A morte do embaixador americano na Líbia

Do Valor

Embaixador dos EUA é morto em ataque na Líbia

TRÍPOLI – O embaixador dos Estados Unidos na Líbia, Chris Stevens, foi morto em um ataque contra o consulado americano na cidade de Benghazi, no leste do país, informaram autoridades dos dois países nesta quarta-feira. Stevens e mais três americanos morreram, em um ataque realizado por manifestantes furiosos com um filme que insultaria o profeta muçulmano Maomé.

Funcionários líbios disseram que o embaixador americano morreu na noite de terça-feira, quando ele e um grupo de funcionários da representação diplomática foram ao consulado tentar retirar o pessoal que estava ali. Os manifestantes dispararam foguetes e granadas.

Segundo a rede Al Jazeera, Stevens morreu por causa da fumaça gerada pelos ataques. A emissora do Catar cita o Ministério do Interior e fontes do setor de segurança da Líbia. O vice-premiê líbio, Mustafa Abu Shagur, condenou o “covarde ato” contra os diplomatas. Os corpos devem ser levados a Trípoli e depois a uma base americana na Alemanha.

Também na terça-feira, manifestantes fizeram um grande protesto contra o filme no Cairo, retirando a bandeira americana da embaixada dos EUA e colocando no lugar uma bandeira islâmica negra. Os incidentes ocorreram no dia em que os americanos lembram os atentados de 11 de setembro de 2001.

De acordo com a Al Jazeera, o filme que está no centro da discórdia foi feito por Sam Bacile, um cineasta israelense que estaria escondido. Em entrevista à Associated Press, Bacile lamentou a violência contra a embaixada. O cineasta disse que fez o filme, chamado “Inocência dos muçulmanos”, como uma provocação política, mas afirmou que não previa uma reação furiosa à obra. Segundo Bacile, o filme foi promovido em seu site e em algumas emissoras de TV, não identificadas. O filme não teria sido mostrado integralmente e por enquanto o diretor rejeitou as ofertas de distribuição.

(Associated Press)

Luis Nassif

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