A “inocência” dos núcleos de inteligência brasileiros

Nassif:


Na explosão em Alcântara, da Aeronáutica, todo o grupo de técnicos estava ao alcance de uma explosão, logo, morreram todos de uma vez só, com todo o conjunto de informações técnicas, projetos, etc.. (conjunto evidentemente confidencial, de segurança máxima) tendo sido provavelmente destruído sem que tivesse sido providenciado um back-up.


Agora a explosão na base polar Estação Antártica Comandante Ferraz, da Marinha, com o mesmo desenho, todos ao alcance de um acidente trágico, todos mortos de uma vez só e o conjunto de informações provavelmente sem um back-up. Se foi por causa disto ou daquilo, tanto faz, o fato é que toda uma equipe altamente especializada está morta por um único motivo, displicência grosseira, ponto.


Qual será o próximo acidente da série “Inocência sem limite”, quem sabe a base do submarino nuclear em Itaguaí? Só mesmo no patropi um mesmo raio consegue cair várias vezes no mesmo local, e justamente na Defesa.



Chama atenção este amadorismo demonstrado por tais núcleos de inteligência, todos dotados de uma inocência ímpar. No caso da Aeronáutica, a partir das patéticas declarações à época acompanhadas por posterior apuração zerozerentezero, parece não restar dúvida, o total amadorismo esteve presente; no da Marinha, por enquanto, apenas o amadorismo parcial, as mortes desnecessárias, está confirmado.


Não é possível explicar que todo o grupo recém-atingido dormia, almoçava e jantava, tomava banho, trabalhava, todo o grupo como que sentado em um barril de pólvora durante as vinte e cinco horas do dia, é inacreditável.  


Entendo que, em condições normais, tais grupos, por serem tão específicos e inegavelmente importantes, não devem sequer viajar no mesmo vôo.

Luis Nassif

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