Ministro reconhece falta de qualidade na internet no Brasil

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Do Terra e do Plantão INFO

Restando cerca de um ano para a Copa do Mundo, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, reconheceu que o país ainda precisa melhorar a qualidade dos serviços de internet oferecidos. Durante o Congresso Brasileiro de Internet, realizado nesta quinta-feira (18), em Brasília, o ministro afirmou que o Brasil enfrenta “problemas sérios” em termos de qualidade de conexão e que há a necessidade de se investir mais em infraestrutura. 

A importância da diversidade de tecnologias de acesso à grande rede foi outro ponto discutido por Paulo Bernardo durante o evento. Para ele, a o uso de diferentes estruturas é fundamental para alcançar todas as áreas do país, a exemplo da região Norte que, de acordo com ele, impõe obstáculos para a implantação de redes de fibra ótica. 

“Temos estudado muito essa questão. Nosso convencimento é que precisamos trabalhar com todas as tecnologias possíveis, porque o Brasil tem dimensões continentais e condições geográficas muitas vezes impeditiva que dificultam a chegada da fibra ótica a alguns lugares”, disse. “Para alcançar algumas dessas regiões, precisaremos fazer parte (da conexão) em fibra ótica, parte com rádio. Em algumas delas, será necessário o uso de satélites”, completou.

Redução de custos empresariais

Dados do Ministério das Comunicações apontam que U$ 500 milhões são gastos atualmente no país para usar pontos estrangeiros de tráfego na internet. “Pelo menos 40% das conexões feitas a partir daqui estão centradas nos Estados Unidos e resultam em um gasto de pelo menos US$ 500 milhões por ano. Nossas empresas pagam isso para fazer as conexões internacionais”, disse o ministro. 

Paulo Bernardo afirmou que serviços eficientes de internet podem ajudar empresas brasileiras a reduzir tais custos. “[O uso de diferentes tecnologias] ajudará empresas a fazer ligações telefônicas por meio da internet. É preciso ajudá-las a fazer isso para baratear custos. Já há pessoas fazendo isso de celulares com recursos de teleconferências”, disse. 
Na ocasião do evento, o ministro voltou a defender a votação do Marco Civil da Internet no Congresso. A proposta tramita na Câmara dos Deputados e estabelece direitos de usuários e responsabilidades de provedores. A matéria servirá de base para leis e futuras decisões envolvendo o setor. Sobre as mudanças feitas durante a tramitação, o ministro afirmou que o texto está em “equilíbrio” com a proposta inicial do Planalto e que restam apenas poucos ajustes antes da votação.

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Lourdes Nassif

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