Casa Branca define como terrorismo atos na Virgínia, e prefeito culpa Trump

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Chip Somodevilla/Getty Images

 

Da Agência Ansa

Os confrontos entre supremacistas brancos e pessoas que militam contra o fascismo em Charlottesville, na Vírgínia, nos Estados Unidos, foram definidos neste domingo (13) pelo conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, H. R. McMaster,como atos de “terrorismo”.

“Cada vez mais se cometem ataques contra as pessoas para incitar o medo, o terrorismo”, disso Mc Master, em entrevista ao canal ABC. “Condenamos os supremacistas brancos, os racistas e os grupos nazistas”, acrescentou o conselheiro, após o presidente norte-americano, Donald Trump, ser duramente criticado, por republicanos e democratas oor seus comentários e sua inação em relação ao ato.

 
A manifestação, que reuniu mais de mil pessoas, provocou a morte de três pessoas: uma mulher, que foi atropelada por um carro, e duas que estavam a bordo de um helicóptero da polícia, que caiu na região. Em entrevista coletiva, Trump culpou “vários lados” pela violência, sem condenar explicitamente os grupos neonazistas.
 
“Condenamos, nos termos mais firmes possíveis, essa exibição atroz de ódio, fanatismo e violência procedente de vários lados. O ódio e a divisão devem parar agora. Temos que nos unir como norte-americanos, com amor à nossa nação”. O presidente não respondeu às perguntas de jornalistas que questionaram se ele considerava o atropelamento de manifestantes antirracistas um ato de terrorismo.
 
“Não vou poupar palavras. Atribuo grande parte da culpa do que está acontecendo hoje no país à Casa Branca e ao entorno do presidente”, afirmou o prefeito de Charlottesville, o democrata Michael Signer.
 
No Twitter, o senador republicano pela Flórida Marco Rubio afirmou que é “muito importante para o país que o presidente descreva os eventos em Charlottesville como eles são: um ataque terrorista de supremacias brancos”.
 
Centenas de nacionalistas iniciaram um protesto na noite de sexta-feira (11) contra a remoção de uma estátua de Robert E. Lee, um general confederado da Guerra Civil norte-americana. Entre os grupos estavam neonazistas, que entraram em confronto com manifestantes antifascistas e antirracistas.
 
Durante o ato, um motorista, identificado como James Fields, de 20 anos, atropelou diversos ativistas antirracismo, matando uma mulher e deixando ao menos 15 feridos. O homem foi detido, sob suspeita de homicídio. O caso é investigado pelo FBI (Federal Bureau of Investigation, a Polícia Federal norte-americana).

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

7 Comentários

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  1. Podem dizer o que quiserem

    Podem dizer o que quiserem dos EUA mas crimes como esse do sujeito que atropelou são enfrentados, são punidos, são combatidos! Aqui estamos vendo praticamente o mesmo levante dos nazi-fascismo, com suas demonstrações de intolerância racial, religiosa e de gênero e não estou vendo a resistência que vimos nos EUA! O Brasil mostra com seu preconceito contra tudo quem vem dos EUA e com seu preconceito contra suas próprias origens que é realmente bem pior que os EUA!

  2. “O presidente não respondeu

    “O presidente não respondeu às perguntas de jornalistas que questionaram se ele considerava o atropelamento de manifestantes antirracistas um ato de terrorismo”:

    Porque nao considera mesmo:  notemos que quem classificou de “terrorismo” foi “a Casa Branca”, nao “o presidente”.

  3. EUA e o nazi-fascismo

    Milhões de seres humanos morreram durante a II Guerra Mundial para combater o fascismo e o nazismo. Nesses milhões de mortos, milhares eram norte-americanos.

    Os EUA usam a violência para dominar e destruir nações, essencialmente como Hitler fez.  Valores nazistas e fascistas são cultuados por grupos norte-americanos e inclusive pelo próprio presidente.

    Não conheço nenhuma manifestação de revolta dos descendentes de militares dos EUA mortos na II Guerra.

  4. Trump não vai repudiar o ato
    Trump não vai repudiar o ato terrorista porque isso seria uma traição ao movimento nazifascista AltRight que o apoiou fortemente durante sua campanha e uma traição a seus eleitores que encontraram em Trump o representante ideal para suss convicções racistas, nazifascistas.

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