Ex-premiê de Israel, Ariel Sharon morre aos 85 anos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou neste sábado (11) o falecimento ex-premiê Ariel Sharon, após um período de oito anos em coma.

Sharon estava em estado vegetativo desde que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), em 2006, e teve falência múltipla dos órgãos. No início de janeiro, os médicos informaram à imprensa que as possibilidades de recuperação do ex-premiê eram mínimas e que seu estado era crítico. Quando entrou em coma permanente, Sharon exercia o cargo de primeiro-ministro, que assumiu em março de 2001, sendo substituído por Ehud Omert.

Ele morreu aos 85 anos, e a imprensa israelense já havia divulgado que Sharon sofria de insuficiência renal. De formação militar, Ariel Sharon comandou as tropas israelenses em diversos combates, especialmente contra alvos palestinos. Foi ministro da Defesa na década de 1980, quando comandou a invasão da capital libanesa, Beirute, mas foi obrigado a deixar o cargo depois de ter sido responsabilizado pela morte de centenas de palestinos em um campo de refugiados controlado por Israel.

Apesar disso, Ariel Sharon voltou a assumir o comando de outros ministérios em diversos governos até se eleger primeiro-ministro pelo partido conservador Likud, que ele próprio ajudou a fundar na década de 1970. O ex-primeiro-ministro era forte defensor da colonização dos territórios em conflito com os palestinos.

No entanto, em uma tentativa de amenizar os conflitos com os palestinos, principalmente com os radicais do Ramas e do Fatah, tomou a polêmica decisão de retirar os israelenses da Faixa de Gaza e abandonar assentamentos judeus na região. O plano de retirada israelense foi motivo de duras críticas internas e causou rachas no Likud. O ex-primeiro-ministro era acusado de ter dividido o país. No mesmo ano – 2005 – em que o plano começou a ser executado, o então ministro de Finanças, Benjamin Netanyahu, apresentou candidatura própria à presidência do partido e pediu o adiantamento das eleições primárias que ocorreriam em 2006.

Entretanto, Sharon venceu as eleições novamente e se manteve no cargo. Ao fim daquele ano ele sofreu o primeiro derrame, mais leve e com sequelas menos graves. Poucos meses depois, um segundo AVC provocou o coma permanente que durou quase oito anos. Ariel Sharon ficou viúvo duas vezes e teve três filhos, um com a primeira esposa, morto quando ainda era criança, e os outros dois com a segunda.

Com informações da Agência Brasil

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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