Game brasileiro avalia frequência cardíaca e ajuda a diminuir o estresse

Jornal GGN – Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram uma tecnologia que mede a resposta fisiológica do coração e ajuda, por meio de jogos interativos, na redução de estresse, ansiedade, depressão, pressão alta e colesterol.

Batizado de cardioEmotion, o aparelho  da Neuropsicotronics (NPT) – empresa incubada Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec) da universidade – tem apresentado, segundo os cientistas, resultados comprovados no reequilíbrio das emoções. 

Com o aparelho ligado ao computador, um sensor é colocado no dedo ou na orelha para avaliar as variações na frequência cardíaca, medida que representa o intervalo entre duas pulsações seguidas, chamado de intervalo RR – variabilidade diretamente afetada pelo sistema nervoso autônomo e pelas emoções, que provoca efeitos no corpo.
Segundo Marco Fabio Coghi, pesquisador que desenvolveu a tecnologia, estudos mostram que quando o intervalo RR é em forma de onda, a pessoa entra em coerência cardíaca, estado no qual a respiração e a pressão arterial estão em sincronia. Isso faz com que aumente a imunidade e com que alguns hormônios, como o cortisol (hormônio do estresse), sejam regulados. Coghi explica que “a coerência cardíaca representa o equilíbrio do sistema nervoso autônomo e pode ser medida justamente por esse intervalo”.
Por meio do cardioEmotion, o usuário consegue medir sua coerência cardíaca e treinar para atingi-la com a ajuda de jogos interativos. Os games propõem situações simples controladas pela concentração e pela respiração coerente, que ajudam a regular a variabilidade da frequência cardíaca.
 
Nota baixa, “estresse” alto
Ao jogar, a pessoa recebe notas de zero a dez, conforme o desempenho alcançado. Quanto menor a nota, maior o estado de desequilíbrio nervoso autônomo. Segundo Coghi, a resposta dos exercícios é imediata e vista em tempo real. “Recomendamos práticas diárias de 20 minutos para ajudar na redução de estresse, insônia, ansiedade, hipertensão e depressão”, aconselha.
Pesquisa realizada no Brasil com 32 profissionais submetidos a treinamento por meio da tecnologia cardioEmotion comprovou o aumento na estabilidade emocional dos participantes e melhora no relacionamento interpessoal dentro e fora da empresa – 96% dos participantes relataram melhora no equilíbrio emocional e 44% na redução de estresse.
A redução de estresse e ansiedade por treinamento com o chamado biofeedback cardiovascular é amplamente reconhecida na literatura científica. Estudos realizados em Londres, com seis mil executivos, mostrou redução do estresse e das palpitações de 47% para 30 %, tensão física de 41% para 15%, insônia de 34% a 6% e ansiedade de 30% para 6%, além de diminuir o nível de cortisol no corpo em 23%. 
 
Outra pesquisa conduzida nos Estados Unidos, usando a prática do biofeedback cardiovascular em agentes prisionais apresentou a redução do custo em saúde de U$ 1,17 mil por ano.
 
Redação

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