Construção Civil deve fechar último ano de Temer no vermelho

Sugerido por Jefferson

Recessão de Temer derruba Construção Civil e empurra PIB para baixo

Do Brasil247

Um dos setores mais importantes da economia nacional, a construção civil deverá fechar o ano no vermelho em função do agravamento da crise econômica e das políticas recessivas implantadas pelo governo Michel Temer. Com uma contração de 20,5% e o fechamento de 1,2 milhão de postos de trabalho nos últimos quatro anos, o setor recuou para o mesmo patamar de 2009. Desempenho atual só não é pior que o registrado entre os anos de 1981 e 1984, quando a construção civil encolheu 22,5% e o período ficou conhecido como a “década perdida”.

O início do ano de 2018 foi marcado pelo otimismo do setor em função do aumento da produção de matéria-prima para a atividade no final do exercício anterior. O otimismo, porém, mostrou-se infundado em função das seguidas revisões, para baixo, do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, a estimativa para este ano era que o setor de construção civil apresentasse um crescimento de 2% em 2018, mas a revisão aponta para um crescimento pífio, de apenas 0,5%.

A consultoria LCA tem previsões ainda mais pessimistas. Com a estimativa do PIB sendo revista para uma queda de 0,8 ponto percentual, a construção civil foi empurrada para baixo em 2,8 pontos. Com isso, a estimativa é que o setor feche o exercício com uma queda de 0,23% ante um crescimento de 2,6% projetado anteriormente. O desemprego, que alcança 13,2 milhões de trabalhadores, é considerado uma espécie de termômetro para a construção civil. O setor, que utiliza um grande volume de mão de obra, vem segurando novas contratações, o que reduz o crescimento do mercado de trabalho e, consequentemente, faz circular menos dinheiro na economia.

 

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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