Estados Unidos oferecem ajuda de US$ 1 bilhão à Ucrânia

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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O governo dos Estados Unidos anunciou ontem (4) uma ajuda de US$ 1 bilhão para a Ucrânia. Segundo o presidente Barack Obama, a Rússia tem a oportunidade de trabalhar com a comunidade internacional para estabilizar a situação na Ucrânia. O presidente americano advertiu o presidente russo, Vladimir Putin, que Moscou “não tem direito” de intervir na Ucrânia e reiterou que a Rússia está violando as leis internacionais.

O secretário de Estado americano, John Kerry, reuniu-se hoje com os novos dirigentes ucranianos na capital, Kiev, condenou a agressão russa em Crimeia e disse que Moscou deve abrir negociações com a Ucrânia. Kerry advertiu que “a Rússia está buscando criar um pretexto” para intervir na Ucrânia e ressaltou que a crise no país deve ser resolvida por meio da diplomacia e do diálogo. Sobre o pacote de ajuda anunciado por Washington, Kerry disse que o presidente Obama deu instruções de “buscar todos os caminhos para prestar ajuda econômica à Ucrânia.”

A Ucrânia está passando por uma grande crise financeira, e o ministro interino da Economia disse que o país precisa de 35 bilhões de euros nos próximos dois anos. O primeiro-ministro ucraniano Arseniy Yatseniuk disse, em uma conferência de imprensa após o encontro com Kerry, que, “de fato, foi iniciado o processo para preparar a concessão de ajuda financeira dos Estados Unidos”.

Putin quebrou hoje dez dias de silêncio desde a queda de Viktor Yanukóvitch e, embora tenha negado a presença de tropas na Crimeia, disse que Moscou se reserva o direito de enviar forças, caso seja necessário proteger os russos da localidade. O líder russo acusou o Ocidente de apoiar um “golpe” na Ucrânia e disse que uma eventual intervenção militar russa na Criméia seria legal porque ele procurou Ianukóvitch, que, de acordo com Putin, continua a ser o presidente legítimo.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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