destaque para Paraná, que passou de -3,9% para 3,9%, Pernambuco (de -5,6% para 1,1%) e região Norte e Centro-Oeste (de 1,5% para 6,7%).

A taxa acumulada nos últimos doze meses cresceu 1,4% em março de 2014, mostrando assim uma ligeira perda de ritmo frente aos resultados de janeiro (1,6%) e fevereiro (1,5%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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