Brasil quer ser o primeiro país do mundo a usar 4G para levar banda larga à zona rural

O Brasil vai usar uma nova rede de telecomunicações padronizada para atender à população da zona rural e será o primeiro país a utilizar o 4G para levar banda a essas regiões. Além de operar na faixa de 450 MHz, a nova rede é baseada na tecnologia LTE (Long Term Evolution) – padrão de comunicação que combina várias técnicas e permite conexões com mais qualidade.
 
Hoje, no Brasil, apenas 10% dos domicílios rurais possuem acesso à internet. Segundo o edital da licitação das faixas do 4G realizada pela Anatel, as operadoras deverão estender a cobertura de voz e dados até 30 km dos limites da sede de cada município brasileiro, o que garantirá o atendimento de mais de 90% da população rural do país.
 
A decisão foi tomada durante a última reunião do 3GPP, um fórum internacional que estabelece padrões industriais para a telefonia e a banda larga móvel, realizado de 20 a 24 de maio em Fukuoka, no Japão.
 
O diretor do Departamento de Indústria, Ciência e Tecnologia da Secretaria de Telecomunicações, José Gontijo, disse no encontro que “as decisões tomadas foram fundamentais para levarmos banda larga de alta velocidade à área rural brasileira. Isso significa que o campo terá um serviço com a mesma velocidade que a cidade. A indústria já está se preparando para a produção dos equipamentos”. Na ocasião, Gontijo reafirmou que o Brasil será o primeiro país a utilizar o 4G para levar banda larga à zona rural.
 
Segundo o diretor, o grupo – que também contou com a participação de representantes da Qualcomm, Tim, Huawei e CPqD – concluiu todos os documentos técnicos sobre sistemas de acesso rádio em 450 MHz. 
 
A uniformização, que deve ser concluída em junho, vai embasar o modelo industrial dos equipamentos que compõem toda a rede de acesso, tais como antenas, dispositivos de radiofrequência, estação-base compacta, terminais LTE com interface para redes Wi-Fi e sistema de gerenciamento de rede.
 
Embora o edital preveja como prazo final para atendimento o mês de dezembro de 2015, o Ministério das Comunicações já discute a possibilidade de acelerar esse processo e alcançar mais rapidamente as áreas rurais.
Redação

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