Do Estadão
NOVA -YORK -Com quase 50 pontos de vantagem, com 99% das urnas apuradas, o democrata Bill de Blasio venceu a eleição para a prefeitura de Nova York, recolocando o partido no poder da maior cidade dos EUA, após 20 anos. A diferença sobre o republicano Joe Lhota foi tão grande que, antes mesmo do início da apuração, agências e emissoras de TV já deram como certa sua vitória. A contagem final dava 73% dos votos a De Blasio e 23% ao republicano Joe Lhota.
“Meus concidadãos nova-iorquinos, hoje vocês falaram alto e com clareza sobre a nova direção que querem para nossa cidade”, disse o prefeito eleito em seu discurso da vitória. “Não se enganem. O povo da cidade escolheu um caminho progressista e nós, juntos, o colocaremos em prática.”
Durante o dia, De Blasio fez um último apelo para tentar convencer a população a ir às urnas, defendendo que uma ampla vitória lhe renderá capital político para promover as mudanças prometidas em setores como segurança pública e redução da pobreza.
“No processo político, quanto mais apoio você ganha em uma eleição, mais capacidade você tem para alcançar seus objetivos”, disse o candidato democrata a jornalistas, enquanto visitava um centro para idosos no Bronx. “Um resultado forte nos ajudará a fazer o trabalho.” Ele votou nesta terça-feira no início da tarde.
Eleito, De Blasio terá agora duas batalhas pela frente, anunciadas por ele desde o início de sua campanha: mudar a estratégia de abordagem e revista de suspeitos adotada pela polícia – a qual, segundo críticos, muitas vezes expõem preconceitos raciais – e ampliar impostos sobre as classes mais altas para ajudar a financiar a educação fundamental da cidade. Em ambas as frentes, ele terá de contar com firme apoio da Câmara de Vereadores.
Lhota, seu adversário, manteve intensa sua campanha até o fim. Nesta terça, ele relembrou os nova-iorquinos da inesperada vitória de Harry Truman sobre o favorito Thomas Dewey, na eleição presidencial de 1948. “Vocês terão uma surpresa agradável”, disse.
Para permitir que os nova-iorquinos pudessem conciliar os horários de votação com a rotina de trabalho, as seções eleitorais abriram às 6 horas (9 horas em Brasília) e fecharam às 21 horas, quando imediatamente teve início a apuração dos votos. Segundo dois especialistas citados pelo New York Times, a expectativa era que o comparecimento às urnas variasse entre 1,1 milhão e 1,5 milhão, em um universo de 4,3 milhões inscritos para votar.
Reduto. Embora Nova York seja um reduto democrata em nível nacional, o partido estava longe da prefeitura desde a eleição do republicano Rudolph Giuliani, em 1994. Em 2002, ele deu lugar a Michael Bloomberg, que, posteriormente, deixou os republicanos para se tornar independente.
Aos 52 anos, De Blasio já foi vereador e defensor da cidade de Nova York, cargo criado em 1993 para servir como uma interface entre a população e o prefeito, sendo o segundo na linha de sucessão do Executivo municipal, na época.
Irreverente, descendente de italianos e alemães, é tido como progressista, casado com uma mulher negra, seis anos mais velha do que ele – à época em que se conheceram, ela tinha um relacionamento estável homossexual. Nos anos 80, De Blasio chegou a viajar para a Nicarágua sandinista para denunciar a política de Ronald Reagan na América Central.
Na campanha, o democrata escolheu como seu cavalo de batalha a luta contra a crescente desigualdade social em Nova York. De Blasio quer aumentar para 4% os impostos sobre nova-iorquinos que faturam mais de US$ 100 mil por ano, arrecadação que será investida em educação para crianças com menos de quatro anos. Ele também promete construir 200 mil unidades habitacionais para pobres e melhorar a rede hospitalar da cidade. / NYT
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os de cá
Governança em NY, tudo que higienópolis detesta!
No Domingo último esse De
No Domingo último esse De Blasio, como não poderia ser de outra forma, foi malhado no MC por Lucas Caio e Ricardo, que o chamaram de; advinhem, populista e demagogo.
De ex-lésbica a 1a. dama de NY!
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Agora que o Heráclito e o
Agora que o Heráclito e o Bornhausen deixaram o DEMOcratas, os caras começam recuperar terreno.
Talvez eles sejam os ‘ponta de lanças’ da criação da Rede nos esteites.
rarrrarraráaa