Algumas pessoas ironizaram quando um comentarista levantou a possibilidade do tal calote do Equador ser uma manobra, para permitir adquirir os títulos da dívida com um grande deságio.
Aparentemente, a estratégia está se confirmando.
Do Estadão
AE-AP – Agencia Estado
“Vamos fazer uma proposta: no começo de janeiro, recomprar esta dívida externa, mas obviamente a um valor substancialmente menor que o valor de face dos bônus”, disse Correa em sua mensagem hoje por rádio.
O Equador enfrenta o aumento do déficit orçamentário, a queda da receita com petróleo e acesso limitado aos mercados de crédito internacional depois da decisão de Correa, em 12 de dezembro, de deixar de pagar US$ 30,6 milhões de juros devidos em US$ 510 milhões de dívida.
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Parlamento exige impeachment
Parlamento exige impeachment de chefe do Banco Central
SÃO PAULO, 29 de dezembro de 2008 – Na última sexta-feira o Parlamento da Ucrânia exigiu a demissão de Volodymyr Stelmakh, presidente do Banco Central, sob acusação de corrupção e também em razão do colapso da grivnas, moeda oficial do país na Europa Oriental.
O Primeiro-Ministro Yulia Tymoshenko apoiou a moção, acusando Stelmakh de empenhar-se em especulações no mercado nacional de valores mobiliários em busca de ganho pessoal.
“Exijo que o Presidente da Ucrânia levante imediatamente uma proposta ao Parlamento para demitir o funcionário do Banco Central, e para mudar completamente o Banco do órgão administrativo”, acrescentou Tymonshenko.
O Parlamento decidiu na semana passada criar uma comissão para investigar as atividades do Banco Central durante a crise financeira.
Por outro lado, Volodymyr Stelmakh nega as acusações feitas contra ele, principalmente por ser o responsável pela queda para níveis históricos de grivnas.
(Redação com agências internacionais – InvestNews)
[06:26] – 29/12/2008
TUDO ISSO DECORRE DO EXCESSO DE LIBERDADE PARA GASTAR RECURSOS DO TESOURO E SEM MUITA EXPLICAÇÃO PARA O POVO. OS BANCOS CENTRAIS MOSTRARAM, NESSA CRISE QUE NÃO ESTAVAM A SERVIÇO DO ESTADO E DA SOCIEDADE. E ISSO NA MAIORIA DOS PAÍSES. QUE O PAPEL DOS BANCOS CENTRAIS SEJA REPENSADO.
Nassif,
O jornal “Diario La
Nassif,
O jornal “Diario La Hora”, do Equador, divulga a opinão de um ex ministro da economia do país sobre o assunto. Segundo ele, a eventual decisão do governo equatoriano de comprar uma dívida considerada, por esse mesmo governo, como “ilegal e ilegítima”, além da obvia contradição, pode ter implicações legais, como a comprovação da manipulação do mercado, que o deixaria passível de retaliações por parte de outros governos, além de enfraquecer sua posição nos foros jurídicos aos quais o país vem recorrendo para não efetuar os pagamentos das parcelas devidas.
No link: http://www.lahora.com.ec/frontEnd/main.php?idSeccion=818505
Do Valor Online divulgado
Do Valor Online divulgado pelo Último Segundo
http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2008/12/29/analise+emergentes+adotam+controle+de+capitais+3228381.html
Análise: Emergentes adotam controle de capitais 29/12 – 08:13 – Valor Online
SÃO PAULO – A falta de crédito em dólar e a crescente aversão ao risco, agravadas após a quebra da Lehman Brothers em 15 de setembro, provocam escassez de moeda americana nos países emergentes em todo o mundo e diversos deles têm optado por mecanismos de controle do fluxo internacional capitais, alguns inclusive com o aval ao menos temporário do Fundo Monetário Internacional. Há saída de recursos de portfólio dos emergentes, mas não só. …….
…………….A agência de notícias ” Markets Internacional News ” chegou a relatar que até as reservas internacionais gigantescas da China começam a apresentar redução em dezembro pela primeira vez em cinco anos. Em setembro, as reservas chinesas chegaram ao recorde de US$ 1,9 trilhão. A China já tinha o câmbio controlado.
Mas a Ucrânia, a Islândia, a Argentina, a Indonésia e a Rússia, entre outros países, adotaram desde setembro algum novo tipo de controle da saída de dólares. Para os analistas do Citigroup, no entanto, embora essas medidas sejam freqüentemente implementadas em crises cambiais, ” há um risco de que controles de capital se tornem uma parte integrante das ferramentas usadas pelas autoridades monetárias em situações que vão bem além das estritas necessidades de emergência ” ……..
…..Na Ucrânia, o banco central determinou que os investidores que querem tirar recursos do país tenham de colocar sua moeda em contas específicas com uma antecedência de no mínimo cinco dias. Apesar disso, o FMI emprestou US$ 16,4 bilhões à Ucrânia. Mas, no dia 19 último, determinou que o país procurasse flexibilizar os controles e não sangrasse demais suas reservas em moedas internacionais então de US$ 32,8 bilhões. Permitiu que fossem gastos não mais do que 4% dessas reservas. Já a Islândia implementou regras restringindo transações de saída de dólares depois da falência dos três maiores bancos comerciais do país e de um tombo no valor de sua moeda, a coroa. Recebeu um socorro de US$ 2,1 bilhões do FMI e outros US$ 2,5 bilhões dos países vizinhos Finlândia, Suécia, Noruega e Dinamarca. O artigo VI do ” Articles of Agreement ” do FMI deixa claro que seus países membros ” podem exercer tais controles quando necessário para regular movimentos de capitais internacionais ” . Segundo analistas, o Fundo ficou mais complacente com essa prática após a crise da Ásia no final nos anos 90 e dos resultados positivos em países como a Malásia, China e Índia. Além disso, há a percepção de que a séria crise atual causa desequilíbrios graves no mercado cambial……..
…..
(Cristiane Perini Lucchesi | Valor Econômico)
Nassif,
(Que bom que se
Nassif,
(Que bom que se conseguiu – lá atrás – matar a charada do Rafael Correa!)
Mudando de pato pra ganso, vi isto (Última Instância, informativo de 29/12/2008), abaixo, agora cedo e tentei postar em outro espaço. Como não encontrei nenhum tema que o abrigasse na comunidade, envio a vc por aqui mesmo (vc já viu isto?):
“PGR encaminha parecer contra limitação do poder de investigação criminal do MP
O STF (Supremo Tribunal Federal) recebeu parecer do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, em que pede pela improcedência de ação direta de inconstitucionalidade proposta pela Adepol-Brasil (Associação dos Delegados de Polícia do Brasil). A ação foi movida, com pedido de liminar, contra dispositivos de lei que tratam da atuação dos membros do MP (Ministério Público) na investigação criminal.
A Adepol-Brasil argumenta que os poderes de investigação são atribuição exclusiva dos delegados de polícia e pede, portanto, que sejam decretadas inconstitucionais as normas que tratam das atribuições do Ministério Público como tais, além de resolução do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), que regulamenta a investigação criminal pelo MP.
Já se manifestaram contrários ao pedido a Presidência da República (que é um dos requeridos na ação) e a Advocacia-Geral da União, além da própria CNMP, que declara não haver incongruência entre a direta realização da investigação criminal pelo MP, e a Constituição Federal. Eles se posicionaram a favor da possibilidade de o MP realizar investigação criminal, sem contaminar as investigações por sua participação na colheita pré-processual da prova.
Segundo o STF, o relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski, determinou que a matéria deverá ser examinada diretamente em seu mérito, e não em liminar, como exige a Adepol-Brasil.
A questão vem sendo discutida em diversas ações atualmente em tramitação no Supremo. O assunto divide a jurisprudência, entre uma corrente que defende fortemente a exclusividade de atribuições e recusa a atuação direta dos membros do MP na investigação criminal, e outra, que defende essa possibilidade, argumentando que ela representa um reforço saudável na estrutura do sistema.
Parecer
Em seu parecer, o procurador-geral da República Antonio Fernando Souza observa que não se pode confundir o conceito “polícia judiciária” com o de “investigação criminal”. Ele lembra que a Constituição Federal, “sem mencionar exclusividade de qualquer espécie, atribui à Polícia Federal a ‘investigação de determinadas infrações penais’. Assim, não há como incluir, mesmo em termos léxicos, a investigação criminal dentro do conceito ‘polícia judiciária’”.
O procurador também rejeita a tese de que o MP seria imparcial em sua atuação nas investigações criminais, pois o processo penal como previsto na Constituição não permite que isso aconteça, uma vez que suas atribuições estão bem fixadas e delimitadas por lei.
Assim, para a Procuradoria-Geral da República, “as funções investigatórias do Ministério Público decorrem do sistema constitucional”.
Domingo, 28 de dezembro de 2008 “
O governo de Correa está
O governo de Correa está sendo absolutamente inteligente e eficiente.
O que acarreta uma moratória? Quais as consequencias para o Ecuador? A falta de crédito em dólares no exterior. Eles sabiamente aproveitaram a crise – e a falta de crédito compulsória, que ofreriam de qualquer jeito – com ou sem moratória – para através da moratória conseguir um deságio forte e se livrar de parte de sua dívida podre – contraída no mercado podre.
Nada mais inteligente e nada mais justo.
Pena que nós aqui, governados sempre por salafrários, quando tivemos esa oportunidade no passado – como mostra o Dr.Protógenes, não resgatamos nossas dívidas podres a preço de banana – mas demos aos “amigos” privados – como Protógenes mostra que fizeram Arminio Fraga e Fernandinho HC – esse direito, e pagamos a esses amigos o lucro que o Estado deveria ter tido – como agora terá o Ecuador.
Fernandinho e privatizou a oportunidade de resgate que era do Estado.
Lula foi o primeiro brasileiro a usar essa manobra em prol do povo brasileiro – e com ele o Estado brasileiro recomprou a preço de banana os títulos podres da dívida.
Depois ele tem 80% de aprovação e não sabem porque.
LN,
Esse negócio de
LN,
Esse negócio de misturar alhos com bugalhos não é bom.
Tinha simpatia pelo Rafael Caldeira….agora ele mesmo queimou seu (dele) filme.
O presidente Rafael Correa já
O presidente Rafael Correa já foi Ministro da Fazenda, é certamente mais esperto do que muita gente acha que ele é e deu uma belíssima volta na “comunidade financeira internacional”, whatever that is.
O mundo foi construído por
O mundo foi construído por pessoas dotadas de muitas inteligência, porém é usufruido pelos espertos.
Estratégia eficiente?
ISSO É
Estratégia eficiente?
ISSO É FRAUDE.
Se ele não reconhece a dívida, se quer discutir judicialmente, esse é o canal correto.
Parar de pagar pra forçar a queda dos títulos pra depois comprar com desconto não dá.
Imagine um banco que, de repente congela todos os investimentos de uma pessoa. Esta fica desesperada. Aí ele oferece 50% do valor de face e este, na iminência de uma ação judicial de vários anos decide que o melhor é receber 50% agora.
Qual o nome que se dá a isso?
Coutinho, justamente o
Coutinho, justamente o contrário. Não foi toda a dívida considerada ilegal e que está em default, apenas parte dela. E o que se está comprando é essa outra parte.
Claro, nações não são pessoas. Mas só para refrescar a memória de alguns comentaristas: durante o final do anos 90 foram vendidos automóveis com contratos em dólares. Quando da falência do segundo reinado do FFHH (logo aos 15 dias da re-posse) e o dólar mais do que dobrou de valor, muita gente ficou no pincel e recorreu à Justiça. E a Justiça deu ganho de causa. Volto a dizer, NAÇÃO não é indivíduo. Mas é só para dizer que dívida, sim se renegocia. E dívida ilegal não se paga não. Principalmente quando é com o sofrimento do povo.
Ou o pessoal acha “legal” pagar 80 bilhões de dólares anuais para rentistas, como faz o governo brasileiro? Acha? Dá um olhadinha no orçamento anual dos ministérios da Saúde ou Educação. E depois passa por uma escola ou hospital público.
Boa oportunidade de passar a
Boa oportunidade de passar a limpo nossa (crise) dívida.
O presidente Rafael Correia está absolutamente correto em cuidar dos interesses da população do Equador.
Ao não se comportar como o FHC, que, em situação analoga, cuidou de favorecer interesses privados.
O presidente Correia, demonstra ser digno de respeito, ao não privatizar o Estado, doando patrimonio público a amigos.
Aliás, deveriamos aproveitar o desnudar da canalhice financeira internacional, e, exigir uma auditagem de toda divida do País, em conformidade com o previsto nos contratos.
O presidente Lula, se assim decidir, estará respeitando integralmente sua promessa, de respeito aos contratos, consubstânciada na carta aos brasileiros. Documento heterodoxo, que numa atitude política discutível, teve que assinar.
Bom ano novo a todos.
Orlando
Caro Flics,
respondendo a
Caro Flics,
respondendo a seus comentários:
1. Em nenhum lugar do meu post faço considerações sobre o montante da dívida a ser negociado.
2. Porém, ainda que me esforce, não consigo ver, sob o ponto de vista do comportamento ÉTICO e a MORAL, qual a atenuante, em se reduzindo o total da dívida em discussão.
3. Se você me permite discordar, sou de opinião que, sim, uma NAÇÃO, ainda que um ente subjetivo, não é um ser abstrato. O que lhe confere caráter é o seu povo, suas leis, e, em especial, seus líderes, ou seja, PESSOAS. Assim, na minha modesta opinião, qualquer Nação é julgada pelos atos de seu governo, que, em função de suas atitudes, ganha ou perde credibilidade no concerto de nações.
4. Finalmente, a respeitabilidade de qualquer país se ganha no cumprimento dos tratados assinados por seus líderes, independentemente da época que foram firmados. Renogociar, como você mesmo diz, é praxe entre povos e nações civilizadas, mas abrir negociações informando que seu antecessor é corrupto e que portanto a dívida é ilegal, e não será paga, forçando uma desvaloriozação de seus papéis, a meu ver chama-se CHANTAGEM.
Um abraço.
Como diria garrincha (acho
Como diria garrincha (acho que foi ele).
ELE JÁ COMBINOU COM OS RUSSOS.
Precisa ver se os donos da divida vão aceitar ou não, dai veremos realmente o sucesso desta empreitada. Devido a crise pode ser que ele realmente consiga algo, principalmente quem esta precisando de liquidez e não vai querer esperar, mas somente o tempo dirá.
Abraços
“Qual o nome que se dá a
“Qual o nome que se dá a isso?”
Isso eh bandidagem.
E nao precisa ser um genio para saber que quem vai sifu nessa eh o povo do Equador.
Vários leitores acharam a
Vários leitores acharam a atitude de Correa correta e inteligente. Eu penso o oposto: foi quase um estelionato. Emitiu títulos, atraindo compradores, depois disse que não pagaria, para forçar a queda do valor, recomprando-os por valor mais baixo. Foi vantajoso o negócio? À primeira vista, assim parece, mas a seriedade e a ética foram jogados no lixo. Quem vai querer negociar com o Equador depois disso? Talvez a Argentina, que também é do ramo…
Concordo. É uma jogada calculada de forma errada. O que não dá é dizer que negociar com deságio é criminoso.