Sobre a fabricação dos componentes de navios e plataformas de petróleo

Por junior50

Comentário ao post “O aumento dos investimentos com as plataformas da Petrobras

No caso de navios, como os “suezmax” da Classe João Candido, caso vc. tenha a paciência de ler, faça um “google”, com o seguinte tópico: joão candido recursos do passadiço – no 1o tópico, vc. terá acesso a “tudo” das embarcações desta classe, e realmente todos os sistemas são importados, e agregados aqui a estruutra do casco, portanto é uma montagem do, como vc. diz, o “osso”.

Já no caso das plataformas, ou dos FPSO, a integração dos equipamentos é mais complexa, são muitos fornecedores que se habilitam para a montagem final, um bom exemplo é sobre os guindastes ( cada um, em média 2,5 M de Euros, e algumas plataformas possuem dois ), que foram adquiridos de uma empresa italiana (FPM Marine), e no inicio já possuiam a nacionalização de 26 %, hj. já estão em mais de 53% ( exigido pela lei); ou as turbinas das plataformas, que são da GE-Italy (Florença), adquiridas em 2006, cuja nacionalização esta em curso a partir de 2011 ( a manutenção já é local, a integração tambem).

Ou o caso da Altus, uma empresa 100% nacional, que conseguiu após anos de trabalho com a PBrás e seus fornecedores externos, assimilar todas as tecnologias relativas a automação das plataformas, portanto detendo o controle de todos os softwares relativos ao funcionamento das plataformas e dos FPSO.

Pré-sal, é limite da tecnologia de exploração e explotação de oleo, todas as gigantes mundiais de tecnologia da area, estão interessadas, e cabe a nós procurar assimilar todo este conhecimento.

Imagine o seguinte, uma “arvore de natal”, que ficaria a no máximo 400 mts de profundidade, no pré-sal irá suportar 600 mts de lamina d’agua, ou mais.- portanto as turbinas, as sondas, as tubulações, vão elevar-se aos limites da tecnologia, e o spin-off ( derivação para outras prestações) é que dará um elevado percentual de lucro – pré-sal e sua exploração, não se trata apenas de petroleo – é evolução de varias tecnologias: materiais, eletronica embarcada, turbinas, pressão, ambiente submarino, etc…

Redação

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  1. A contribuição do pré-sal na produção total

    —–Registra-se que a produtividade dos poços do pré-sal no Brasil está entre as mais altas do mundo. Para se ter uma ideia, essa produtividade, no Mar do Norte, é de até 15 mil bpd; e no Golfo do México, até 10 mil bpd. Nos campos de Lula e Sapinhoá, essa produtividade oscila entre 25 mil e 30 mil bpd.—
    —Com relação à implantação de novos sistemas de produção de petróleo, a Companhia concluiu um total de 9 unidades no ano de 2013. Destas, 3 plataformas operam no pré-sal: o FPSO Cidade de São Paulo, no campo de Sapinhoá, o FPSO Cidade de Paraty, em Lula NE, e a P-58, em Parque das Baleias. Essas plataformas terão mais 13 poços produtores interligados ao longo de 2014. As próximas unidades a operarem no pré-sal são o FPSO Cidade de Ilhabela, em Sapinhoá Norte, e o FPSO Cidade de Mangaratiba, em Iracema Sul, ambas no 2º semestre deste ano, incorporando mais 4 poços de produção do pré-sal—-

    Esclarecimento sobre produtividade do pré-sal
    Petrobras – Fatos e Dados.—8 de janeiro de 2014 / 21:40 Esclarecimentos
    Leia, abaixo, nosso esclarecimento sobre matérias divulgadas na imprensa que questionam a produtividade do pré-sal:

    “A respeito de reportagem publicada hoje nos jornais Washington Post e Estado de São Paulo, a Petrobras vem a público reiterar os ótimos resultados da exploração e desenvolvimento da produção das jazidas do pré-sal, que já é uma realidade para a Companhia, e sua expectativa em relação à produção futura.
    A Petrobras ressalta que, no último dia 24 de dezembro, registrou o recorde diário de 371 mil barris de petróleo por dia alcançado na área de pré-sal, com apenas 21 poços em operação, ou 18 mil bpd em cada poço, o que evidencia a alta produtividade desses campos.

    Registra-se que a produtividade dos poços do pré-sal no Brasil está entre as mais altas do mundo. Para se ter uma ideia, essa produtividade, no Mar do Norte, é de até 15 mil bpd; e no Golfo do México, até 10 mil bpd. Nos campos de Lula e Sapinhoá, essa produtividade oscila entre 25 mil e 30 mil bpd.
    Outro resultado que sustenta o planejamento da produção futura das áreas do pré-sal é seu excelente sucesso geológico, que foi de 100% no ano de 2013. Todos os poços exploratórios do pré-sal perfurados em 2013 acusaram presença de hidrocarbonetos.

    Vale ressaltar, ainda, que a companhia registrou em 2013 importantes descobertas no polo pré-sal da Bacia de Santos, com a acumulação de Sagitário, em fevereiro, e nos blocos da denominada Cessão Onerosa: as áreas de Sul de Tupi, Florim e Entorno de Iara.
    Outro marco importante na área de exploração da companhia em 2013 foram as declarações de comercialidade das áreas de Franco, Sul de Tupi e Carioca, que juntas totalizam um volume recuperável superior a 3,5 bilhões de barris de óleo equivalente, o que evidencia o excelente potencial dessas novas áreas.

    Ressaltamos que o pré-sal superou a marca de 300 mil barris por dia apenas 7 anos após a primeira descoberta dessas jazidas. Volumes dessa ordem só foram atingidos pela Bacia de Campos, a principal fonte de petróleo no Brasil, depois de 11 anos da primeira descoberta. No Golfo do México, essa marca só foi alcançada depois de 17 anos da descoberta pioneira; e no Mar do Norte, depois de 9 anos de trabalho.

    Com relação à implantação de novos sistemas de produção de petróleo, a Companhia concluiu um total de 9 unidades no ano de 2013. Destas, 3 plataformas operam no pré-sal: o FPSO Cidade de São Paulo, no campo de Sapinhoá, o FPSO Cidade de Paraty, em Lula NE, e a P-58, em Parque das Baleias. Essas plataformas terão mais 13 poços produtores interligados ao longo de 2014. As próximas unidades a operarem no pré-sal são o FPSO Cidade de Ilhabela, em Sapinhoá Norte, e o FPSO Cidade de Mangaratiba, em Iracema Sul, ambas no 2º semestre deste ano, incorporando mais 4 poços de produção do pré-sal.

    A Petrobras afirma que estão mantidas as metas expressas em seu Plano de Negócios, que prevêem uma produção de 4,2 milhões de barris de petróleo por dia em 2020, com metade desse volume proveniente das áreas do pré-sal. A contribuição do pré-sal na produção total da empresa passará de 7%, em 2012, para 42% em 2017 e 50% em 2020.”
    URL:
    http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/2014/01/08/esclarecimento-sobre-produtividade-do-pre-sal/

  2. A industria automobilística,

    A industria automobilística, grande propulsora da nossa economia, já foi assim até o governo do PT regular a exigência de componentes nacionais.

    Pré sal o governo regulou a imposição de componentes nacionais.

    Aviões caças idem.

    Plataformas que geram empregos.

    Esquecem o que é, na realidade, globalização? Ou não sabem?

    O Brasil avança.

    Apenas alguns percebem.

    1. conteúdo local

      Olha, Assis, eu até concordo que em alguns casos o Governo do PT realmente se interessou por conteúdo local. Mas acho que a lógica da política foi muito mais manter emprego aqui do que se concentrar nos elos tecnológicos mais relevantes (parte por interesse eleitoral mesmo, parte porque essas políticas foram quase todas construídas no meio ou no interregno da crise 2008-14). Sendo justo: esse não é o caso do InovaAuto nem das mudanças recentes na política industrial para o complexo de defesa;aeroespecial. Também na farmacêutica (e equipamento médico) tem  havido avanços que apontam na direção de um reposicionamento mais autônomo e mais arrojado tecnologicamente, mas em grande parte puxados pelo notável trabalho da área de compras do Ministério da Saúde, apoiado por BNDES e Finep.

      Independente da qualidade das (sub)políticas setoriais, contudo, é patente que o populismo cambial tirou mais do que conseguiu se colocar pela via tributária e creditícia. E desse pecado sobretudo Lula não pode ser inocentado.

  3. Gratíssimo pelos acréscimos,

    Gratíssimo pelos acréscimos, mas  só citei o presidente da Abimaq, a afirmação sobre os importados foi dele.

  4. Hard oil.

    O jornal americano usa a expressão ” Hard oil ” com  razão. Aí reside a sobrevivência da Petrobras. Desde o relatório de Water Link  aconselhando a Petrobras buscar óleo no mar , tal realidade já era conhecida. Isto não tem nada a ver com relação a produtividade dos campos submarinos , nem da economicidade de sua produção. Requer para se obter sucesso maiores investimentos em tecnologia, maior conhecimento da geologia de suas formações , maior persistência os trabalhos exploratórios  e continua evolução  na contenção dos custos de produção. Nas décadas de 70-80  os governos militares ofereceram boa parte do que hoje como área do pre-sal e os operadores internacionais mais prestigiados se desinteressaram de tais projetos. Ouvi de um de seus geólogos ” esqueçam da Bacia de Santos “.  Se tivesse a facilidade da Arábia Saudita , a Petrobras não teria sobrevivido, não teríamos Marlim, Albacora, Roncador, Lula, Sapinhoa, …..

     

     

     

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