Cristina Kirchner encarna a consagração da vontade do povo argentino sobre interesses dos barões da mídia local
Comentário sobre a fatura liquidada: nem Clarín, nem grupos opositores, tampouco o despeito elitista de O Globo, Veja, Estadão e congêneres conseguiram evitar a acachapante vitória da esquerda argentina, personificada em Crsitina Kirchner, muito menos os adjetivos pouco respeitosos para com uma chefe de estado vizinho, como fizeram os meios de comunicação brasileiros, em geral, diminuem a consagração da vontade do povo da Argentina, que tem mantido forte sintonia com a vontade dos povos, majoritariamente, sul-americanos neste século.
Uma Argentina sem surpresas – e sem oposição
Não houve nenhuma surpresa, e a grande curiosidade, até tarde da noite do domingo, 23 de outubro, era saber qual a porcentagem de votos que daria a Cristina Fernández de Kirchner uma das mais estrondosas vitórias da história da Argentina. Havia, é verdade, outra curiosidade: quanto por cento do eleitorado faria a glória do médico Hermes Binner, que até maio ou junho mal roçava a casa dos 3% nas pesquisas e se consolidou como segundo mais votado, deixando para trás, desnorteadas, as figuras um tanto anêmicas de Ricardo Alfonsín, da União Cívica Radical, e Eduardo Duhalde, da dissidência direitista do peronismo?
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