Acordo UE/Mercosul sem perspectiva de desfecho rápido

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Onda antiglobalização reduz chance de acordo no curto prazo; rodada de negociações está prevista para amanhã e sexta

Foto: Rr Gimenez via Wikipedia

A nova rodada de negociações entre a União Europeia e o Mercosul, prevista para começar amanhã, não apresenta um prognóstico de desfecho rápido.

Para analistas ouvidos pelo Sputnik Brasil, o principal ponto de entrave é a falta de apetite dos europeus para que novas medidas de liberalização comercial sejam realizadas.

Caso o acordo entre os dois blocos seja aprovado, ele criaria uma das maiores áreas de livre comércio do mundo, representando 20% da economia mundial e cerca de 720 milhões de pessoas.

Uma rodada de negociações está prevista para ocorrer entre os dias 05 e 06 de setembro, mas as conversas estão paralisadas desde fevereiro por conta da França (principalmente por conta do enfraquecimento político do presidente Emmanuel Macron) e das exigências de sustentabilidade impostas pela Comissão Europeia, como a taxação de itens brasileiros que gerem CO2.

Em reunião com o presidente italiano, Sergio Mattarella, em agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou o interesse brasileiro em fechar o acordo, mas destacou que a taxa imposta pela CE é unilateral e pode atingir cinco dos 10 itens mais vendidos para a Itália.

No caso específico de Macron, os analistas destacam que a oposição do presidente francês ao acordo com o Mercosul está mais relacionada com uma tentativa de apaziguar os movimentos antiglobalização no país do que efetivamente uma posição ideológica.

A influência dos movimentos antiglobalização ficou mais clara nos resultados das últimas eleições para o Parlamento Europeu, quando os partidos ligados à extrema-direita (contrários a um aumento da integração) conquistaram espaço.

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1 Comentário

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  1. Já fui um entusiasta do acordo Mercosul-UE, sem desmerecer a importância do acôrdo, mas observando os rumos da economia mundial, acredito que, pelo menos para o Brasil, o acôrdo com a China no projeto BRI (ROTA DA SEDA) é mais promissor. Como está ficando cada vez nais evidente, a UE está presa no rabo de foguete avariado dos EUA.

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