Jornal GGN – O ICST (Índice de Confiança da Construção) perdeu força no trimestre fechado em agosto, com uma variação de -4,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). A contração no período de três meses fechados em julho foi de -4%. Este é o segundo mês consecutivo de ampliação da queda interanual nesta base de comparação, após três meses de diminuição da distância em relação ao ano anterior.
Desta forma, o indicador de 116,3 pontos sinaliza tendência de desaceleração do ritmo de atividade do segmento durante o terceiro trimestre deste ano. A sinalização de queda é confirmada pela comparação interanual, que apresentou uma variação de -5,3% em agosto, ante -3,9% em julho.
Segundo a pesquisa, a queda registrada pelo índice foi puxada tanto pela piora da avaliação sobre a situação atual como das expectativas, usando a base de comparação trimestral. O IE-CST (Índice de Expectativas) passou de -0,8% em julho para -1,4% em agosto e o Índice da Situação Atual (ISA-CST) passou de -7,8%, para -8,5%, na mesma base de análise.
Também se viu piora na comparação interanual mensal, tanto na situação atual (de -7,4%, em julho, para -8,6%, em agosto) quanto nas perspectivas futuras (-0,9% para -2,5%, respectivamente).
Sete dos onze segmentos pesquisados apresentaram piora em suas análises, com destaque para os itens Obras de Acabamento cuja variação interanual do índice de confiança trimestral passou de -2% em julho para -4,3%, em agosto; Instalações Elétricas, ao passar de 0,4% para -1,7%, nos mesmos períodos; e Obras de Arte Especiais e Obras de Outros tipos (de -4,1% para -5,5%).
Na análise dos itens que compõem o índice da FGV, a queda do ISA-CST em julho foi influenciada pelo quesito evolução recente da atividade. A variação interanual do Indicador Trimestral deste item passou de -5,1%, em julho, para -6,5%, em agosto. Das 685 empresas consultadas, 19,8% disseram que o nível de atividade aumentou no trimestre findo em agosto, contra 24,9% no mesmo período do ano anterior; já 19,2% das empresas informaram que a atividade diminuiu (contra 17,3%, em agosto de 2012).
O quesito que avalia a demanda prevista para os próximos três meses maior influência negativa no IE-CST. A variação interanual trimestral deste quesito passou de 1% em julho para -0,6%, em agosto. A proporção de empresas prevendo aumento na demanda no trimestre findo em agosto é de 33%, contra 32,1% no mesmo período em 2012, enquanto a parcela das companhias que estão prevendo diminuição foi de 7,9%, contra 6,2% em agosto de 2012.
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