Jornal GGN – A Google quer conectar à internet cerca de um bilhão de pessoas de países da África e Ásia por meio do desenvolvimento de redes sem fio de alta velocidade. Para viabilizar o acesso a tantas pessoas, a gigante de buscas estuda usar balões dirigíveis capazes de transmitir sinal de internet por longas distâncias. O uso de um mix de tecnologias, como satélites e antenas de rádio, está no horizonte da empresa. As informações são do Wall Street Journal.
O jornal americano informa ainda que a Google planeja trabalhar em conjunto com companhias locais de telecomunicações e fornecedores de equipamentos de mercados emergentes – ao mesmo tempo, isso também ajudaria a desenvolver um modelo de negócio regional. Além dos balões dirigíveis, a Google poderia usar a frequência de ondas de rádio reservadas para redes de televisão para criar as redes – desde que consiga a aprovação dos governos locais.
A empresa não quis comentar a respeito, mas o Wall Street Journal afirma que a companhia de buscas já começou a fechar parcerias para por o projeto em prática. O potencial de um bilhão de novos usuários de internet é interessante para os negócios da Google, pois poderia ampliar o uso de serviços como a busca na web e o YouTube e, assim, crescer a conta publicitária. Atualmente, 87% da receita do gigante de buscas é resultado da venda de anúncios online.
Internet x Energia elétrica
Além disso, como parte do plano, o Google também estaria trabalhando na produção de microprocessadores e de um smartphone Android – ambos de baixo custo. O WSJ comenta que o Google quer, cada vez mais, dominar e controlar todos os pontos de conexão das pessoas com a internet.
Parte das regiões escolhidas pelo Google para o projeto – África Subsaariana e sudeste asiático – coincidem com informações do Banco Mundial divulgadas hoje sobre acesso a energia elétrica no mundo. Segundo o Banco Mundial, 1,2 bilhão de pessoas não têm acesso a eletricidade no planeta. Dessas, 87% vivem na África Subsaariana ou no sul da Ásia. Além disso, as áreas rurais são as mais prejudicadas, pois concentram 85% das pessoas que vivem sem eletricidade.
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