Lava Jato ameaça paralisar 144 empreendimentos

Jornal GGN – A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) diz que a Operação Lava Jato ameaça paralisar 144 empreendimentos no país. Os investimentos desses projetos são de pelo menos R$ 423,8 bilhões.

“Por um lado, o país possui a oportunidade de por fim a um dos maiores esquemas de corrupção e punir seus culpados, e assim reforçar a crença da sociedade brasileira nos princípios da ética e de justiça. De outro, os efeitos das investigações sobre as empresas envolvidas podem vir a paralisar os investimentos em curso no país”, disse a Firjan.

Firjan vê investimentos de R$ 424 bi ameaçados em função da Lava-Jato

Por Rodrigo Polito

Do Valor Econômico

RIO  – Levantamento feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) indica que 144 empreendimentos no país estão ameaçados de paralisação, em função de impactos diretos e indiretos das investigações da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Os investimentos previstos nesses projetos são de, pelo menos, R$ 423,8 bilhões, valor equivalente ao PIB do Estado de Minas Gerais.

“Por um lado, o país possui a oportunidade de por fim a um dos maiores esquemas de corrupção e punir seus culpados, e assim reforçar a crença da sociedade brasileira nos princípios da ética e de justiça. De outro, os efeitos das investigações sobre as empresas envolvidas podem vir a paralisar os investimentos em curso no país”, avaliou a Firjan, no levantamento, divulgado nesta sexta-feira.

Segundo a entidade, dos 144 empreendimentos, estão incluídas as refinarias do Nordeste (R$ 37,4 bilhões) e Comperj (R$ 27,8 bilhões), duas plantas de fertilizantes, 31 contratações de embarcações feitas a 18 estaleiros e 109 obras de infraestrutura em geral. Dessas obras, destaca-se a hidrelétrica de Belo Monte, de R$ 28,9 bilhões de investimentos, no Pará.

De acordo com a Firjan, as investigações da Lava-Jato resultaram na suspensão formal de contratação pela Petrobras de 25 empresas no Brasil, das quais 13 construtoras envolvidas nas mais importantes obras de infraestrutura do país e em grandes empreendimentos no setor de petróleo e gás da Petrobras.

“O risco de que novas empresas passem a constar na relação de investigados vem provocando a interrupção de pagamentos por parte da Petrobras a outras empresas que não estão citadas nas investigações, atingindo indiretamente a cadeia de fornecedores de petróleo e gás, notadamente os estaleiros”, completou a Firjan.

“Diante de cifras tão impressionantes e do impacto que possuem em setores estratégicos para o país, faz-se necessário, sem prejuízo das investigações e das punições que dela vierem a decorrer, que os investimentos no Brasil não sejam interrompidos”, concluiu a entidade.

Redação

18 Comentários

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  1. Gostaria de dar uma singela

    Gostaria de dar uma singela opinião ao governo federal para tentar superar este imblóglio : estatize as construtoras e toquem as obras.

  2. balela.

    Cara Nassif, 

    tirante o problema da corrução que é sério e ninguém em sã consciencia deve discordar disso, o texto acima, é divertido pela conclusão maluca, para dizer o minimo. Vejamos. 

    Diante de cifras tão impressionantes e do impacto que possuem em setores estratégicos para o país, faz-se necessário, sem prejuízo das investigações e das punições que dela vierem a decorrer, que os investimentos no Brasil não sejam interrompidos”, concluiu a entidade.

     

    Ora, é claro que ninguém quer que os investimentos no Brasil sejam interrompidos. Mas, as premissas não fundamentam a conclusão. Este tipo de SOFISMA é muito encontrado por ai. 

    Ou seja, você discorre sobre um problema, cola a sua opinião no problema para parecer que faz parte da premissa e , ao final, conclui que não pode acontecer aquilo “que você mesmo disse” sob pena de resultar num mal maior.  Vejamos a frase que COLA o que se pretende defender: 

     os efeitos das investigações sobre as empresas envolvidas podem vir a paralisar os investimentos em curso no país”, avaliou a Firjan, no levantamento, divulgado nesta sexta-feira.

    Ora, ora, ora, os investimento não vão parar não. Só se quiserem. Tem empresas demais espalhadas por este país que NÃO FIZERAM PARTE de supostos CONLUIOS e por isso mesmo, nunca tiveram acesso ao CARTEL da petrobrás. 

    A lei anticorrupção é clara. Ocorre que , pra variar, “as interpretações” dependem do freguês. Se o freguês é “bão” então a tendência é “dar crédito”. Resta saber o que se define como cliente “bão”.

    Minha defesa é que se aplique a lei. Puna os sócios e as “organizações” ( compreenda bem isso: os envolvidos como o suposto rolo da petrobrás) e para não parar investimento algum, obra nenhuma, contrato nenhuma, OUTRAS EMPRESAS entram na jogada, inclusive, contratando os eventuais empregados que forem dispensados das organizações penalizadas. 

    Penso que precisamas começar a fazer valer nosso  processo legislativo e demais instituições ( sem bater cabeça de quem faz o que) Ora, se há lei devidamente publicada com anterioridade e que prevê determinadas punições a  quem quer que seja, então que esta seja aplicada. 

    Não vale ficar publicando “notícias” em jornais para tentar “convencer” a opinião pública ( normalmente estúpida) para que se busque um certo apoio às organizações envolvidas no rolo do cartel sob alegação fraca de ” paralisação de obras etc.  Pra mim, é papo furado para , mais uma vez, enganar os otários desavisados.

    Saudações 

  3. Empresariado covarde

    Este mesmo empresariado que deixou a Dilma apanhar quando reduziu o juros, segurou o preço dos combustíveis, reduziu o custo da energia ( transformou-o em lucro direto), e desonerou a folha de pagamento, dá mais um sinal de covardia. Não disseram nada. Deram um bocejo. Tímido e medroso. Não procuraram, po exemplo, juristas para discutir o descalabro.

    Em qualquer outro país do planeta, ninguem à guiza de combater a corrupção, provocaria um desastre destes. E isto não é acabar com a corrupção, mil verzes mais complexa e que começaria com o respeito às leis vigentes.  É punir o país como já puniu 120000 trabalhadores que nada têm com a corrupção. E com o auxílio do pig??? Do pig???

    Podem ser juizes, mas não são especialista nas corrupção, como já mostraram. Os vazamentos e a tentativa de burlar a eleição passada foi antidemocrática e corrução pura.

    O empresariado não sabe sair da sua tradicional covardia e vassalagem ao chefe “pig”. Têm medo do pig.

  4. Basta de tanta hipocrisia!

    Basta de tanta hipocrisia! Basta de tanta irresponsabilidade! Basta de tanta insensatez! Basta de tanto terror!

    Crimes são crimes, e assim devem ser tratados. Imbricá-los com política, com ideologia, ou com o quer que seja, não vai resgatar nada, absolutamente nada. O mal está feito. Não vai ser agora que rompantes de insanidade em forma de falsa indignidade vão anulá-lo. 

    Nada tem a ver, não há interdição de nenhuma espécie, se apartar o tratamento legal-criminal desse caso com os seus aspectos econômicos-financeiros os quais, para começo de conversa, dizem respeito ao bem-estar e a tranquilidade de milhões de brasileiros. 

    A avidez punitiva tipo “terra arrasada” só tem uma justificação: a malsinada política. Querem deixar o país ingovernável através da sublevação do povo dada a contínua deterioração dos fatores econômicos numa escalada retro alimentada pela desesperança e apatia. 

    Cabe aos brasileiros de boa vontade, as lideranças responsáveis deste país, à frente a presidente Dilma, arrostar esse processo antes que seja tarde demais. 
     

  5. O partidarizado combate à

    O partidarizado combate à corrupção causa mais prejuízos ao país que o não combate,  estão aí as evidências.

     

     

     

  6. impressionante é que se tocaram só agora…

    há séculos se sabe que fascismo nunca serviu para combater e acabar com a corrupção

    fascistas cagam solenemente se vai afetar outras empresas ou não

    fascistas não têm ponto de vista na economia, só no poder individual, mesmo que passageiro

  7. Pois é

    Deu nisso aí a liberdade que encontraram essas empresas para formarem seus cartéis sempre em conluio com os governantes da vez.

    Fazer o quê ?

    Não se acaba com um câncer sem se submeter a um tratamento. Sofre-se por um período, caem os cabelos, as seções de químio não puro sofrimento, mas não há outro jeito. Deste tratamento renasce outro ser. 

  8. A realidade palpável

    O meu sogro trabalhava nas obras de duplicação da ferrovia Carajas. Ele era funcionário da Camargo Correa.

    Mora atualmente perto de Imperatriz-MA. Antes ele trabalhava nas obras de Jirau, pela mesma empresa. Foi para lá porque o desafio da ferrovia seria grande.

    Ele não ganhava propina e não tinha benesses. Pelo contrário. Entrava cedo e saía tarde. Trabalhava debaixo do sol das 7 até sei lá que horas.

    Sua fama na família não é lá muito boa. O porquê é fácil explicar: esposa e filhas dizem que ele prefere trabalhar a estar com a família. Não sei se é verdade. O fato é que o cara é incansável. É de chão de fabrica, ou, no caso dele, de canteiro de obra.

    Pois hoje ele foi demitido. 

    A obra de Carajas deve ser uma destas 144. A coisa tá feia lá. 

    Hoje ele dorme desempregado e um canalha qualquer nem saberá disso.

  9. E o que faz o Ministro da

    E o que faz o Ministro da Justiça??? Nada.

    Fica sentado em seu gabinete sem imaginar e por em ação qualquer plano emergencial.

    O Brasil não pode parar e as empresas envolvidas também não podem parar. Em nehnum outro pais do mundo haveria uma situação como que vivenciamos agora no Brasil. Os fatos estão consumados e não são de agora, devem ser sabidos para correções mas não terra arrasada. 

    Os interesses nacionais devem sobrepôr a outros interesses. A estabilidade econômica e social, mais o desenvolvimento, emprego e segurança do país impõem-se. Formaram-se comissões de estudos da crise jurídica?  Como agir legalmente? Encampam-se as empresas? anistia-se? prorroga-se? compõem-se?… nada é imaginado pelo sr.ministro da justiça (em letras minúsculas).

    Quousque tandem abuter DILMA patientia nostra? – até quando abusarás Dilma de nossa paciência?

    Sem um Ministro de Justiça forte não há governo que se ordene, se complete e se sustente…

     

  10. E o que faz o Ministro da

    E o que faz o Ministro da Justiça??? Nada.

    Fica sentado em seu gabinete sem imaginar e por em ação qualquer plano emergencial.

    O Brasil não pode parar e as empresas envolvidas também não podem parar. Em nehnum outro pais do mundo haveria uma situação como que vivenciamos agora no Brasil. Os fatos estão consumados e não são de agora, devem ser sabidos para correções mas não terra arrasada. 

    Os interesses nacionais devem sobrepôr a outros interesses. A estabilidade econômica e social, mais o desenvolvimento, emprego e segurança do país impõem-se. Formaram-se comissões de estudos da crise jurídica?  Como agir legalmente? Encampam-se as empresas? anistia-se? prorroga-se? compõem-se?… nada é imaginado pelo sr.ministro da justiça (em letras minúsculas).

    Quousque tandem abuter DILMA patientia nostra? – até quando abusarás Dilma de nossa paciência?

     

    Sem um Ministro de Justiça forte não há governo que se ordene, se complete e se sustente…

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