Enquanto se pensa na Lava-Jato a Europa pode implodir, por Rogério Maestri

por Rogério Maestri

Mais ou menos às 5:23 do horário Britânico 91,4% dos votos do Referendum Brexit (que significa Britânicos fora da Europa) a votação para sair da  Comunidade Económica Europeia estava em 48,1% para ficar e 51,9% para sair, como estes valores se mantêm desde 50% dos votos apurados não é de se esperar que haja uma mudança significativa e no máximo em dois anos a Inglaterra estará totalmente fora da Comunidade.

O que vai causar isto, ninguém sabe direito, porém as opiniões de economistas e políticos em geral que boa coisa não vai acontecer, um termômetro da situação é que no momento em que se configurou a vitória do Brexit a Libra começou a cair nos mercados orientais atingindo o menor valor em 30 anos.

Mas se isto ficasse só na saída da União Europeia o dano não seria tão grande, porém os desdobramentos podem ser muitos, a Escócia que a menos de um ano fez um referendo para sair da Inglaterra e onde o voto favorável a ficar foi quase 63% já pensa em realizar novo referendum para sair da Inglaterra!

Os desdobramentos são vários, todos os velhinhos ingleses que estão na costa mediterrânea da Espanha e França, vão virar ilegais da noite para o dia. Provavelmente não vão ser expulsos, mas os tratados de assistência médica eles perdem.

Tem mais desdobramentos nos outros países em que partidos de extrema direita pedem a saída da comunidade, mas isto já é bem mais longo e merece tratamento bem mais profundo.

Redação

26 Comentários

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  1. Muito bem lembrada a situação de milhares de aposentados

    britânicos que compraram casas na França (sud-oeste e sudeste), Espanha e Portugal. Realmente a pressão dos municípios (que em alguns casos dependem muito dos gastos destes) impedirá qualquer problema na permanência. Mas a cobertura de saúde deixará em algum momento de existir: como resolver isso se são pessoas que, por ter mais idade, “custam” mais ao sistema público, já deficitário pelo envelhecimento da piramide de idades…

    Mas o maior impacto será sobre a City (centro financeiro) e a cidade de Londres: os bancos que lá trabalham não são britânicos no seu controle, e menos ainda no foco dos seus negócios. Vão ficar em Londres? Pouco provável por que terão dificuldades regulatórias em todos os negócios envolvendo a U.E.. Iriam para a Suíça, mas os resultados das últimas “votations” foram contra os acordos feitos com a U.E. sobre livre circulação de pessoas, permissão de trabalhares para estrangeiros, etc…

    Se os bancos se espalharem entre Paris e Frankfurt, o impacto será positivo para França e Alemanha, sem criar grandes problemas com os demais membros da U.E. Mas se se concentrarem em Frankfurt, os demais países da U.E. vão começar a perceber que U.E. e Euro só servem os interesses da Alemanha. Aí podemos esperar novo crescimento dos partidos anti-establishment e anti-U.E. Com outros plebiscitos, novos exit, e o fim melancólico do ideal europeu…

    Tempos difíceis para todos.

    1. Pois é

      A desconfiança com relação à UE não parou de aumentar desde a crise de 2008-2009, que até hoje se arrasta na Europa.

      O projeto da UE começou logo depois da Segunda Guerra Mundial, visando aumentar a integração entre países da Europa, para evitar novos conflitos como os que arrasaram o continente. Durante muitos anos, a população, que sofreu as consequências das guerras, apoiou esse projeto; para eles, abrir mão de parte de sua autonomia em prol de um sonho que prometia o fim dos conflitos armados era totalmente justificado.

      Hoje no entanto a Segunda Guerra é uma lembrança distante, ninguém mais está disposto a sacrificar seu bem-estar para ajudar outro país europeu com base numa ideia que não significa nada para grande parcela da população.

      Com certeza as medidas impopulares tomadas para salvar os grandes bancos europeus e sacrificando países como Grécia, Chipre, Espanha e Portugal, não fizeram nada para aumentar o apoio à União Europeia.

      Triste fin d’un rêve…

    1. Pura besteira, quer surfar na onda.

      A campanha a favor do Brexit foi capitaneada pela extrema direita inglesa (racista) e pela direita (também racista), e o que levou as pesquisas de opinião errarem feio nas previsões foi a vergonha das pessoas declararem seu voto a favor da separação.

      Este papo de ser contra o autoritarismo parece não ter o mínimo sentido, ja a austeridade a Inglaterra por não estar na zona do Euro não sofria as limitações que os países do Euro sofria, logo surfavam na independência da moeda não precisando se sujeitar as restrições de Bruxelas.

      O grego aí está forçando o barra e talvez só os Italianos vão lhe dar conversa.

  2. A Inglaterra abriu mão de grande parte de sua indústria ….

    A Inglaterra abriu mão de grande parte de sua indústria favorecendo principalmente o setor financeiro, este setor se o resto da Europa quiser criar problemas, e parece que eles vão querer, vão migrar para outros países.

    Tudo isto porque partidos de extrema direita racistas e chauvinistas não queriam emigrantes.

    A previsão é de queda ainda maior da importância do Reino Desunido na economia mundial, principalmente se a Escócia que já 40% em 2014 haviam votado pela separação da Inglaterra cair fora.

    Os escoceses continuaram no Reino Desunido principalmente porque havia o contraponto da União Europeia contra os Ingleses. Agora saindo da zona de livre mercado fica mais simples eles se desligarem do Reino e migrarem para a União Europeia.

    Agora o mais interessante é o caso da Ucrânia, brigaram com os Russos, perderam a Crimeia, colocaram um monte de verdadeiros fascistas no governo e não entraram na União Europeia. Quando o inverno chegar vão ter que pedir penico para os Russos ou morrem de frio.

    Talvez o maior ganhador com tudo isto foi Putin, que se firma como um líder europeu (e a besta do Serra quer brigar com os Brics!).

     

    1. Sem dúvidas, Putin tem ganho todas as suas

      lutas diplomáticas com os ocidentais recentemente:

      – virou o jogo na Síria, dando novo folego ao Assad, que lhe será devedor eterno,

      – forçou os ocidentais a lutar de fato contra o E.I., enquanto este é cria da CIA, da Arábia Saudita e sócios do Golfo, com isso dando mais peso local ao Irã, que é a última coisa que os ocidentais queriam,

      – está esperando sentado e rindo a Ucrânia, que perdeu Sebastopol, que os Russo devolverão nunca, pedir o penico para passar o inverno,

      – conseguiu mitigar as consequências econômicas e portanto políticas da queda vertiginosa dos preços do petróleo, orquestrada  pelos EUA, Arábia Saudita e sócios do Golfo, 

      e deve ter outras que nos nem ouvimos falar!

      1. ” Larjan “

            A FN em 2014 admitiu que conseguiu com o Tzar Volodya ( o Putin ), intemediado através de Praga ( First Czech Russian Bank ), a quantia de 10 Milhões de Euros para finaciar a campanha, agora Wallerand Saint – Just o tesoureiro da FN, confirmou que a “Loira” já entrou com novo pedido de financiamento para Volodya, para a campanha de 2017, no valor de 25 Milhões de Euros.

             Existem varias suspeitas, que Volodya tambem já tenha financiado ou financia, outros partidos da extrema direita européia, como Jobbik na Hungria, Golden Dawn da Grécia e até a LN italiana.

  3. Pode mudar toda regra do jogo

    Pode mudar toda regra do jogo global. Pode tornar as privatizaçõe brasileiras negocinhos de um brechó qualquer ou de um mercado de pulgas. Já pensou nisso, Temer? PMDB, PSDB?  “E agora, José? O joogo acabou, a festa acabou,,,,”

  4. Guerra à vista!

    Sem a União Européia, resultado da compreensão dos milhões de mortos e dos escombros deixados pela 2ª grande guerra mundial, as disputas entre capitalistas fronteiriços – acaba quase sempre em bala…

    Não foi um bom augúrio…

  5. Salve McÉcio . . . . .

    “A Escócia que a menos de um ano fez um referendo para sair da Inglaterra e onde o voto favorável a ficar foi quase 63% já pensa em realizar novo referendum para sair da Inglaterra!” . . . . O NÃO RECONHECIMENTO DO REFERENDO ANTERIOR, é fortemente conduzido pelo escocês McÉcio . . . . . 

  6. Não vai explodir
    A Europa não está, nem vai explodir, é só o Reino Unido, que por sinal nem aderiu ao Euro, que está se retirando, o ex império onde o sol nunca se punha já vai tarde.
    Quem pode explodir é o R. U. com a possibilidade de saída da Escócia e a bem vinda adesão desta a zona do euro.
    Quem poderá se prejudicar com o isolamento da ilha é a Inglaterra, o isolado arrogante, o resto será apenas uma grande onda especulativa que mais uma vez vai tirar dinheiro das sardinhas para entregá-lo aos tubarões, como é próprio do sistema capitalista desregulado.
    O resto é publicidade dos esqualos.

    1. Tô contigo. A Inglaterra vai

      Tô contigo. A Inglaterra vai ter que arcar com um custo alto, de perder inclusive a Escócia e assistir, provavelmente, uma reaproximação das Irlandas, favoráveis à permanência e/ou aproximação com a UE. Além disso vai ter que arcar com a resposta dura da Comissão Europeia – sobretudo das duas principais economias, França e Alemanha – determinada a desmotivar algum outro pretendente abusado. Não sei, não; ainda acho que o Reino Unido vai tentar achar algum meio de contornar o veredito. Aguardemos.  

    2. Nada diz que não!

      Há no mínimo uns cinco ou seis movimentos nacionalistas europeus que a simples existência de uma comunidade única traçando leis que podem ou não ser positivas incomodam em muito estes grupos.

      Mesmo movimentos altamente democráticos mas de tendência regional podem por analogia saída do UK começarem a pensar em fragmentação da Europa.

      A concepção original do mercado comum foi para acabar com as guerras que sucediam entre os povos europeus, a medida que o livre movimento das pessoas cria um espírito de solidariedade nas novas gerações que impedem ímpetos guerreiros.

      Se vê claramente que quem tem resistência a uma Europa única e unida são exatamente grupos que foram deixados de lado no desenvolvimento europeu, como as classes trabalhadoras industriais. Perderam a noção de solidariedade proletária com a queda dos partidos comunistas europeus e esta não foi substituída por nada.

      Se a Europa não equacionar a integração destes movimentos operários voltamos a situação do pós primeira guerra, quando tanto os fascistas italianos como os nazistas alemães aproveitaram das imensas massas que foram deixadas ao lado para fazerem suas “squadras” ou “SA”.

      A grande saída da Europa seria uma espécie de um plano de aumentar a mobilidade vertical deixando de lado a cínica e ineficiente meritocracia do ensino superior europeu.

      1. Modesto

            Alem de 5 ou 6 : PiS ( Polonia ), FPÖ ( Austria ), PVV ( Holanda ), DFP ( Dinamarca ), JOBBIK ( Hungria ), UKIP ( Reino Unido ), Generation Identitaire ( Bélgica – francesa ), VB ( Bélgica – flamenga ), todos estes bem votados, alguns com representação párlamentar forte, inclusive um é governo, o PiS polonês.

             Mais fracos, mas crescentes, violentos e euroraivosos : DSSS ( Rep. Tcheca ) e PRM ( Romenia ).

             Nem vou ao sul ou aos Balcãs, onde existem tambem organizações de extrema direita fortes, e todas elas atuando em conjunto, enquanto as esquerdas parecem amis perdidas do que cachorro que caiu da mudança.

          1. Sem uma união fiscal-tributária a União Europeia é instável

            É corrente que as dificuldades da União Européia derivam basicamente da falta de um sistema fiscal-tributário unificado. Assim a moeda única, gerenciada pelo Banco Central Europeu favorece a Alemanha, que não quiz abdicar de seu privilégios por uma maior integração.

            Agora Inês é morta.

            A porteira está arrombada.

            O custo será muito maior para a real unificação, se é que ocorrerá.

  7. E essa situação apanha o

    E essa situação apanha o Brasil em seu pior momento, em plena ascensão do provincianismo de Temer e Serra, ambos incapazes de responder aos desafios doravante impostos. O Brasil tá lascado com essa turma da província de São Paulo.

  8. Brexit
    UMA NOVA EUROPA?
    “A luta pelo reconhecimento tornou-se rapidamente a forma
    paradigmática de conflito político no fim do século XX”
    (Nancy Fraser, Justice Interruptus, 1997)

    O plebiscito de 23 de junho, no Reino Unido (UK), que aprovou a saída daquele país da União Europeia não pode ser visto apenas como uma vitória política da direita, como noticia intimidadoramente grande parte da mídia. Nem mesmo se atribua, embora possa ter sido uma motivação, a onde migratória que atinge todo o continente ou à insularidade britânica.
    Há um enorme hiato entre o discurso ideológico e político, prevalecente desde as últimas décadas do século anterior e a dura realidade cotidiana dos trabalhadores e dos assalariados em geral.
    Os mais recentes estudos sociais, políticos e sobre as instituições vigentes ressaltam não apenas a incapacidade de resposta quer do Estado quer do mercado às demandas das populações do século XXI, como as falhas dos diagnósticos com as visões, métodos e princípios que prevaleceram em quase todo pensamento do século XX.
    No editorial de Le Monde, seu diretor Jérôme Ferroglio afirma que “o pior será continuar como antes”.
    Sem intuito dogmático, apenas reproduzindo as reflexões da Teoria Crítica e da sociologia mais atual, o processo de globalização, restrito a algumas áreas comerciais e adotado amplamente pelo capital financeiro, pode ser identificado como a verdadeira causa do que “não pode continuar”. O Brexit e as numerosíssimas manifestações de protesto que assolam a Europa são o testemunho do descontentamento.
    Mas o interesse da poderosa “banca”, o sistema financeiro internacional, se espalha pelos veículos de comunicação de massa, pelas manifestações de políticos, analistas e mesmo pelas academias. Recentemente, na mesma Inglaterra do plebiscito, professores do Imperial College e de outros notáveis centros de estudo econômico do UK promoveram um manifesto em favor do ensino da economia, que, segundo eles, havia sido substituído naquelas escolas pela “engenharia financeira”.
    De início, como observa com clareza o professor do IUPERJ, José Maurício Domingues (Cidadania, direitos e modernidade), “não se vislumbram quaisquer políticas sociais que efetivamente ultrapassem as fronteiras nacionais”. Talvez esteja aí o sucesso político da “direita” que melhor soube galvanizar o descontentamento com acenos nacionalistas.
    Mas não está apenas aí a sensação invasiva da globalização. Ela traz o denominado modelo neoliberal, um verdadeiro zumbi do imperialismo inglês do século XIX. Recordemos os direitos das pessoas. Há quase um consenso que seriam de três ordens: os direitos civis, de apodítico reconhecimento, que trata da liberdade individual; os direitos políticos, onde já se travam controvérsias entre filosofias e escolas; e os direitos sociais, ainda mais confusos, que o conhecido e recém falecido filósofo Norberto Bobbio apontava serem o direito ao trabalho, à saúde e à instrução. Mas há quem identifique num único e abrangente direito: o da cidadania.
    O pensamento único, da globalização, do neoliberalismo, apenas considera o direito à liberdade individual, sem mesmo as amarras do liberal John Rawls (Uma Teoria da Justiça), pois a banca, que acolhe e opera com todo capital ilícito do mundo, não tem como é óbvio a preocupação ética.
    O total domínio sobre as políticas “nacionais” europeias do capital financeiro, na época que se discutem os direitos intersubjetivos – ecológicos, de gênero, de raça, de religião, constitui verdadeira agressão e um enorme retrocesso social.
    Creio que o diretor editorialista de Le Monde referia-se a esta condição de subordinação à banca que não mais deveria prevalecer.
    Quanto a nosso País, onde um enorme retrocesso de toda ordem está em marcha, a “crise”, que acredito ocorrerá com o euro, poderá ser antecipada e este provisório governo ver-se-á, com mesóclises e tudo, em ainda maiores dificuldades.
    Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado

    1. Mas não aposente suas intervenções

      Olá,

      Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado

      Ok que sejas como diz e espero que estejas curtindo bem essa fase da vida, mas não deixe de continuar contribuindo com essas suas intervenções muito qualificadas e esclarecedoras, pelo menos para mim que tenho familiares na Inglaterra e hj já recebi mensagem de uma filha com situação regularizada dizendo que “tempos nebulosos aguardam os imigrantes aqui…”

      Ela me disse que Londres amanheceu hj em estado de grande mal estar, mais ainda quando se divulgou a renúncia do Primeiro Ministro.

      Como vivemos em um mundo de múltiplo dinamismo, não tenho dúvida que o acontecido na Inglaterra produzirá ondas tsunâmicas em todo planeta, pq isso significa que não há mais sistema dominante em que se pode confiar e, aí, um efeito dominó possível de acontecer nas estruturas reinantes é imprevisível.

  9. Capitaneia a saída da

    Capitaneia a saída da Inglaterra da  União Europeia a direita radical e reacionária, inimiga dos imigrantes, dos pobres e xenófoba contra os estrangeiros, num ataque obtuso e retrógrado à utopia da pacificação definitiva da Europa.

    O projeto europeu é, para além das fronteiras europeias,  um projeto de pacificação da humanidade, afinal de contas foi no velho continente que começou e se desenvolveu duas terríveis guerras mundiais no século XX, povos ditos civilizados foram incapazes de resolver seus velhos conflitos e rivalidades seculares por meio da política e da negociação, e o conflito europeu potencializou a exarcebação de disputas armadas pelo resto do mundo e, ao final, viu-se a guerra global envolvendo todos os povos.

    O fato é que distopias racistas como o Nazismo e o Fascismo foram amplamente disseminadas nas sociedades europeias, sendo incompreensível que povos com as mesmas origens raciais e históricas, pois tudo indica que os europeus são originários das remotas tribos indo-europeias, tenham se aferrado a ideologias de cunho racista capazes de arregimentar em termos coletivos e sem contestação sentimentos tão contundents  de superioridade racial que, no caso do nazismo alemão, transformou a ideologia da superioridade ariana numa pseudo-ciência.

    A União Europeia mais do que um projeto de integração política e econômica é um modelo civilizacional de pacificação de um continente e de povos com história comum milenar, mas nunca de paz e armonia, e neste caso o eurocentrismo moderno  poderia ter alguma utilidade universal, ser modelar ao convívio de estados-nações com histórico de rivalidades e de terríveis guerras, seria talvez o fim definitivo da guerra civil europeia como se referia Eric Hobsbawm à Segunda Guerra Mundial, servindo como exemplo para outros projetos integracionistas no mundo e, quiçá, para a arrrancada dos povos para uma globalização mais justa, solidária e humana.

    Mas, talvez, tais projetos sejam apenas devaneios de sonhadores, seria exigir demais do tal do Homo Sapiens, a Inglaterra com esta decisão talvez esteja abrindo a porteira para a volta dos sombrios conflitos que desde sempre fizeram parte dos povos europeus, exceto nos últimos sententa anos.

     

  10. Ora ora …

    Não seria o movimento de saida da Escócia do RU  identico ao movomento de saida do RU da comunidade europeia?? Ou seja ultranacionalismo de direita?? E quem garante que a escócia vai se integrar à UE?? Os escoceses também não votaram pelo rompimento com a União Européia??

    Muitos acusam os britanicos de serem ignorantes no assunto, e por isso não estarem preparados para decidir tal questão. Como é possivel isso?  A midia de lá não é igual a daqui, monopolizada pela direita. É certo que houve espaço para defesa de cada proposta, os eleitores foram informados das consequancias. Se mesmo assim votaram pela saida, é por que estão conscientes do que querem. É uma aposta. Estão pagando pra ver.  

    1. A maioria não é sábia nem inteligente e está afeita a populismos

      A democracia não é simplesmente a vontade da maioria, porque as minorias devem ser preservadas. Para os que defendem democracia direta para tudo, está aí um bom exemplo de estupidez grotesca da maioria.

    2. Não é a mesma coisa.

      A Escócia é uma região que por mais de um milênio era um país independente, e a clivagem de opinião pública foi notável, só para dar uma ideia, em azul são os que votaram contra a separação e em vermelho a favor.

      Está claro que há uma diferença significativa, pois toda a Escócia (em massa) votou contra a separação da UE e no último plebiscito que houve na Escócia para separar da Inglaterra ganhou a não separação simplesmente porque grande parte dos escoceses achavam que a União Europeia fazia um contraponto aos desmandos do governo Inglês, tiraram o freio e agora os escoceses querem a liberdade.

  11. Os contra-globalização estão lamentando a saída da Inglaterra?

    Vai entender… a maior parte dos que vejo lamentando (com razão) a saída da Inglaterra da UE são historicamente contra a globalização. Ok, mas esse parece mais um sinal bastante claro de que a esquerda – não só a brasileira – está precisando rever seus conceitos…

  12. Como ficarão os imigrantes na Inglaterra?

    Não se sabe ainda o que vai acontecer nos próximos anos na Inglaterra com esse rompimento. Minha preocuação é com o número gigantesco de imigrantes que vive naquele país. Apesa do ex-primeiro ministro dizer publicamente que não haveria nenhuma mudança, não dá para confiar totalmente. A “Europa dos eroupeus”  vive hoje um surto xenofóbico. Estão colocando na fatura da crise econômica o alto indíce de imigrantes que vivem naquele continente. Os primeiros a serem explusos serão, com certeza, os africanos, indianos e latinos. 

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