Novo satélite deve ‘universalizar’ acesso à Internet na América Latina

Lançado à órbita da Terra em 7 de fevereiro, o satélite Amazonas 3 entrou oficialmente em operações nesta quinta-feira (9), informou a empresa espanhola de telecomunicações Hispasat.

Com custo de US$ 350 milhões, é o primeiro satélite a operar em banda Ka para oferecer serviços de telecomunicações na América Latina e em parte dos EUA. A banda Ka é um tipo de frequência de transmissão de alta velocidade, utilizada em outros satélites, sondas espaciais e até na Agência Espacial Internacional (ISS).

O satélite vai operar com foco em operadoras de telefonia fixa e móvel, plataformas de televisão, redes corporativas e internet banda larga. De acordo com a empresa, o novo satélite vai “universalizar” o acesso à internet por banda larga em todo o continente já que qualquer região, por mais remota que seja, poderá se conectar à rede mundial de computadores.

“É uma banda que nos permite transmitir mais informações em um feixe que se concentra e que pode ser recebido em antenas muito menores. Por essas características, é ideal para o segmento residencial e para oferecer internet em áreas remotas ou de difícil acesso”, explica a presidente da Hispasat, Elena Pisonero.

Além dos nove feixes de banda Ka – propícia para transmissão em alta velocidade, serviços interativos e aplicativos multimídia –, o Amazonas 3 tem capacidade para transmitir por outros tipos de frequências, como as bandas C (33 transponders) e Ku (19 transponders). O satélite é o décimo colocado em órbita do planeta pela Hispasat e o terceiro a ser comercializado na região por meio da subsidiária no Brasil, a Hispamar.

A empresa informou que a capacidade do satélite pela banda Ka já foi praticamente toda contratada durante os primeiros meses de órbita no espaço, quando esteve em fase de ajustes técnicos. Três dos nove feixes da banda Ka atenderão três cidades do Brasil – Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília –, enquanto os demais oferecerão telecomunicações à Cidade do México,  Buenos Aires, Bogotá, Lima e Santiago.

O Amazonas 3 tem vida útil estimada em 15 anos. Nesse tempo, além dos serviços de telecomunicações, o satélite também permitirá às operadoras de televisão via satélite, que representam 61% do mercado da TV por assinatura no Brasil, transmitir suas imagens em ultra-alta definição (UHDTV).

Redação

3 Comentários

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  1. amazonas 3

    Jornalistas e tecnologia, séria incompatibilidade:

    Corrijam os erros da noticia, pois de acordo com o NORAD, no endereço: http://www.satbeams.com/satellites?norad=39078 (site onde oficialmente são relacionados todos os satélites), o Amazonas 3 tem os seguintes transponders: Banda KU – 33 ; Banda C – 19 ; Banda Ka – 19.

    É o primeiro satélite em posição brasileira (amazonica 61o W), desenvolvido com a tecnologia HTS, que comporta duas frequencias de banda Ka e Ku no mesmo corpo.

    A diferença de capacidade de trafego relativa a internet é imensa, a Banda Ku ( 2,5 Gbps), Banda Ka (100 Gbps), o “irmão” do Amazonas 3, está programado para lançamento entre 2015/2016.

    Possivelmente se tudo correr bem (e mais rápido, espero), o próximo satélite a ocupar uma posição brasileira,  com tecnologia HTS,  peso na faixa de 5-6 toneladas, será o SGDC (satélite geoestacionário de defesa e comunicações), e controlado por empresa brasileira, a Visiona (joint-venture da Embraer + Telebrás).

  2. SANTOS DUMONT – EVALDO – CASO VC TENHA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE REDE DE INTERNET – TRANSMISSÃO DE INTERNET VIA SATÉLITE , EU GOSTARIA DE CONHECER MELHOR .
    OBRIGADO

    EVALDO FONSECA

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