A dificuldade da Microsoft em crescer nos serviços de nuvem

É inacreditável como, sendo o gigante que é, a Microsoft não consegue uniformizar seu vasto mundo de produtos. Em qualquer ambiente competitivo, ela acaba superada por competidores mais funcionais e mais leves. E acaba chegando atrasada até competir em outros ambientes em que ela detém o padrão original.

Fui dos primeiros a testar o OneNote, anos atrás. Sempre me pareceu o organizador adequado para as novas mídias, aberto, funcional na organização das páginas e abas, podendo aceitar vários formatos.

Quando aderi à Apple, troquei-o pelo Curió, programa muito interessante, ótimo para algumas funções, mas sem a funcionalidade do OneNote para organizar conteúdo.

Quando teve início a era tablete e a computação em nuvem deslanchou, julguei que seria o produto ideal para a Microsoft competir.

Que nada. Na loja da Apple apareceu

Ela demorou a adaptar o produto para os novos tempos. Nesse ínterim, foram lançados algumas imitações mas que não operavam em nuvem.

Finalmente, lançaram o OneNote para iPad, mas não havia ainda o produto para os computadores de mesa e notebooks. Adquiri uma licença Office que permitia utilizar os programas no modo web e armazená-los em nuvem. Mas nada de aparecer o OneNote.

Antes disso, algum desenvolvedor lançou o programa Outline para Mac, excelente, um similar do OneNote muito mais prático e bonito que o oficial, para Windows.

Agora, finalmente, a Microsoft lançou o OneNote para Windows. É inferior ao Outline – que não é apenas mais funcional como interage muito melhor com o OneDrive do que o próprio OneNote.

Agora, lançou o pacote Office para IOS7 integrado com o servicó em nuvem. Baixei o Word. Nada tem a ver com o Word original. É praticamente igual ao Pages, do Apple. Letras acentuadas aparecem deformadas. A sincronização de arquivos é lentíssima.

Hoje de manhã, gravei no OneDrive um arquivo no formato Notebook, do próprio Word. Chego em casa, tento abrir o arquivo no meu Word. E nada. Aí tento abrir o arquivo Word Notebook com o Pages… E ele abre.

Ainda não experimentei o Excell no iPad mas não me animei muito.

 

 

Luis Nassif

8 Comentários

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  1. Piratas do vale do silicio

    Já viu esse filme, Nassif? É a história inicial da Apple e Mico$oft, antes da Mico$oft se tornar a IBM que ela tanto criticava (pesada, lenta e distante da realidade) e a Apple virar o centro de inovação que é até hoje.

    Como profissional de informática eu costumava dizer que o anticristo era o Bill Gates com o seu onipresente ruindows, mas de uns tempos pra cá mudei de idéia. É o Zuckberg e o seu detestável faceb0k. Na minha universidade, por exemplo, durante uma aula de programação, de 10 alunos OITO ficam com a página do “face” aberta durante a aula…

    E ai de você se disser para alguém que não tem aquilo… Vão te olhar atravessado ou achar que você é algum maníaco, terrorista ou pior, cheio de coisas a esconder!!!

    Uma lástima!

  2. The Triumph of the Nerds: The
    The Triumph of the Nerds: The Rise of Accidental Empires (1996)

    http://m.imdb.com/title/tt0115398/

    Este acima é o melhor documentário sobre o surgimento da micro computação.
    Vc vai descobrir coisas surpreendentes como por exemplo, todo funcionário da IBM usava cinta liga.
    Aposto que não sabiam desta…

    dividido em 2 partes.

    Pode baixar no piratebay ou Kickasstorrents.
    Legadas no legendas.tv.

    Abraco

  3. A Microsoft anda devagar e

    A Microsoft anda devagar e faz muita besteira. Mas de vez em quando vem com alguma sacada interessante, como a assistente pessoal Cortana do novo Windows Phone 8.1.

    Além de aproveitarem um personagem muito conhecido dos fãs da série de jogos Halo, colocar uma “personalidade” descontraída na Cortana é uma ideia interessante. Espero que a MS não jogue a coisa fora na hora de executar, com um reconhecimento de voz ruim, por exemplo.

    Eu já coloquei na lista de presentes para mim mesmo um smartphone com o Windows Phone 8.1 e a Cortana, quando estiver disponível.

  4. A alma da Microsoft eram o

    A alma da Microsoft eram o Bill Gates e o Steve Jobs. Após eles sairem, dificilmente acharão outros gênios. E a decisão deles em criar um sistema operacional como o windows 8 que não pode fazer dual boot com Linux, é patética, um autoritarismo só. Gates jamais fez ou faria isto, por isto a empresa era líder de vendas. Tentar boicotar o Linux não pela competência, mas pela imposição… Francamente.

    Para mim foi a gota d’água que me fez migrar de vez para o Linux.

    1. Em termos…

      Que a alma da Microsioft sempre foi o Bill Gates, isso ninguém contesta (Steve Jobs sempre foi da Apple, nunca teve o menor envolvimento com a Microsoft, a não ser elegê-la como inimigo mortal).

      Na verdade o poder da Microsoft sempre foi baseado em soluções monopolísticas. A grande sacada de Gates foi perceber o potencial do PC quando a IBM o lançou, e licenciar seus sistema operacional, o MS-DOS, para eles. A Microsoft nunca criou nenhuma solução solução técnica de ponta, mas se valeu da seu peso no mercado para esmagar a concorrência (lembre o caso do Netscape, que desapareceu, substituído pelo Internet Explorer) e praticamente obrigar os fabricantes de computadores a comprarem suas soluções, seja o Windows ou o pacote Office.

      Depois da saída de Gates, a Microsoft perdeu o bonde da mudança do PC para plataformas móveis, celular/smartphone ou tablets. Até hoje eles não entendem esse mundo e, com a honrosa exceção do Xbox, seus produtos não ligados a PC’s são todos fracassos rotundos – vide o falecido Zune e o Surface, tablet recém lançado e já fadado ao fracasso comercial.

      Na verdade, nenhum produto lançado num mercado onde a Microsoft não tinha monopólio fez sucesso, o Xbox sendo mais uma vez a exceção que confirma a regra.

        1. Não

          Bill Gates se afastout totamente da empresa durante a gestão do Steve Balmer. Agora, com a nomeação do novo CEO (cujo nome esqueci), ele voltou, como um consultor/mentor do novo presidente.

          A importância dele para a Microsoft sempre foi muito maior do que na parte puramente técnica. O Bill Gates sempre foi um gênio na área estratégica também; foi dele a sacada de amarrar os produtos como o Internet Explorer ou o Office ao poder e monopólio do Windows nos PC’s.

          Depis que ele saiu, a empresa nunca foi capaz de adaptar-se às mudanças radicais do mercado, com o advento das novas plataformas móveis. Por outro lado, não há nenhuma garantia de que teria sido diferente se o Gates tivesse permanecido à frente do grupo.

          1. Mas provavelmente ele ainda

            Mas provavelmente ele ainda continue controlador da empresa, deve cuidar da estratégia de longo prazo…

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