A lógica (e a sinuca) de Israel

Do Estadão

Um muro se fecha ao redor de Israel

Benny Morris*, The New York Times

Muitos israelenses têm a percepção de que os muros – e a história – estão se fechando ao redor de seu Estado, nascido há 60 anos. É a mesma percepção sentida por Israel no início de junho de 1967, pouco antes de desencadear a Guerra dos Seis Dias, que levou à destruição dos exércitos egípcio, jordaniano e sírio no Sinai, na Cisjordânia e nas Colinas do Golan. (…)
Hoje, Israel é um Estado muito mais poderoso e rico. Em 1967, havia 2 milhões de judeus no país – atualmente há 5,5 milhões – e os militares não dispunham de armamento nuclear. Entretanto, a maior parte da população olha para o futuro com um forte pressentimento.

O pressentimento tem duas motivações gerais e quatro causas específicas. Os problemas gerais são simples. Em primeiro lugar, o mundo árabe e islâmico – apesar das esperanças cultivadas pelos israelenses desde 1948, e não obstante os tratados de paz assinados pelo Egito e pela Jordânia em 1979 e 1994 – nunca aceitou a legitimidade da criação de Israel, e continuam opondo-se a sua existência.

Em segundo lugar, a opinião pública do Ocidente está reduzindo gradativamente seu apoio a Israel e vê com maus olhos o tratamento que o Estado judeu dispensa a seus vizinhos e à comunidade palestina. A memória do Holocausto é cada vez mais tênue e esvai-se gradativamente, enquanto os países árabes aumentam aos poucos seu poder.

Israel enfrenta uma combinação de ameaças terríveis. No leste, o Irã avança de modo frenético com seu programa nuclear, destinado, segundo os israelenses, à produção de armas atômicas. Além disso, as ameaças feitas pelo presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, de destruir Israel, mantêm os líderes políticos e militares de Israel em um estado de suspense e preocupação.

Ao norte, o grupo xiita libanês Hezbollah, que também promete destruir Israel, rearmou-se totalmente após a guerra contra os judeus em 2006. Segundo estimativas do serviço secreto israelense, o Hezbollah dispõe de 30 mil a 40 mil foguetes de fabricação russa, fornecidos por Síria e Irã – o dobro do que tinha em 2006. Alguns destes foguetes podem alcançar Tel-Aviv e Dimona, onde estão as instalações nucleares de Israel. Se houver uma guerra entre Israel e o Irã, é evidente que o Hezbollah participará.

DESAFIOS

No sul, Israel se depara com o movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza e cuja declaração de princípios promete destruir Israel e estabelecer governo islâmicos. Hoje, o Hamas tem milhares de soldados e um arsenal de foguetes: os Kassam, de fabricação caseira, os Katiusha, financiados pelo Irã, e os Grads, contrabandeados do Egito.

Em junho, Israel e o Hamas assinaram uma trégua de seis meses. Essa calma instável tem sido violada periodicamente pelas facções armadas em Gaza, que disparam seus foguetes contra cidades israelenses. Por sua vez, Israel reage bloqueando o envio de suprimentos para Gaza.

Em novembro, o Hamas intensificou os ataques com foguetes e, de modo unilateral, anunciou o fim da trégua. A população e o governo israelense deram, então, plenos poderes ao ministro da Defesa, Ehud Barak. O ataque aéreo de Israel contra o Hamas, no sábado, foi seu primeiro passo. A maior parte das instalações das forças de segurança do Hamas e das repartições públicas viraram escombros e centenas de combatentes do grupo perderam a vida.

Mas o ataque não resolverá o problema básico – constituído pelo fato de que a Faixa de Gaza é habitada por 1,5 milhão de palestinos desesperados, empobrecidos, governados por um regime fanático e aprisionados por barreiras e postos de controle de fronteira sob a vigilância de Israel e do Egito.

Uma enorme operação terrestre israelense em Gaza, buscando destruir o Hamas, provavelmente atolará nos becos dos campos de refugiados, antes de atingir seu objetivo. É mais provável que ocorram pequenas incursões com veículos blindados para acabar com o lançamento de foguetes e matar combatentes do Hamas. Essas incursões, porém, também dificilmente derrotarão a organização.

A quarta ameaça imediata à existência de Israel é interna, e é representada pela minoria árabe do país. Nas duas últimas décadas, os cidadãos árabes em Israel – 1,3 milhão – têm assumido posições radicais. Muitos defendem uma identidade palestina e a adoção de metas nacionais palestinas. (…)

O aspecto demográfico da população, se não a vitória árabe na guerra, contém a receita dessa dissolução. A taxa de natalidade dos árabe-israelenses estão entre as mais elevadas do mundo, com quatro ou cinco crianças para cada família (em contraposição a dois ou três filhos nas famílias israelenses).

A persistir a tendência atual, os árabes serão a maioria da população de Israel até 2040 ou 2050. Já daqui a cinco ou dez anos, os palestinos (os árabe-israelenses somados aos que vivem na Cisjordânia e na Faixa de Gaza) formarão a maioria da população da Palestina (a região que se estende entre o Rio Jordão e o Mediterrâneo).

(..,) O que essas ameaças específicas têm em comum é o fato de não serem convencionais. (…)
São desafios que os israelenses, presos a normas democráticas ocidentais, acham difíceis de enfrentar. A sensação de Israel, de muros que se fecham ao seu redor, causou na semana passada uma violenta reação.

Considerando essas novas realidades, não deverá surpreender a ocorrência de novas e mais poderosas explosões.

*Benny Morris é professor de História do Oriente Médio da Universidade Ben-Gurion e autor de 1948: A History of the First Arab-Israeli War (1948: Uma história da primeira guerra árabe-israelense)

Por jose de abreu

Nassif,

recebi esse mail abaixo da ASA – Associação Scholem Aleichem de Cultura e Recreação.
bom para pensar.

Boca no Trombone – Contra a ilusão militarista

A operação de guerra de Israel contra a Faixa de Gaza
realimenta a espiral de violência no Oriente Médio. São centenas de
mortos e feridos palestinos, muitos não-combatentes, atingidos por
armamento de última geração. A resposta do Hamas, com mísseis
artesanais, matou e feriu israelenses, causando pequenos danos
materiais.

Desde a retirada de Israel da Faixa de Gaza, em 2005, a
área vem sendo submetida a uma asfixia quase permanente. Israel
controla as fronteiras terrestre, marítima e aérea. Os palestinos
dependem integralmente do fornecimento de água, eletricidade e
combustíveis israelenses (que determinam, também, os preços destes
insumos). A movimentação de pessoas e mercadorias é severamente
restringida, afetando duramente a economia local. O resultado é o
crescimento da pobreza, do desemprego, da desesperança, da
radicalização. Gaza é um dos lugares com maior densidade populacional
do planeta, tornando impossível um bombardeio “cirúrgico”, ou seja,
que atinja apenas alvos militares.

Até recentemente, vigorou um cessar-fogo entre Israel e o
grupo Hamas (prova de que existe uma interlocução possível, desde que
haja vontade política). Seu fim trouxe de volta os mísseis Qassam
sobre o sul de Israel. Todos os países têm o direito e a obrigação de
defender seus cidadãos. A pergunta que se faz é: a destruição maciça
de vidas e bens palestinos protegerá os cidadãos de Israel ? A
História mostra que não.

O apoio ao Hamas só tem aumentado com as ações militares
israelenses. Cada vez que um prédio, uma rua, um carro, é bombardeado
em Gaza, a popularidade dos setores mais intransigentes do grupo se
reforça. É uma ilusão perigosa imaginar que, quanto mais se espancarem
os palestinos, mais dóceis eles ficarão. Conforme destacou o
historiador Tom Segev, jamais uma operação militar terminou em
progresso na direção da paz com os palestinos. Por trás de tudo, uma
equação sinistra: mais descrédito para o diálogo é igual a mais
oxigênio para as bombas.

Na presente situação, defendemos as mesmas posições
tornadas públicas inúmeras vezes:

* Não há solução militar para os conflitos entre israelenses e palestinos.

* O terrorismo de grupos ou estados é igualmente execrável. As leis
internacionais condenam com clareza ataques contra alvos civis.

* A criação de um Estado palestino laico e democrático, com fronteiras
internacionalmente reconhecidas e com todos os direitos e deveres dos
Estados modernos, que viva em paz ao lado de Israel, é o caminho
possível para dissolver as tensões no Oriente Médio.

O momento exige um imediato cessar-fogo em Gaza, o fim do
lançamento de mísseis contra Israel, o reinício emergencial da ajuda
humanitária para os palestinos e a construção de mecanismos
multilaterais de negociação. Sem isso, a iniciativa continuará com os
que apostam tudo na força das armas.

Diretoria da ASA – Associação Scholem Aleichem de Cultura e Recreação

Por Filósofo Amador

Algumas considerações:

a) as atitudes de Israel são igualmente terroristas, isto é, Israel e tão terrorista como o são ou foram a OLP e o Hamas: destroem casas de familiares de palestinos, prendem membros do governo palestino, sufocam economicamente as regiões palestinas, etc. tudo sob uma desculpa tosca de que “assim os palestinos vão entrar nos eixos”, o que apenas reforça o ódio entre as partes.

b) nunca, repito, nunca Israel ganhou uma guerra, e nunca vai ter condição para ganhar qualquer guerra, apesar de toda a propaganda em contrário. P ex. a tal “guerra dos 6 dias” de 1967, não foi uma guerra, foi uma batalha em várias frentes, contra inimigos que Israel não conhecia e que não conheciam Israel. Essa batalha gerou outras batalhas até hoje. Portanto, se Israel tivesse mesmo ganho aquela guerra, hoje estaria em paz, o que não é fato.

c) cada vez que Israel inicia uma ofensiva como a atual, suas forças armadas “incham” de uns 10.000 lubrificadores de armas para um milhão de soldados (um em cada 5 habitantes), tirando pessoal da produção, que na verdade é que gera o produto bruto de Israel. Portanto uma ofensiva israelense tem que terminar rápido, senão o próprio estado não terá dinheiro para pagar suas contas, falindo em seguida. Ou seja, se palestinos querem ganhar uma guerra contra Israel, ponham as forças armadas deles em combate prolongado. Assim Israel se exaure. Isto confirma o item b) acima. As Forças armadas israelenses sabem disto e partem para ataques devastadores e rápidos.

d) Creio que os dois acordos de paz na região não foram construídos pelos falcões israelenses, e sim pelos raríssimos diplomatas capazes da região. E esses acordos (Jordania e Egito) valem até hoje. Ou seja, paz nessas fronteiras.

e) Também é verdade que depois desses acordos os palestinos foram deixados à própria sorte por Jordânia e Egito.

f) E aqui entre nós, os líderes israelenses não sabem quase nada de seus adversários palestinos, pois nenhuma ação israelense gerou o resultado esperado. Ou seja, precisam de aulas urgentes do nosso Itamarati, que não faz essas besteiradas !!!

Por Adriano

Benny Morris é uma pessoa extremamente suspeita e não é confiável. Esse texto carrega várias mentiras já desmascaradas, tais quais as numeradas abaixo:

1. Ahmadinejad do Irã nunca afirmou querer varrer Israel do mapa. Basta entrar no blog dele e baixar o discurso que ele fez e que foi distorcido pelo PiG sionista internacional;

2. Os foguetes Qassam não causam quase nada de dano, mesmo aos “milhares”;

3. Morris usa o velho golpe da “falsa simetria militar entre Palestina e Israel”;

4. há vários outros sofismas nesse texto.

Veja estes outros autores desmascarando Benny Morris. Ele inclusive tenta justificar o extermínio nuclear de pessoas!

http://electronicintifada.net/v2/article2555.shtml
http://www.meforum.org/article/466
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=9711
http://www.alternet.org/blogs/peek/91978

NASSIF, ESSE TEXTO QUE VOCÊ POSTOU NÃO É BOM! EXPERIMENTE ISTO:
http://angryarab.blogspot.com/
http://www.antiwar.com/
http://www.uruknet.info/?p=-6&l=e
http://www.aljazeera.com/

Luis Nassif

55 Comentários

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  1. Eu já escrevi TROCENTAS
    Eu já escrevi TROCENTAS vezes.

    Como pode os ganhadores da segunda guerra mundial, colocarem ISRAEL nesse lugar?

    Os caras tinham barulho de trem na cabeça?

    Nem Israel e nem a pALESTINA É CULPADA.

    PARECE,parece,não sei direito, que essa ”engenharia” foi da Inglaterra.

    É como se fosse o Brasil.E pra nós fosse destinado viver em LA PLATA. ( 70 KLMTROS de Bueno Aires)

    PODE?

  2. NASSIF

    Longe da política e
    NASSIF

    Longe da política e de todos os conflitos religiosos, que existirem, rezo para que os líderes políticos envolvidos neste conflito e os líderes de todo o mundo, principalmente aqueles que podem nele influir, reflitam sobre a estupidez de todas as guerras.

    Os conflitos militares nunca levarão o Oriente Médio à paz.

    Somente o diálogo, muita diplomacia, poderá trazer tranquilidade ao povo sofrido daquela mundo quase devastado.

    Se perguntarmos à grande maioria, tanto de judeus, como de árabes, se querem a paz, responderão que sim.

    O conflito não representa a escolha dos povos daquela região.

    Ainda, nesta semana, vi, pela TV, um libanês e um judeu, radicados aqui no Brasil, já idosos, com muita sabedoria, abrindo largos sorrisos, abraçarem-se, dizendo-se amigos inseparáveis há longo tempo, proclamando o desejo que aquele abraço, que simboliza a sua amizade, possa sensibilizar o espírito dos homens no caminho da paz.

  3. Algumas considerações:

    a) as
    Algumas considerações:

    a) as atitudes de Israel são igualmente terroristas, isto é, Israel e tão terrorista como o são ou foram a OLP e o Hamas: destroem casas de familiares de palestinos, prendem membros do governo palestino, sufocam economicamente as regiões palestinas, etc. tudo sob uma desculpa tosca de que “assim os palestinos vão entrar nos eixos”, o que apenas reforça o ódio entre as partes.

    b) nunca, repito, nunca Israel ganhou uma guerra, e nunca vai ter condição para ganhar qualquer guerra, apesar de toda a propaganda em contrário. P ex. a tal “guerra dos 6 dias” de 1967, não foi uma guerra, foi uma batalha em várias frentes, contra inimigos que Israel não conhecia e que não conheciam Israel. Essa batalha gerou outras batalhas até hoje. Portanto, se Israel tivesse mesmo ganho aquela guerra, hoje estaria em paz, o que não é fato.

    c) cada vez que Israel inicia uma ofensiva como a atual, suas forças armadas “incham” de uns 10.000 lubrificadores de armas para um milhão de soldados (um em cada 5 habitantes), tirando pessoal da produção, que na verdade é que gera o produto bruto de Israel. Portanto uma ofensiva israelense tem que terminar rápido, senão o próprio estado não terá dinheiro para pagar suas contas, falindo em seguida. Ou seja, se palestinos querem ganhar uma guerra contra Israel, ponham as forças armadas deles em combate prolongado. Assim Israel se exaure. Isto confirma o item b) acima. As Forças armadas israelenses sabem disto e partem para ataques devastadores e rápidos.

    d) Creio que os dois acordos de paz na região não foram construídos pelos falcões israelenses, e sim pelos raríssimos diplomatas capazes da região. E esses acordos (Jordania e Egito) valem até hoje. Ou seja, paz nessas fronteiras.

    e) Também é verdade que depois desses acordos os palestinos foram deixados à própria sorte por Jordânia e Egito.

    f) E aqui entre nós, os líderes israelenses não sabem quase nada de seus adversários palestinos, pois nenhuma ação israelense gerou o resultado esperado. Ou seja, precisam de aulas urgentes do nosso Itamarati, que não faz essas besteiradas !!!

  4. UMA GUERRA COLONIAL
    UMA GUERRA COLONIAL PROLONGADA

    Com o apoio dos EUA, Israel espera isolar e derrubar a Síria, mantendo o domínio do Líbano

    Na sua última entrevista – depois da Guerra dos Seis Dias de 1967 – o historiador Isaac Deutscher, cujos parentes mais próximos tinham morrido nos campos nazis e cujos parentes sobreviventes viviam em Israel, disse: “Justificar ou apoiar as guerras de Israel contra os árabes é prestar um péssimo serviço e prejudicar os seus interesses a longo prazo.” Comparando Israel com a Prússia, fez um aviso sombrio: “Os alemães resumiram a sua própria experiência numa frase amarga: ‘Man kann sich totseigen!’ ‘Podes vencer-te até a morte’.”

    Hoje, nas acções de Israel podemos detectar muitos dos elementos da soberba: a arrogância imperial, a distorção da realidade, uma consciência da sua superioridade militar, a auto-confiança com que destrói a infra-estrutra social de estados mais fracos, e uma crença na sua superioridade racial. A perda de muitas vidas civis em Gaza e no Líbano importam menos que a captura ou a morte de um único soldado israelita. Nisto, as acções israelitas são validadas pelos EUA.

    A ofensiva contra Gaza tem o objectivo de destruir o Hamas por se atrever a vencer uma eleição. A “comunidade internacional” ficou de lado enquanto Gaza sofre um castigo colectivo. Dezenas de inocentes continuam a morrer. Isto nada disse aos líderes do G8. Nada foi feito.

    http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=220&Itemid=64

  5. Com todo respeito a
    Com todo respeito a comunidade judaica, mas esse tipo de asfixia não caminha em direção dos mesmos horrores que o proprio povo viveu?

  6. Olá colegas,

    O artigo “Um
    Olá colegas,

    O artigo “Um muro se fecha ao redor de Israel” de autoria de Benny Morris, assim como tantos outros que circulam na grande mídia ocidental, apenas reforça os mesmos argumentos de sempre para justificar as diversas agressões de Israel as populações da região.

    Sugiro a leitura do material que envio abaixo, como possibilidade de outras visões sobre o assunto. Para que não mais aceitemos a justificativa que Israel massacra para se defender dos mísseis Kassam, que lembro vocês é de fabricação caseira.

    DORES DE UM OUTRO PARTO, PARA O ORIENTE MÉDIO**
    Atualizado em 01 de janeiro de 2009 às 11:36 | Publicado em 01 de janeiro de 2009 às 11:27

    Dores de um outro parto, para o Oriente Médio

    Hasan Abu Nimah*, The Electronic Intifada, 31/12/2008,
    http://electronicintifada.net/v2/article10082.shtml

    Quando Israel invadiu o Líbano, Condoleezza Rice festejou a agressão como “as dores do parto de um novo Oriente Médio”. Bem poderia repetir a expressão. Mas esse não será o parto do Oriente Médio que ela desejou e deseja.

    Os selvagens ataques de Israel a Gaza vêm depois de meses e semanas de infindáveis ameaças, movimentos de espionagem e segredos. As ondas de choque alastram-se pelo mundo árabe, seja como efeito do silêncio dos governos árabes, seja pela covardia e cumplicidade internacional seja como efeito da própria barbárie em que Israel mergulha.

    Israel sempre agiu do mesmo modo. Desde o primeiro dia, e mesmo antes de haver Israel, gangs sionistas lideradas por futuros primeiros-ministros introduziram o terrorismo no Oriente Médio. Israel e seus fundadores foram pioneiros na prática de assassinar funcionários da ONU e líderes palestinenses, e foram pioneiros nos ataques terroristas a hotéis, estações de trem e aos departamentos civis do governo palestinense.

    Israel trouxe armas atômicas para o Oriente Médio. Israel introduziu na Região a primeira tecnologia avançada que ali se conheceu, de usurpação e ocupação, de construção de prédios em terras que não pertenciam a israelenses e tinham proprietários regulares e legais. Israel atacou e massacrou civis com armamento ultra-avançado, e sempre inventou justificativas novas, a cada novo crime. Essa, afinal, foi a principal contribuição dos israelenses ao Oriente Médio, durante 60 anos.

    A carnificina que se vê hoje em Gaza, portanto, nada tem de novidade, embora, dessa vez, o horror alcance novos e vergonhosos recordes. O coração de todos e de cada um, homens e mulheres comuns nas capitais árabes, apertam-se de dor, e por todos os cantos ouvem-se protestos, sempre, primeiro, contra seus próprios governantes e contra a perversidade que se vê estampada em cada manchete, nas quais a “comunidade internacional” mecanicamente apoia o agressor e ajuda a castigar a vítima.

    Verdade é que o que está acontecendo em Gaza já aconteceu outras vezes: os massacres do início de 2008, os do Líbano em 1982, 1996 e 2006, e haveria muitos outros exemplos. Em todos os casos, as reações foram idênticas. Quando Israel atacou o Líbano em 2006, também recebeu luz verde das potências ocidentais e das potências regionais. Então, como hoje, os EUA e a Inglaterra adiaram qualquer proposta de cessar-fogo, para que Israel tivesse tempo para prosseguir a carnificina e tentar atingir os objetivos que tivesse em vista. De difetente que, em 2006, Israel fracassou. Nada conseguiu. Foi derrotada, apesar do apoio político e militar massivo.

    Em Gaza, Israel criou, mediante o bloqueio e o sítio, e depois de décadas de ocupação e opressão continuadas dos palestinenses que lá vivem, condições que fizeram, do ataque em curso uma profecia que se autocumpre. Assim Israel se auto-encurralou. O assassinato indiscriminado de centenas de civis em Gaza (300 mortos e 700 feridos, apenas nas primeiras 24 horas) gerou os sempre requentados surtos de “preocupação” da “comunidade international.”

    Israel ignorou a fraca ‘conclamação’ para pôr fim à violência, que veio do Conselho de Segurança da ONU, porque sabe que veio apenas como cortina de fumaça para dar cobertura política ao próprio Conselho de Segurança, não como primeiro passo de qualquer movimento efetivo para pôr fim à agressão.

    Outra vez, como no Líbano, Israel é sempre rápida para iniciar guerras. Mas a questão importante sempre é como sair da guerras. O Hamás – e a empenhada resistência do povo da Palestina – não são exércitos regulares, dos que se derrotem logo à primeira declaração de vitória. Todos sabem que Israel tem poderio militar para destruir Gaza e matar todos os homens e mulheres que lá vivem. Contudo, por mais atrocidades que cometa, o exército israelense sempre sairá de cena sem vitória efetiva a comemorar. Essa é a história dos últimos 60 anos.

    Em 2008-9, Israel colherá mais uma derrota em Gaza, para somar à sua macabra colheita de horrores e mortes.

    Com mais esse morticínio, Israel garantiu que jamais será aceita como Estado regular, permanente, nessa Região. Esse tipo de integração não se faz por declarações espetaculosas de televisão. Para integrar-se e sobreviver, Israel depende de ser aceita pelos povos que aqui vivem. E sobre o que pensam sobre Israel os povos que aqui vivem, basta apurar o ouvido e ouvir as ruas em todo o Oriente Médio. Esse é o resultado de Israel ter sempre confiado nos “aliados” (que em muitos casos Israel mais domina do que é dominada por eles) que jamais se ocuparam o suficiente com o futuro de Israel a ponto de, para salvar Israel, se não pelo bem das vítimas de Israel, recomendarem moderação a Israel.

    É responsabilidade de Israel ter levado os eventos para além do ponto em que qualquer conciliação ainda seria possível, a um ponto em que Israel já destruiu qualquer perspectiva de paz.

    Israel embaraçou, humilhou e enfraqueceu os Estados árabes que propuseram e assinaram tratados de paz na esperança de que os tratados propostos ou assinados gerassem algum ímpeto de paz também nos comandos militares de Israel, principalmente em relação aos palestinenses cujas terras Israel ocupou e ocupa. Israel fez gorar cada abertura e cada iniciativa que os árabes propuseram; para Israel, cada iniciativa de paz vinda do mundo árabe sempre foi vista como mais um ponto a ser explorado, como mais uma fraqueza de um inimigo, do que como oportunidade de crescer e avançar na direção da paz indispensável a todos, na Região. Ao mesmo tempo em que muito clama que só deseja paz e segurança, Israel há muito tempo age como mais um rogue state[1]: desrespeita a legislação internacional, divulga práticas racistas e manifesta completa indiferença pela defesa da vida humana.

    Esse processo ainda não está concluído. Israel continuará a andar na direção do abismo, até que as magras “conquistas” em direção à paz – os próprios tratados de paz – virem letra morta. Esse, afinal, parece ser o único desejo dos corpos militares de Israel, por mais que ainda falem de paz.

    Ninguém pode prever com segurança de que lado Israel agredirá, nem quem será a próxima vítima – porque as vítimas de Israel sempre são em muito maior número do que as que se vêem. Mas se podem prever alguns resultados muito prováveis.

    O massacre de Gaza não destruirá o Hamás, e ainda que Israel execute até o último todos os que apoiam o Hamás, nem assim porá fim à resistência. Ao contrário, a resistência aumentará em toda a Região, fazendo ruir a noção de que a resistência é movimento superado, inviável ou impossível e que a única “escolha estratégica” que restaria aos árabes seria a negociação… depois de muito enfraquecidos.

    O massacre de Gaza enfraquecerá e desacreditará ainda mais os chamados “moderados” que trabalham incansavelmente contra qualquer tipo de resistência armada e que apostaram tudo nos fracassados processos de paz, e seus apoiadores e patrocinadores.

    Pode acontecer também de vermos o enfraquecimento do papel moderador da opinião pública no mundo árabe, que tem sido extremamente paciente com as negociações estéreis e cenograficamente lideradas por seus representantes políticos. Já é quase impossível fazer reverter a crença já firmemente enraizada na opinião pública de que houve cumplicidade de governos árabes na chacina de Gaza.

    Ninguém esquecerá que a ministra dos Negócios Estrangeiros de Israel, Tzipi Livni, lançou suas mais pesadas ameaças contra Gaza quando estava no Cairo, dia 25/12. Ao lado dela, o ministro egípcio homólogo sorria. E não protestou. É mais difícil a cada minuto, para o Egito, justificar seu papel ativo no fechamento do cerco de Gaza, quando ordenou o fechamento da passagem de Rafah.

    Fato é que a violência de tentar matar de fome, depois a tiros, a população de Gaza não poderia durar tanto tempo sem a cumplicidade de alguns governos árabes. Essa cumplicidade é marca de escândalo e vergonha, na história do árabes.

    Por fim, Israel talvez aprenda a lição que já deveria ter aprendido na invasão do Líbano, em 1982: nenhuma força militar jamais garantiu qualquer segurança estável. Até agora, o exército israelense só tem tornado Israel e os israelenses cada vez menos seguros e cada vez mais odiados.

    Israel isola-se cada dia mais, e assim torna cada dia mais coesos os seus inimigos; ao mesmo tempo, põe seus aliados e “amigos” em situação cada dia mais precária.

    Vivemos, sem dúvida alguma, os últimos dias de uma era que começou com a conferência de paz de Madrid, há 17 anos. O “processo de paz” inaugurado naquela conferência, baseado na legislação internacional e que visava a institucionalizar o lugar de Israel no mundo árabe, falhou completamente e não há o que o faça renascer. E não se pode admitir que a violência continue a imperar.

    Uma das vias que ainda resta é fazer valer a lei internacional. Nesse caso, Israel perde poder bélico – que não pode continuar a ter, como até agora, desmedido e sem qualquer controle civilizado. E o mundo civilizado impor-se-á, afinal, a Israel.

    Para tanto, espera-se coragem de uma “comunidade internacional” que, até agora, só exibiu covardia e não fez mais do que fugir ao cumprimento de seus deveres morais. Governos e organismos internacionais podem optar por continuar a fugir e tentar escapar de cumprir o único papel que justifica que existam. Saibam, pelo menos, que não são imunes às ondas de choque que emanam de Gaza.

    * Hasan Abu Nimah é ex-embaixador da Jordânia na ONU. Ensaio publicado no The Jordan Times. Reprodução autorizada pelo autor.

    [1] Sobre “rogue states”, ver http://en.wikipedia.org/wiki/Rogue_state (NT)

    ** material retirado do blog Vi o Mundo do jornalista Luiz Carlos Azenha

  7. Nassif,
    Por essa
    Nassif,
    Por essa análise, Israel, a maior potência militar do região, é um Estado sitiado e ameaçado por vizinhos que querem destruí-lo. Então, a sua postura belicista é apenas defensiva e tende a recrudescer. É isso mesmo? Já li que a ameaça de destruir Israel, feita pelo presidente iraniano, foi a versão decorrente de uma tradução deliberadamente equivocada de um discurso daquele chefe de Estado. Foi isso mesmo? É tudo muito nebuloso e análises unilaterais não ajudam a formar uma percepção minimamente equilibrada de um conflito que pode não se limitar ao Oriente Médio. Eis o teste de fogo do Presidente Obama. Irá corresponder as enormes expectativas positivas que sua eleição suscitou? Ou será mais do mesmo com outra aparência? Quem viver saberá.

  8. Nassif,

    O dilema ético que
    Nassif,

    O dilema ético que se impõe a Israel tem resposta dentro de seu povo, como vemos no comunicado da ASA. Somente a políticos e religiosos interessa esta carnificina.

    Não há como um estado opressor cobrar passividade ao oprimido. A criação do estado de Israel é ainda hoje um fato traumático no oriente médio e a dissipação das tensões só se fará por respeito mútuo e diálogo.

    Não acredito que alguém tenha na manga a solução para o problema, mas certamente ninguém seriamente acredita que a passe pela guerra, pela ocupação, pela jugo de um povo pelo outro.

  9. Que coisa mais antiga,
    Que coisa mais antiga, Israel só reage porque seus vizinhos são maus! Ora bolas, publiquem uma coisa decente como esta aqui por exemplo:
    Bombardeio de Ashkelon é ironia trágica

    Como é fácil desconsiderar a história dos palestinos, apagar a narrativa de sua tragédia, evitar mencionar uma grotesca ironia sobre Gaza que em qualquer outro conflito estaria entre os primeiros fatos a serem mencionados pelos jornalistas: o fato de que os proprietários originais, legais, das terras israelenses que os foguetes do Hamas agora tomam como alvo vivem em Gaza.

    É por isso que Gaza existe: os palestinos que viviam em Ashkelon e nos campos vizinhos – Askalaan, em árabe – foram expulsos de suas terras em 1948, quando Israel foi criado, e terminaram nas praias de Gaza. Eles ou seus filhos, netos e bisnetos estão entre o 1,5 milhão de palestinos amontoados na fossa fétida de Gaza, onde 80% das famílias um dia viveram em terras que hoje pertencem a Israel. Esse é o verdadeiro assunto, em termos históricos: a maioria dos moradores de Gaza não vem de Gaza.

    Mas, ao assistir aos telejornais, seria de imaginar que a história começou ontem, que um bando de islâmicos anti-semitas, barbados e lunáticos subitamente irrompeu dos cortiços de Gaza e começou a disparar mísseis contra Israel, um Estado democrático e amante da paz, e por isso atraiu a justa vingança da Força Aérea israelense. O fato de que as cinco irmãs mortas no campo de Jabaliya tenham avós oriundos das mesmas terras cujos proprietários mais recentes as mataram em um bombardeio simplesmente não é mencionado.

    Tanto Yitzhak Rabin quanto Shimon Peres disseram, nos anos 90, que desejavam que Gaza simplesmente desaparecesse, e o motivo é compreensível. A existência de Gaza serve como lembrete aos israelenses das centenas de milhares de palestinos que perderam seus lares, que fugiram ou foram expulsos por medo da limpeza étnica que Israel conduziu 60 anos atrás, quando levas de refugiados ainda vagueavam pela Europa e um bando de árabes expulsos de suas terras não preocupava o mundo.

    Bem, o mundo deveria se preocupar, agora. Aglomerado em uma das regiões mais superpovoadas do planeta vive um povo que mora em meio ao lixo e aos esgotos e, nos últimos seis meses, vive sem energia elétrica ou comida suficiente, vítima de sanções impostas por nós, o Ocidente. Infelizmente para os palestinos, a mais poderosa voz política – e falo do intelectual Edward Said, e não do corrupto Iasser Arafat (que falta os israelenses devem sentir dele no momento) – se calou, e o sofrimento deles não está sendo exposto ao mundo por seus deploráveis e tolos porta-vozes.

    “Trata-se do lugar mais aterrorizante que já visitei”, disse Said sobre Gaza. É claro que coube à ministra do Exterior israelense, Tzipi Livni, admitir que “ocasionalmente os civis também têm de pagar”, argumento que ela não apresentaria caso as estatísticas sobre mortos fossem revertidas. Se mais de 300 israelenses tivessem morrido, podem ter certeza de que os números seriam enfatizados.

    Descobrir que tanto os EUA quanto o Reino Unido se recusam a condenar a agressão israelense e atribuem a culpa ao Hamas não surpreende. A política dos EUA e a de Israel para o Oriente Médio se tornaram impossíveis de distinguir. Como de hábito, os sátrapas árabes, em larga medida bancados pelo Ocidente, optaram pelo silêncio e convocaram uma ridícula conferência de cúpula sobre a crise, que apontará um comitê para preparar um relatório que jamais será redigido.

    Pois é assim que funciona o mundo árabe e seus corruptos governantes. Quanto ao Hamas, ele com certeza apreciará o desconforto causado aos potentados árabes e esperará cinicamente que Israel dialogue com ele. E o diálogo acontecerá. Na verdade, dentro de alguns meses, seremos informados de que Israel e o Hamas vinham conduzindo “negociações secretas” da mesma maneira que um dia ouvimos a mesma notícia sobre Israel e a ainda mais corrupta OLP (Organização para a Libertação da Palestina). Mas, quando isso acontecer, os mortos já estarão sepultados, e nós estaremos enfrentando a crise que surgirá depois da mais nova crise.

    Artigo do extraordinário repórter Robert Fisk do jornal inglês The Independent. Publicado ontem na Folha.

  10. FEPAL – FEDERAÇÃO ÁRABE
    FEPAL – FEDERAÇÃO ÁRABE PALESTINA DO BRASIL


    Porto Alegre, 30 de dezembro de 2008.

    O holocausto palestino é produto de uma sistemática execução de limpeza étnica da Palestina planejada pelos sucessivos governos israelenses desde 1948 de acordo com as bases ideológicas do movimento sionista que comanda a política israelense desde então.

    A comunidade internacional é cúmplice de mais esse massacre cometido por Israel contra o povo palestino da Faixa de Gaza. As nações ocidentais e ditas civilizadas nada fazem que possa deter o cerne da política sionista: eliminar a existência nacional, cultural e histórica do povo palestino sobre o território da palestina.

    (…)

    A prioridade nesse momento é CESSAR OS BOMBARDEOS, CESSAR O GENOCIDIO CONTRA O POVO PALESTINO.

    PAREM O GENOCIDIO E A LIMPEZA ÉTNICA EM GAZA!

    DIGNIDADE E JUSTIÇA PARA O POVO PALESTINO!

    Elayyan T. Alladdin

    Presidente da FEPAL

  11. Embore não concorede com
    Embore não concorede com justificativas para a guerra, acredito que é fundamental entender como os lados em conflito enxergam a situação. A questão não é se a visão apresentada é verdade ou não, mas como a situação é percebida em Israel. Mesmo que sejam mentira (eu não tenho condições de avaliar isto), os argumentos colocados são usados para legitimar o ataque. Então, é preciso conhecê-los.

  12. “Em primeiro lugar, o mundo
    “Em primeiro lugar, o mundo árabe e islâmico – apesar das esperanças cultivadas pelos israelenses desde 1948, e não obstante os tratados de paz assinados pelo Egito e pela Jordânia em 1979 e 1994 – nunca aceitou a legitimidade da criação de Israel, e continuam opondo-se a sua existência”: se uma, e uma somente, coisa esta clara a esse ponto eh que Israel reclama reclama reclama, e o mapa que o Azenha publicou nao deixa sombra de duvida a respeito do que aconteceu:

    http://www.viomundo.com.br/opiniao/e-a-terra/

    Palestinos estao cercados em pequenos pedacinhos de terra e precisam de passaporte pra ir pra outros.

  13. Sensacional entrevista com
    Sensacional entrevista com Jimmy Carter… que acaba de lançar um livro denunciando o Apartheid promovido por Israel contra os palestinos.

    Tá lá no Azenha:

    “A perseguição aos palestinos pela força de ocupação é um dos piores exemplos de privação dos direitos humanos que conheço (…) o que está sendo feito aos palestinos agora é horrível.”

    http://www.youtube.com/watch?v=ssidCYJHumk&eurl=http://viomundo.com.br/

  14. Acho que chamar tudo de
    Acho que chamar tudo de terrorismo é somente uma forma de “demonizar” os acontecimentos. Dá uma cara muito neocon ao que se diz.
    O que caracteriza essa violência toda é o preconceito. De ambas as partes. Acho que seria muito mais efetivo tratar dos preconceitos entre as partes do que do terrorismo entre eles. Concordo muito mais quando falam em limpeza étnica que terrorismo. Concordo muito mais com intolerância que com terrorismo.
    Pressões internacionais nesse sentido não funcionariam muito melhor do que ficar demonizando uma das partes?
    Eu acho que sim. Pelo menos temos um bom exemplo que é a África do Sul que tinha políticas segregacionistas e hoje não as tem mais.

  15. A verdade é uma só: os
    A verdade é uma só: os inimigos de Israel darão a própria vida para destruir a nação judia. O grande empasse está aí. Quando se quer morrer por uma causa, é impossível resolvê-la. Só uma intervenção divina para resolver esta questão. Continuo admirando o brioso povo judeu que transformou terras áridas, um deserto, em plantações e belos jardins. São aproximadamente 7 milhões de judeus, lutando contra mais de 200 milhões de árabes, sedentos por destruir o estado judeu. Israel precisa se proteger de qualquer maneira. Até com muros, sim! Israel jamais terá paz, portanto precisa minimizar os perigos, a ganância e as ameaças. Se Israel não tivesse apoio externo, hoje este Estado não existiria mais. É tolice pensar em analisar isso tudo ideologicamente. Imagine seu país atingido por mísseis a todo momento.Lembro de um forum desses, quando um soldado brasileiro, naturalizado israelense, dava-nos uma lição, convidando-nos a visitar, para ver in loco, a angústia das populações das cidades que são atingidas pelos mísseis dos terroristas do Hamas. Lembro bem que não foi Israel quem começou os ataques. Isto é o mais importante e não deve ser esquecido. Quem quer paz, não teima em provocar uma guerra, lançando mísseis contra um país adversário; mas luta, obstinadamente, pela paz e pelo bem estar do seu povo

  16. Ao contrário do que querem
    Ao contrário do que querem dizer, Israel tem ganho todas as guerras. E esse, como outros artigos, sob o rótulo de pedir paz, tentam legitimar os massacres cometidos por Israel. O crime americano de armar Israel com bombas nucleares é uma coisa sem volta. Israel só vai respeitar os palestinos quando eles também tiverem bombas nucleares.

  17. Sem contar que no futuro
    Sem contar que no futuro governo Obama, cujo Chefe de Gabinete, Rahm Emanuel, é um fervoroso sionista e filho de um participante do movimento terrorista Irgun, a influência dos ideais extremistas israelenses torna-se mais presentes que nunca.

    Parece que o sentimento de fraternidade, com apoio irrestrito aos amigos, superou a objetividade necessária e esperada em qualquer governo.

  18. Benny Morris é uma pessoa
    Benny Morris é uma pessoa extremamente suspeita e não é confiável. Esse texto carrega várias mentiras já desmascaradas, tais quais as numeradas abaixo:

    1. Ahmadinejad do Irã nunca afirmou querer varrer Israel do mapa. Basta entrar no blog dele e baixar o discurso que ele fez e que foi distorcido pelo PiG sionista internacional;

    2. Os foguetes Qassam não causam quase nada de dano, mesmo aos “milhares”;

    3. Morris usa o velho golpe da “falsa simetria militar entre Palestina e Israel”;

    4. há vários outros sofismas nesse texto.

    Veja estes outros autores desmascarando Benny Morris. Ele inclusive tenta justificar o extermínio nuclear de pessoas!

    http://electronicintifada.net/v2/article2555.shtml
    http://www.meforum.org/article/466
    http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=9711
    http://www.alternet.org/blogs/peek/91978

    NASSIF, ESSE TEXTO QUE VOCÊ POSTOU NÃO É BOM! EXPERIMENTE ISTO:
    http://angryarab.blogspot.com/
    http://www.antiwar.com/
    http://www.uruknet.info/?p=-6&l=e
    http://www.aljazeera.com/

  19. O pau que nasce torto não tem
    O pau que nasce torto não tem jeito morre torto.

    Fica difícil apoiar qualquer ação em prol do estado israelense. Mesmo porque eles não estão esperando apoio de ninguém, além dos norte-americanos. Estão se lixando para o que o mundo pensa das ações coletivas do estado israelense. Parece que confiam cegamente no seu poder militar, na propaganda da mídia comprometida e no imenso poder de persuasão dos seus grupos junto aos políticos americanos em busca do único apoio que precisam.

    Os primeiros navios que chegaram à Palestina, com os primeiros migrantes judeus, já traziam os porões abarrotados de armamentos. Montaram milícias paramilitares terroristas como a Haganah, a Sterm, etc. que espalharam o terror e a morte nas vilas palestinas, desde os primórdios do estabelecimento do estado israelense.

    O estado israelense é incapaz de incluir. A única coisa que consegue fazer é excluir. O que prevalece é a ideologia dos seus mais radicais ortodoxos.

    Uma pena que não percebam que precisam de muito mais para o futuro de um estado no Concerto das Nações. Constroem um pretenso estado messiânico, às avessas, que já nasce estigmatizado como violento, descumpridor das determinações dos órgãos das Nações Unidas e com ambiciosas e incontidas pretensões colonialistas completamente fora de época.

  20. O arito que o Estadão
    O arito que o Estadão reproduz é a cara do Estadão!
    Israel está ameçadíssima!!! Os refugiados palestinos é que estão bem.

  21. A insensibilidade do governo
    A insensibilidade do governo de Israel para cessar os ataques demonstram
    o quão falida está a ONU. Não existe solução para o oriente médio que não passe por uma intervenção mundial. Se um outro governo qualquer fizer o que Israel faz com seus vizinhos, já teria sido invadido, bombardeado e outras coisas que o valha. No artigo do NYT, nota-se uma preocupação do autor quanto ao crescimento da população árabe entre os cidadãos israelenses, Será que a limpeza étnica se iniciará dentro de Israel também?
    O fato de ter na lembrança, através de filmes, livros, etc. o holocausto judeu não me cegará quanto ao que está acontecendo na faixa de Gaza.
    Guardada as devidas proporções, Israel faz a mesma coisa. Usa o medo
    e a vingança como pretexto para destruir um povo.
    Israel tem um povo culto e uma democracia representativa. Por isso mesmo, é muito mais decepcionante, pelo menos para mim, ver esse país adotar medidas tão extremas e desumanas como bloqueio de alimentos, remédios, etc. É muito pior do que jogar bombas, pois mata-se aos poucos
    e lentamente.

  22. Por mim, bem aqui de longe já
    Por mim, bem aqui de longe já tenho sentimentos contra Israel, nada bons. Imaginem os palestinos, corridos de suas terras, tratados como lixo. Israel não aprende; sempre essa prepotência, essa insensibilidade, essa falta de temor a Deus.
    Tomara que continuem bem longe do Brasil. Gostaria, nesse momento, que o Presidente Lula cortasse relações diplomáticas com Israel.

  23. A ONU e os países árabes
    A ONU e os países árabes deveriam exortar aos iraelenses a que, ao menos, tomem cuidado com as crianças da Faixa de Gaza. A força aérea israelense, tecnologicamente avançada e assessorada por serviço secreto bem alimentado, sempre comete assassinatos contra crianças.
    Entre muitos exemplos, observem este na cidade de Qana em 2006:

    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft3107200601.htm

    Folha, 31-07-06.

    Um ataque aéreo de Israel matou ontem pelo menos 54 libaneses, incluindo 37 crianças, na cidade de Qana -a mesma onde um bombardeio israelense matou mais de cem civis, em 1996. Foi o maior ataque em número de mortos desde o início do conflito, iniciado depois que o grupo terrorista Hizbollah seqüestrou dois soldados israelenses, em 12 de julho.
    O governo israelense lamentou o episódio e decidiu suspender os bombardeios no sul do Líbano por 48 horas, até que o Exército conclua um inquérito sobre o ocorrido em Qana. As autoridades, falando em condição de anonimato por não terem sido autorizadas a dar declarações à imprensa, disseram que a pausa deveria começar “imediatamente”.
    O bombardeio provocou protestos na Europa e em países muçulmanos, fez crescer os apelos internacionais por um cessar-fogo e provocou a suspensão das negociações iniciadas no sábado na região pela secretária de Estado americana, Condoleezza Rice. O governo libanês, que acusou Israel de “terrorismo”, deixou claro que ela não seria bem-vinda a Beirute ontem, onde tinha uma visita planejada.
    Durante todo o dia, equipes de socorro às vítimas em Qana, que fica a 85 km de Beirute e a 11 km da fronteira israelense, removiam com as próprias mãos os escombros do edifício de três andares, em cujo porão estavam mais de 60 refugiados. Eram membros de duas famílias que se escondiam ali em busca de proteção, por não poderem pagar um táxi para deixar Qana.
    No resgate, corpos de crianças cobertos por poeira eram retirados de baixo dos escombros de concreto. Os últimos corpos a ser retirados dos escombros eram justamente os menores -às vezes intactos, mas com os pulmões destruídos pela forte corrente de ar do bombardeio.
    Muitos morreram enquanto dormiam. “Por que atacaram crianças de um, dois anos, e mulheres indefesas?”, perguntava Mohamed Samai, que estava no local.
    Os corpos foram enrolados em plástico e levados para uma tenda. Flores eram colocadas ao lado dos cadáveres. Duas escavadeiras, uma delas fornecida pela ONU, também eram usadas no resgate, mas os membros das equipes de ajuda diziam precisar de mais equipamentos para a remoção dos escombros.
    Segundo testemunhas, no início da madrugada de ontem houve duas explosões no prédio. Os sobreviventes da primeira, desesperados, corriam de um lado para o outro, até que houve a segunda explosão. Foram encontrados oito sobreviventes, com ferimentos.
    “Deus é grande”, murmurava um policial que levava nos braços um menino de no máximo dez anos, coberto por poeira e com nariz e ouvidos ensangüentados.
    O resgate seguia, enquanto jatos israelenses continuavam sobrevoando a cidade.

  24. Por trás disso tudo tem o
    Por trás disso tudo tem o comércio de armas; Os EUA é o negociante mor. Tem muito interesse escuso nessa guerra entre Israel e árabes.

  25. A pax israelense, que é,
    A pax israelense, que é, também, a paz das potências ocidentais, significa a aceitação compulsória pelos árabes das áreas ocupadas legal e ilegalmente por Israel e a imposição aos refugiados de Gaza (60% da população) da expropriação de suas terras e casas em favor dos israelenses. Sem qualquer compensação. Trata-se de paz injusta, humilhante, inviável.

    Esta é a causa do Hamas, dos foguetes, dos homens-bomba, enfim, do “so called” terrorismo; e da guerra.

    Compensações justas aos refugiados de Gaza pelos danos diretos e indiretos causados pela criação de Israel, negociadas amplamente com eles, sob supervisão internacional, são condições necessárias para uma paz duradoura. Foguetes, bombas e morteiros, venham de que lado vierem, só aumentam os danos e afastam a paz.

  26. Albert Einstein Condenou os
    Albert Einstein Condenou os Israelitas Nazistas*

    Carta ao New York Times:

    Visita de Menachem Begin do Partido da Nova Palestina e Objetivos do Discutido Movimento Político

    Judeus Proeminentes, Dezembro, 1948.

    Segue-se uma cópia em sua inteireza de uma importante carta ao New York Times de intelectuais judeus, incluindo Albert Einstein, Hannah Arendt e Sidney Hook, que apareceu a 4 de dezembro de 1948.

    Aos Editores do New York Times:

    Entre os fenômenos políticos perturbadores de nossos tempos está a emergência no recém criado Estado de Israel do “Partido da Liberdade” (Tenuat Haherut), um partido político estreitamente assemelhado em sua organização, métodos, filosofia política e apelo social aos partidos Nazista e Fascista. Ele foi formado a partir de membros e seguidores do antigo Irgun Zvai Leumi, uma organização terrorista, facção direitista e organização chauvinista na Palestina.

    A visita atual de Menachem Begin, líder deste partido, aos Estados Unidos é, obviamente, calculada no sentido de dar a impressão de apoio americano ao seu partido, por ocasião do advento das eleições israelitas e para cimentar laços políticos com os elementos Sionistas conservadores dos Estados Unidos. Vários americanos de reputação nacional têm emprestado seu nome para dar boas vindas a sua visita. É inconcebível que aqueles que se opõem ao fascismo no mundo, se corretamente informados sobre a história política e perspectivas de Mr. Begin, possam acrescentar seus nomes e apoio ao movimento que ele representa.

    Embora esse irreparável perigo ocorra pela forma de contribuições financeiras, manifestações públicas a favor de Begin ou pela criação na Palestina da impressão de que um grande segmento da América apóia os elementos fascistas em Israel, o público americano deve ser informado sobre a historia e os objetivos de Mr. Begin e do seu movimento.

    As promessas públicas do Partido de Begin não correspondem, quaisquer que sejam, ao seu caráter real. Hoje falam de liberdade, democracia e antiimperialismo, enquanto até recentemente pregavam abertamente a doutrina do Estado Fascista. É em suas ações que o partido terrorista denuncia o seu caráter real; de suas ações do passado podemos julgar o que dele pode ser esperado fazer no futuro.

    Ataque sobre a Vila Árabe

    Um exemplo chocante foi seu comportamento na vila árabe de Deir Yassin. Esta vila, distante das principais estradas e circundada por terras judaicas, não tomou nenhuma parte na guerra e chegou a contrariar o lado árabe que queria usar a vila como sua base. Em 9 de abril (The New York Times) bandos terroristas atacaram esta vila pacifista, que não era um objetivo militar na luta, matando a maioria de seus habitantes – 240 homens, mulheres e crianças – e mantiveram alguns deles vivos para desfilarem como cativos através das ruas de Jerusalém. A maior parte da comunidade judaica ficou horrorizada com aquela ação e a Agencia Judaica mandou um telegrama de pesar ao Rei Abdulah da Trans-Jordânia. Contudo, os terroristas, longe de se envergonharem de seu ato, ficaram orgulhosos com aquele massacre, divulgado amplamente e convidaram os correspondentes estrangeiros no país para testemunharem os cadáveres amontoados e a devastação geral em Deir Yassin.

    O acontecimento de Deir Yassin exemplifica o caráter e as ações do Partido da Liberdade.

    No interior da comunidade judaica eles têm propugnado uma mistura de ultra nacionalismo, misticismo religioso e superioridade racial. Como outros partidos fascistas eles têm sido usados para esmagar as greves e têm-se dedicado à destruição de sindicatos livres. Em seu lugar eles têm proposto sindicatos corporativistas no modelo fascista italiano. Durante os últimos anos da esporádica violência antibritânica, os grupos IZL e Stern inauguraram um reino de terror na comunidade Judaica Palestina. Professores foram espancados por se pronunciarem contra eles, adultos foram alvejados por não deixarem suas crianças juntar-se a eles. Por métodos de gangsterismo, açoites, quebra-vidraças e roubos em larga escala, os terroristas intimidavam a população e exigia-lhe pesado tributo. Os membros do Partido da Liberdade não têm nenhuma participação nos logros construtivos na Palestina. Eles não reivindicam nenhuma terra, nenhuma construção de habitações e apenas depreciam a atividade defensiva judaica. Seus esforços de imigração muito propagandeado foram diminutos e devotados principalmente para atraírem compatriotas fascistas.

    Discrepâncias Observadas

    As discrepâncias entre os bravos clamores que estão sendo feitos agora por Begin e seu partido e a história de sua performance no passado da Palestina não portam a marca de um partido qualquer. Esta é o selo de um Partido fascista, pelo qual o terrorismo e o embuste são os meios e o “Estado Regente” é o objetivo.

    À luz das considerações anteriores, é imperativo que a verdade sobre Mr. Begin e seu movimento seja tornado conhecido neste país. É de toda maneira trágico que a liderança maior do Sionismo Americano tenha se recusado a participar da campanha contra os esforços de Begin, ou mesmo de expor aos seus constituintes os perigos para Israel do apoio a Begin. Os abaixo assinados, portanto, através deste meio de publicidade apresentam alguns fatos salientes que dizem respeito a Begin e seu Partido; e recomendam a todos os interessados a não apoiarem esta última manifestação do fascismo.

    New York, 2 de dezembro de 1948

    (Assinaturas)

    Isidore Abramowitz, Hannah Arendt, Abraham Brick, Rabbi Jessurun Cardozo, Albert Eistein, Herman Eisen, M.D., Hayim Fineman, M. Gallen, M.D., HH. Harris, Zelig S. Harris, Sidney Hook, Fred Karush, Bruria Kaufman, Irma L. Lindheim, Nachman Maisel, Seymour Melmam, Myer D. Mendelson, M.D., Harry M. Oslinsky, Samuel Pitlick, Friitz Rohrlich, Louis P. Rocker, Ruth Sagis, Itzhak Sankowsky, I.J. Shoenberg, Samuel Shuman, M. Singer, Irma Wolfe, Stefan Wolfe.

    Fonte: http://marxists.org/reference/archive/einstein/1948/12/02.htm

    Notas da Fonte: Laura Nader deu uma copia do NYT micro filmado para Anne Lipow em Abril (2002) (Nader tem usado em suas aulas na UC) A cópia estava ilegível em parte e a primeira coluna estava apagada; o original de Laura estava igual. Anne e a bibliotecária Suzanne Calpestri, de Antropologia da UC, então, tentaram recuperar uma versão eletrônica da Carta. Em nenhuma aparecia em sua inteireza na Internet, e não estava em qualquer arquivo eletrônico acessível aos bibliotecários da UC (isto é, não existia). Suzanne fez outra cópia de um microfilme diferente; resolveu o mistério da primeira coluna apagada, mas esta cópia estava também turva em outras áreas. Nenhuma cópia foi “escaneável” usando OCR, então eu copiei à mão exatamente da forma que ela aparecia no original e verifiquei-a cuidadosamente. Entretanto, a ortografia de alguns dos signatários estava obscura nos originais microfilmados, de tal forma que poderia haver alguns erros nesta versão. Seria interessante que alguém tivesse anotado a lista dos assinantes, de forma que os nomes menos familiares pudessem ser incluídos no contexto. De todo modo, este claramente pertence ao TEXTO COMPLETO daquele documento, para distribuição a tantas pessoas quantas possíveis. Por favor, circule-o entre as pessoas que você pensa que estão interessadas; eu penso que isso diz respeito especialmente àqueles amigos e familiares que ainda são relutantes em criticar o governo israelita.

    Fonte de Informação: Jenny Lipow, Berkeley, CA; John Wheat Gibson

    Transcrição/Markup: Jenny Lipow, Tom Condit, B. Basgen Copyleft: Einstein Internet Archive (Marxists.org) 2002. Permissão garantida para copar e/ ou distribuir este documento segundo os termos da GNU Free Documentation License.

    Tradução de Pedro Castro

    *Publicado na Seção International News da Revista Northstar Compass, Vol 13#9, Toronto – Canadá, Abril 2005

    Este artigo encontra-se em http://www.cecac.org.br

  27. Nassif.

    O texto é totalmente
    Nassif.

    O texto é totalmente pró Israel, visão unilateral que tomou conta de uma boa parte da análise geopolítica do conflito. Acho que por causa das barbariedades do Holocausto, a maioria dos historiadores e analistas tem o preconceito de analisar o enfoque pelo outro lado. Estão “emparedados” e não querem passar a impressão de anti-semitas. Mas a realidade é que o militarismo israelense (pressionado pela próximas eleições) pode até ter uma vitória militar, mas o fosso aumenta entre as comunidades e a solução para a questão fica mais longe. Acho que não tem solução, pois só um “arcanjo da paz” poderá acreditar que estes povos depois de anos se matando podem por fim a isso em um simples acordo de paz, onde todos saiam satisfeitos. A raiz do problema, o estado de Israel. Religioso, racista e unilateral vir a se transformar em uma república laica é uma miragem de um enfermo por falta de água no deserto. Enquando a religião for questão de estado nesta região do mundo, servilharão matanças e tragédias. Outra componente deste quadro, é a posição do Obama (quietinho no Havai), todos nós sabemos a posição dos Cllintons pró-Israel. O que veremos é a repetição da política pré Bush (quase 20 bi de dólares de “ajuda” anual a máquina de guerra israelense e um trocados ao palestinos da turma corrupta do Abbas). Politica de boa vizinhança com as autocracias árabes pró-americanas e jogo duro com os inimigos de Israel. A força centrífuga emanada da campanha de Obama (conversar com os “inimigos”) vai ser posta em xeque logo. Quem viver verá se a lógica dos Clintons irá prevalecerá ou o Obama irá mudar alguma coisa. A ajuda dos Estados Unidos a Israel, garante bons empregos a indústria bélica americana e transfere o apoio dos lobbies pró-Isreal que estavam apostando as fichas nos republicanos, nesta volta dos democratas ao poder. Também é extremamente contraditório ver os petrodólares dos árabes que adquirem títulos do tesouro americano serem usados para financiar indiretamente a matança dos seus irmãos palestinos. Questão complexa que os analistas preferem fechar os olhos e só ver através a bela estrela de Davi.

  28. Caro Roberty

    Interessante
    Caro Roberty

    Interessante tuas colocações. Os palestinos da faixa de Gaza estão lançando mísseis caseiros sobre as próprias terras que lhes pertenciam.

    A reação israelense pode ser entendida como prepotência de descendentes de europeus sionistas e xenófobos.

    Até.

  29. Caros do blog do
    Caros do blog do Nassif

    Eventualmente acesso o portal dos jornais do mundo para avaliar o comportamento dos profissionais “da notícia” .

    http://www.indekx.com/

    Acessei alguns, da Itália, Espanha e Brasil. Acho imperdível o modo como o mesmo fato é mostrado.

    Até.

  30. > DO SITE DA AL
    > DO SITE DA AL JAZEERA

    B’Tselem questions Israeli account of attack

    The Israeli military says it bombed a lorry which Hamas fighters were loading with rockets on Monday.

    But an Israeli human rights group says civilians were killed as they tried to protect their goods.

    Al Jazeera’s Hoda Abdel-Hamid talks to a Palestinian who says the vehicle was his and that it was being loaded with gas canisters by his family.

    FONTE E VÍDEO >
    http://english.aljazeera.net/news/middleeast/2009/01/20091117737115874.html

    Fernando César Oliveira, de Curitiba

  31. Sugiro aos leitores do blog
    Sugiro aos leitores do blog do Nassif que leiam a matéria “É a terra”, publicada no blog do Luiz Carlos Azenha. O texto é encimado por 4 mapas emparelhados que valem por 50.000 palavras. Dizem absolutamente tudo sobre a guerra na Palestina. Leiam também os comentários pertinentes à matéria, inclusive os meus. IMPERDÍVEL, não pelos meus comentários, mas pela matéria como um todo.

  32. LN

    Não me importa mais o
    LN

    Não me importa mais o como e o porquê desse genocídio.

    O que me importa é saber o que o mundo pode fazer para debelar tal tragédia.

    A história desses povos já foi contada e recontada. Não mais há quem a desconheça.

    O que se precisa agora é de uma ação plena, unida e humanitária dos demais governantes do planeta, com o apoio dos povos das demais nações, na busca ferrenha pela paz.

    Caso contrário, nosso blá-blá-blá terá o mesmo resultado que tinham os “urras” do Império Romano, quando cristãos e não cristãos confrontavam-se nas arenas.

    Abraços!

  33. PEREGRINO

    Uma coisa que me
    PEREGRINO

    Uma coisa que me incomoda é ver os estadunidenses serem chamados de AMERICANOS, como se nós outros das Américas fôssemos coisas.

    É muita arrogância e prepotência.

    Recuso-me a usar tal termo, uma vez que ele se estende a todos os moradores das 3 Américas.

    Abraços!

  34. Nada muda por lá e cá
    Nada muda por lá e cá tratando-se desse conflito.

    Às primeiras fotos e notícias que burlam o controle da mídia e mostram uma nesga da realidade genocida praticada, tal qual os misseis nas cabeças dos palestinos, chovem artigos na mídia do primeiro mundo para repercutirem nos perifèricos, e alguns dias depois, não há quem não acredite que o desamparado estado judeu está ameaçado pelos avançadíssimos Qssam e os temíveis estilingues e pedras do povo palestino.

    Cinismo puro na veia.

  35. Enquanto houver o incentivo e
    Enquanto houver o incentivo e apoio dos estados unidos para que políticos corruptos ou pessoas ruins justifiquem suas ações pela religião, jamais o ardor da chama da ira dos ignorantes vai se apagar nessa região…estados unidos, por interesses que sabemos muito bem quais são, sempre fez questão de propagar, principalmente para israelenses, que estar exatamente no mesmo lugar que se estava cinco anos atrás é sinal de fraqueza e empecilho para o desenvolvimento, para a democracia e para a paz mundial! Não é dito bem assim, sabemos, pois requer muita diplomacia, sentimentos nobres, patrióticos, e tudo mais, estas tantas mortes de inocentes, tanta sede de vingança ou de sangue, é a confirmação !
    Aconteceu assim com os índios americanos e acontecerá sempre !
    Bah! Pelo que estamos vendo, 2009 promete novas tribos !!!

  36. http://www1.folha.uol.com.br/
    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft3112200809.htm

    Como é fácil desconsiderar a história dos palestinos, apagar a narrativa de sua tragédia, evitar mencionar uma grotesca ironia sobre Gaza que em qualquer outro conflito estaria entre os primeiros fatos a serem mencionados pelos jornalistas: o fato de que os proprietários originais, legais, das terras israelenses que os foguetes do Hamas agora tomam como alvo vivem em Gaza.
    É por isso que Gaza existe: os palestinos que viviam em Ashkelon e nos campos vizinhos -Askalaan, em árabe- foram expulsos de suas terras em 1948, quando Israel foi criado, e terminaram nas praias de Gaza.

    (…)

    Mas, ao assistir aos telejornais, seria de imaginar que a história começou ontem, que um bando de islâmicos anti-semitas, barbados e lunáticos subitamente irrompeu dos cortiços de Gaza e começou a disparar mísseis contra Israel, um Estado democrático e amante da paz, e por isso atraiu a justa vingança da Força Aérea israelense. O fato de que as cinco irmãs mortas no campo de Jabaliya tenham avós oriundos das mesmas terras cujos proprietários mais recentes as mataram em um bombardeio simplesmente não é mencionado.

    Texto de : Bombardeio de Ashkelon é ironia trágica ROBERT FISK DO “INDEPENDENT”

  37. tenho por opção sempre tratar
    tenho por opção sempre tratar estados unidos como singular, pura tolice, eu sei…mas se um só estado já faz todo este estrago, imagine vários !!!

  38. Pelo que esta nossa imprensa
    Pelo que esta nossa imprensa porca divulga, pelo menos no que já pude ler até agora, fica a impressão de que os israelenses estavam lá na maior paz, sem interferir na vida de ninguém, numa tremenda pureza de sentimentos, e de repente o outro lado começou a disparar mísseis com alto poder de destruição. Ó céus! Pobre Israel ! O que fez pra merecer tanto sofrimento? – é o que pensa nossa imprensa porca?
    Segundo a nossa imprensa porca, pelo menos pelo pude entender até agora do que está sendo divulgado, o outro lado, o povo alegre de Gaza, e que nunca foram incomodados, segundo querem mostrar, não tinha motico algum para tal procedimento, pois Israel nada faz que impeça o seu bem-estar……incrível mesmo! e eu que pensava que esta nossa imprensa porca já tinha esgotado toda sua vontade de mentir e inventar !!!

  39. O genocídio de palestinos por
    O genocídio de palestinos por parte do estado de Israel é apenas um adendo do que vem sendo praticado contra os povos árabes, e também contra os persas, pela infame política externa americana, que se acha no direito de intervir na autodeterminação dos povos, como se fossem os senhores das vontades dos cidadãos do mundo.

    O desvirtuamento total dos princípios de conduta ética de uma nação, embora já viesse se exacerbando, atingiu seu nível máximo intolerável, no governo de Bush. Que passou a desconsiderar as deliberações dos órgãos constituídos pelas Nações, passando a agir como bem lhes apetece.

    E o que aconteceu de imediato? Nada! Absolutamente nada! No seio das quase duas centenas de nações apenas algumas vozes se levantaram contra esta ignomínia. Todas as outras nações assistem impassíveis a esta monstruosidade de conduta, apoiada unicamente no seu extenso poder militar, sem esboçar nenhuma retaliação possível em vários outros campos. Esperam pacientemente que eles mesmos caiam na real…

    O poder da razão foi usurpado pelos falcões da guerra e nenhuma nação impôs retaliações diplomáticas. É assustador a acomodação e o silêncio da grande maioria, mesmo dispondo de recursos de comunicação e informação modernos e rápidos. Mesmo tendo acesso a tudo o que ocorre nos bastidores.

    Israel na ânsia de se estabelecer segue os passos, ou quem sabe até, dita os passos da maior potência bélica do planeta. Nossos governos, nossa mídia, nossos intelectuais não reagem à altura dos acontecimentos.

    Quando o que acontece com nossos vizinhos chegar à nossa porta já será tarde demais para reagir. Nessa ocasião, provavelmente, os silenciosos pragmáticos indignamente se aliarão a força coerciva para usufruir e sugar algumas gotas do sangue dos justos que escorre das suas imundas mãos.

  40. Peguem um mapa de antes de
    Peguem um mapa de antes de 1948 e vejam o que estava escrito sobre o lugar onde agora se lê Israel. Vão encontrar “Palestina”. Não há o que discutir; Israel não deveria existir.

  41. Gabriel,
    Menos, menos…
    Como
    Gabriel,
    Menos, menos…
    Como assim? Não existir?
    JÁ EXISTE E É BOM QUE EXISTA. Acho justo terem um estado, um país deles. Podem contribuir por um mundo melhor.
    Como inumeros judeus contribuem diariamente por um mundo melhor!
    O foco da tragédia não é esse.
    É o radicalismo dos que querem um Eretz Israel bíblico. Esse grande Israel é boa parte dos vizinhos, conforme as escrituras, e se houver paz, impede que continuem construindo na terra dos outros.
    Devolveram Gaza? Para poder fomentar o que se passa hoje, e ter motivo para a faxina.
    Mataram quem era contra, Rabin, lembra? Um deles, eleito, morto por um radical em Tel Aviv, em 1995. Dois anos depois de selar o acordo de Oslo.
    Sinceramente acho péssimo confundir a banda boa com os radicais.
    Não ajuda na discussão e só polariza. Exatamente o que querem os radicais.
    Feliz 2009 !

  42. SO LAMENTO SABER QUE FOI COM
    SO LAMENTO SABER QUE FOI COM O VOTO DO BRASIL QUE SE CRIOU O ESTADO de ISRAEL, documentado , legalizado, enfim, porque não com o voto da CHINA OU MESMO URRSS? necessario seria?, se a terra era a prometida? temos alguns exemplos do quantos eles se sentem mesmo em terras alheias.LEMBRAM -SE! EM SÃO PAULO uma senhora negra tentou sentar-se ao lado da dignissima senhora, num onibus coletivo, pasmem, levou uma tremenda carteirada, ao meu lado não, IMAGINA! o que aconteceu? nada claro! estão esquecendo a origem QUANDO se trata de noticias sobre a devida terra saiam da frente da tela para não serem atinjidos por um missil perdido. E ASSIM QUE EU VEJO.

  43. DEMOCRACIA EM
    DEMOCRACIA EM ISRAEL??????????Desde quando? Foi nesta semana? Fala sério…

    ISRAEL CASSA LICENÇA DE EDITOR
    O Ministério da Indústria e Comércio de Israel revogou, em agosto, a licença comercial de Salé Abassi “para importar livros de países inimigos”. Há mais de 15 anos, em Haifa, Abasi faz o intercâmbio editorial entre os mercados israelense e árabe. “Os livros são uma ponte para a paz, um meio para se acabar com a incompreensão e promover o respeito entre as culturas”, diz o dono da maior editora árabe em Israel, que movimenta 2 milhões de euros e importa mensalmente cerca de 5 mil exemplares de Damasco e Beirute.
    Goebbels ensinou aos neonazifascistas: uma mentira repetida acaba virando verdade….Se aquilo lá fosse democracia eles não teriam levado o terrorismo para a Palestina e nem estariam matando inocentes.

  44. Tuareg, vá explicar aos
    Tuareg, vá explicar aos Palestinos como é justo que desistam do seu lar pelo bem da humanidade. Não tem nada a ver com separar os bons dos maus. A Palestina pertence aos palestinos e tirá-los de lá é uma injustiça histórica. Por quê não doaram um estado americano para criarem o estado de Israel? O Alaska bem que servia.

  45. “A sensação de Israel, de
    “A sensação de Israel, de muros que se fecham ao seu redor, causou na semana passada uma violenta reação.”

    Esta frase diz muito da suposta honestidade intelectual do nobre professor.

  46. Israel como é de praxe para a
    Israel como é de praxe para a maioria dos autores israelenses e ocidentais é sempre a vítima; apesar de Gaza estar sitiada há mais de dois anos (sem alimentos, sem remédios e sem atendimento médico); apesar de todo apoio que Israel recebe da Europa e, principalmente, dos Estados Unidos; apesar dos acordos de paz com Egito e Jordânia e apesar da passividade da maioria dos seus vizinhos árabes diante das barbaridades perpretadas por Israel contra o bravo povo palestino..

  47. Por mais que aparente
    Por mais que aparente puerilidade, torna-se a cada momento irresistivel examinar as semelhanças, até a retorica empregada em defesa da matança é similar.

    A comunidade judaica mudial deve condenar os governantes de Israel , por conduzir o povo hebreu a praticar o que sofreu da Alemanha Nazista.

    Incrivel como voltaram com impeto, palavras do tipo: A questão palestina; tregua não, temos que aniquilar o inimigo; campos de refugiados; guetos com barreiras e controle de transito; a volta do muro.
    Tudo isso lembra algo terrivel. Não demora a reeditarem “A solução Final”, dessa vez contra os palestinos.

    Muito engraçado, o testemunho do brasileiro que se transforma em soldado judeu e convida alguem para ver a angustia das familias com os poderosos misseis do Hamas.
    É…muito interessante…entendo, os palestinos certamente não tem familia.

    No entanto, temos que dizer, Israel pratica Terrorismo de Estado, e, reedita as mesmas ações da alemanha nazista.

    Orlando

  48. Massacre em Faixa de
    Massacre em Faixa de Gaza

    por André Gattaz

    Israel iniciou no último sábado (27/12) o que seu governo vem considerando “a última ofensiva” contra o Hamas, acusado por Israel e Estados Unidos de ser um grupo “terrorista”. Nos três primeiros dias de violentos ataques aéreos, os mortos já passam de 300, e os feridos já são mais de um milhar, incluindo centenas de crianças e mulheres não envolvidas em atividades militares. Além disso, milhares de reservistas israelenses foram convocados, e o Exército vem concentrando tropas e tanques na fronteira com a Faixa de Gaza, preparando-se para uma incursão terrestre. É certamente – pelo menos no que diz respeito ao numero de mortos entre os palestinos – a pior ação israelense desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

    O pretexto usado pelo governo sionista para deslanchar mais este ataque contra a população palestina foram os foguetes caseiros disparados por militantes do Hamas contra as cidades ao sul de Israel. Há porém um grave problema nesta afirmação: não leva em consideração que os foguetes disparados pelo Hamas não são a origem do problema, mas uma reação à continuada e ilegal ocupação sionista da Palestina. Além disso, há de se considerar que nos últimos quatro anos (desde o fim da Segunda Intifada), os foguetes palestinos causaram a morte de oito civis israelenses, enquanto os constantes bombardeios à Faixa de Gaza deixaram mais de 1.500 palestinos mortos e mais de 5.000 feridos. É o que se chama, em linguagem diplomática, “reação desproporcional”…

    Desproporcional e contraproducente. Sob o ponto de vista da política realista, não é inteligente atacar com tamanha violência um povo que luta para se libertar (como a farta história das lutas anti-coloniais o confirma). Embora em curto prazo o resultado possa satisfazer a opinião pública israelense – pois certamente cessarão os ataques com foguetes contra as cidades ao sul de Israel – o resultado em longo prazo tende a ser o oposto, uma vez que a mais esperada conseqüência do massacre da população palestina e destruição de sua sociedade e seu país é a radicalização. A cada líder ou membro do Hamas morto por Israel, outros militantes surgirão. A cada criança ou mulher inocente morta por Israel, maior será a sede por vingança.

    Guerra e Política
    Neste sentido, o ataque a Gaza explica-se mais pela dinâmica da política israelense do que sob o ponto de vista militar – lembra-se que foram convocadas eleições legislativas em Israel para o início de fevereiro, e as pesquisas indicam ampla liderança da extrema-direita capitaneada pelo ex-primeiro ministro Benjamin Netanyahu. Assim, o triunvirato formado por Ehud Olmert (primeiro-ministro), Ehud Barak (ministro da defesa) e Tzipi Livni (ministra das relações exteriores e, aparentemente, ex-futura-primeira-ministra), decidiu por uma jogada bastante comum na política israelense: a radicalização do conflito com os palestinos com o conseqüente “endurecimento” da ação militar – vendida à opinião pública israelense como uma “reação firme contra o terrorismo palestino”. O trio Olmert-Barak-Livni, assim, tem pouco mais de um mês para mostrar a correção de suas políticas – e, prevendo-se a óbvia diminuição do lançamento de foguetes palestinos contra Israel, pode-se estimar que o massacre ora empreendido em Gaza acabe por salvar a atual coligação no poder, levando a águia Tzipi Livni a assumir a cadeira de primeira-ministra.

    Deve-se considerar ainda, entre os fatores que pesaram para desencadear a operação, a proximidade da troca presidencial nos Estados Unidos, a ocorrer no dia 20 de janeiro. Aparentemente, pouco mais de 20 dias é do que o exército israelense precisa para “liquidar o Hamas”, restando outros tantos dias para o governo israelense beneficiar-se da ilusória sensação de vitória.

    Pária internacional
    O Estado de Israel apresenta-se hoje como o país que demonstra o maior desprezo pelo Direito Internacional e pelos Direitos Humanos. Em seus 60 anos de existência, poucos foram os momentos em que foi buscada a convivência harmoniosa com seus vizinhos árabes, enquanto os períodos de vilania predominaram em quase todos os governos sionistas, fossem de “esquerda” ou de direita. Seu futuro é duvidoso. Falta-lhe moral, falta-lhe humanidade, falta-lhe a memória para recordar o que sofreram os judeus nas mãos dos nazistas nas décadas de 1930 e 1940.
    Israel é hoje o mais desprezível dos países.

  49. Realmente,
    Texto tendencioso
    Realmente,
    Texto tendencioso travestido de “isento”. Passa a falsa imagem de que os Palestinos, bestializados pela política genocida de Israel, são culpados pelo conflito. Despreza o fato de que os rojões caseiros do Hamas são uma resposta ao bloqueio criminoso inflingido por Israel(uma clara demonstração de que uma incursão militar não tardaria).
    De Fato Ahmadinejahd nunca ameaçou Israel de destruição. Como sempre acontece a imprensa ocidental pegou um comentário descontextualizado( e mal traduzido) e usou-o para tornar o líder iraniano “ameaçado”
    Porém o pior do texto é tentar estabelecer algum tipo de simetria entre o “poderio militar” do Hamas, notadamente representados por “rojões de fundo de quintal” e o poderio de Israel com os seus mísseis teleguiados, helicópteros Apache e os F-16. Chega a ser risível e acredito que nem mesmo uma criança ingênua cairia nessa falácia.

  50. Uma visão diferente do
    Uma visão diferente do conflito:

    Fonte: http://www.videversus.com.br/index.asp?SECAO=86&SUBSECAO=0&EDITORIA=12004

    Luis Milman, jornalista e doutor em Filosofia, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, preocupado e abismado com as reações de governos e da mídia internacional a partir da ação desenvolvida por Israel na Faixa de Gaza, território controlado pela organização terrorista Hamas, desde o ano passado, escreve o artigo a seguir para esclarecer aspectos importantes da questão, que não são considerados. Leia o artigo de Luis Milmam:

    “Desde o início da ofensiva de Israel contra o Hamas, na Faixa de Gaza, no último sábado, dia 27 de dezembro, a mídia ocidental vem relatando as operações israelenses com base em pressupostos flagrantemente aparvalhados. Coincidentemente, estes pressupostos são os mesmos que pautaram as primeiras manifestações oficiais de condenação moderada lançadas contra Israel, por governos de nações importantes, logo no primeiro dia ofensiva, quando pouca ou quase nenhuma informação sobre a real dimensão das operações israelenses eram conhecidas. As manifestações da França, Rússia, Japão e China, exortavam Israel a interromper suas ações em Gaza. Ao invés de condenarem os ataques do Hamas, que iniciaram ainda em novembro e quebraram o cessar-fogo, a retórica destes países partia de duas premissas equivocadas: Israel estava respondendo aos ataques de forma desproporcional e, por isso, elevando o número de vítimas civis. (…)

    Veja o restante no site.

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