Barreira em Brasília reflete país dividido, diz jornal francês

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Militância também tem comprometido relacionamentos pessoais, diz jornal
 
Jornal GGN – A barreira erguida em frente à Câmara dos Deputados, em Brasília, como forma de separar os manifestantes pró e contra a presidente Dilma Rousseff reflete “uma sociedade dilacerada”, diz o jornal francês La Depeche.
 
Pouco antes da votação que pode influenciar o futuro do país, o muro foi erguido à pressa pelas autoridades para evitar confrontos entre os dois campos. Mas o jornal também aponta os relacionamentos pessoais que foram prejudicados pela polarização política.
 
Os defensores do impeachment culpam Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela crise econômica e o escândalo de corrupção em torno da Petrobras, enquanto aqueles que são contra o processo afirmam que “um golpe” está em andamento e que as chamadas pedaladas fiscais não são motivo para impeachment.
 
Mas a matéria também destaca o impacto dos debates políticos nos relacionamentos pessoais, citando o editor Carlos Conrado, que se encontra concentrado em um acampamento de militantes pró-impeachment, onde diz que ele já perdeu contato com 15 pessoas nas redes sociais, e que alguns tios não falam com ele.
 
Apesar dos embates ideológicos, ambos os lados mostram-se relutantes com os próximos passos na cena política. De acordo com o La Depeche, alguns dos militantes pró-impeachment “estão relutantes à idéia de que o vice-presidente Michel Temer, ex-aliado de Dilma e suspeito de estar envolvido com contratos de etanol ilegais, assuma o cargo, como previsto no caso de impedimento. Eles também enfrentam Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados e grande arquiteto do processo de impeachment, e acusado de ter recebido milhões de dólares em subornos sob o escândalo Petrobras”.
 
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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  1. A má-fé da imprensa francesa

     “Uma sociedade dilacerada”, diz o jornal francês La Depeche (La Dépêche du Midi, com certeza). Na França existe 5 journais com o nome “La Dépêche” (de uma região qualquer) e todos são jornais regionais de segunda ou de terceira categoria. Não entendo o interêsse em publicar uma manchete de um tal pasquim. É dar importância demais à tradicional má-fé dos jornalistas franceses quando se trata de falar (sempre mal) do Brasil.

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